sexta-feira, 4 de novembro de 2016

INVASÃO ILEGAL NA ESCOLA DO MST

ALGUÉM AINDA TEM DÚVIDA SOBRE OS OBJETIVOS DO GOLPE PARLAMENTAR E JUDICIÁRIO? SÓ ESTÁ FALTANDO INOCENTAR TODOS OS DENUNCIADOS POR CORRUPÇÃO E DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS QUE SÃO MEMBROS DA ELITE DOMINANTE...

Polícia invade Escola do MST sem mandado judicial

Jornal GGN - Nesta sexta-feira (4), policiais civis e militares invadiram a Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Sem Terra (MST).
Segundo testemunhas, os policiais pularam o portão do local e entraram atirando para cima. Os militantes afirmam que foram utilizadas munições letais. De acordo com a Mídia Ninja, duas pessoas foram detidas na escola, localizada em Guararema (SP). 
“O MST repudia a ação da polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem as medidas cabíveis nesse processo. Somos um movimento que luta pela democratização do acesso a terra no país e a ação descabida da polícia fere  direitos constitucionais e democráticos”, diz o comunicado dos Sem Terra.
Hoje, a Polícia Civil deflagrou a Operação Castra em três estados: Paraná e Mato Grosso do Sul, além de São Paulo. Estão sendo cumprindo 14 mandados de prisão. Entre os investigados estão lideranças do MST e também o vereador Claudelei Torrente de Lima (PT), que foi o mais votado em Quedas do Iguaçu (PR) neste ano.
Para o MST, a operação reafirma a “tese de que movimentos sociais são organizações criminosas, já repudiado por diversas organizações de Direitos Humanos e até mesmo por sentenças do STJ”. 
O município de Quedas do Iguaçu é um local de conflito por terra, em razão da luta dos Sem Terra contra a  Araupel. O MST alega que a empresa se apropriou ilegalmente de terras na região central do Paraná. 
Em abril deste ano, uma emboscada contra o acampamento Dom Tomás Balduíno, na cidade paranaense, deixou ao menos dois mortos. Segundo o MST, seguranças e jagunços da madeireira participaram da ação, junto com policiais. 
Leia abaixo a íntegra da nota do MST sobre a operação da Polícia Civil: 
Mais uma vez o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é vítima da criminalização por parte do aparato repressor do Estado Paranaense. A ação violenta batizada de “Castra” aconteceu na nessa sexta-feira (04/11/2016), no Paraná, em Quedas do Iguaçu; Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul; também em São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O objetivo da operação é prender e criminalizar as lideranças dos Acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Luta pela Terra, militantes assentados da região central do Paraná. Até o momento foram presos seis lideranças e estão a caça de outros trabalhadores, sob diversas acusações, inclusive organização criminosa.
Desde maio de 2014 aproximadamente 3 mil famílias acampadas, ocupam áreas griladas pela empresa Araupel. Essas áreas foram griladas e por isso declaradas pela Justiça Federal terras públicas, pertencentes à União que devem ser destinadas para a Reforma Agrária.
A empresa Araupel que se constitui em um poderoso império econômico e político, utilizando da grilagem de terras públicas, do uso constante da violência contra trabalhadores rurais e posseiros, muitas vezes atua em conluio com o aparato policial civil e militar, e tendo inclusive financiado campanhas políticas de autoridades públicas, tal como o chefe da Casa Civil do Governo Beto Richa, Valdir Rossoni.
Lembramos que essa ação faz parte da continuidade do processo histórico de perseguição e violência que o MST vem sofrendo em vários Estados e no Paraná. No dia 07 de abril de 2016, nas terras griladas pela Araupel, as famílias organizadas no Acampamento Dom Tomas Balduíno foram vítimas de uma emboscada realizada pela Policia Militar e por seguranças contratados pela Araupel. No ataque, onde foram disparados mais de 120 tiros, ocorreu a execução de Vilmar Bordim e Leomar Orback, e inúmeros feridos a bala. Nesse mesmo latifúndio em 1997 pistoleiros da Araupel assassinaram em outra embosca dois trabalhadores Sem Terra. Ambos os casos permanecem impunes.
Denunciamos a escalada da repressão contra a luta pela terra, onde predominam os interesses do agronegócio associado a violência do Estado de Exceção.
Lembramos que sempre atuamos de forma organizada e pacifica para que a Reforma Agrária avance. Reivindicamos que a terra cumpra a sua função social e que seja destinada para o assentamento das 10 mil famílias acampadas no Paraná.
Seguimos lutando pelos nossos direitos e nos somamos aos que lutam por educação, saúde, moradia, e mais direitos e mais democracia.



URGENTE |
Polícia Civil invade Escola Nacional Florestam Fernandes de forma violenta sem mandado de busca e apreensão



Momento da chegada de 10 viaturas das polícias civil e militar na Escola Nacional Florestan Fernandes, espaço de formação do @MST_Oficial


Um comentário:

  1. O lema "Ordem e Progresso" do governo TEMER não é só fruto de falta de fantasia e criatividade, é o programa de governo dos militares, da direita, da elite brasileira "burra, egoista, repressiva"... Até que o povo, todas as classes, cansadas de apanhar, fiquem de saco cheio...

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