quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

ALEMANHA NO CAMINHO DO ABANDONO DO CARVÃO

DISPONIBILIZO ESTA NOTÍCIA POR DUAS RAZÕES:
- SE NA ALEMANHA, QUE TEM MENOS FONTES RENOVÁVEIS DO NO BRASIL, TOMA ESTA DECISÃO, POR QUE O BRASIL NÃO SE INSPIRA NO BOM EXEMPLO E MARCA DATA DE ABANDONO DO CARVÃO COMO FONTE DE ENERGIA?
- POR QUE NÃO SE PODE SEGUIR MAIS UMA VEZ O BEM EXEMPLO DE CONSTRUIR A DECISÃO COM A PARTICIPAÇÃO DOS QUE SERÃO AFETADOS, ABRINDO CAMINHOS ALTERNATIVOS DE TRABALHO E GERAÇÃO DE RENDA, E DE OUTRAS FORÇAS DA SOCIEDADE ALEMÃ? NO BRASIL, PARECE AINDA UM SONHO A POSSIBILIDADE DE CONSTRUIR UMA DECISÃO PARECIDA DE FORMA DEMOCRÁTICA... MAS PRECISAMOS CONTINUAR SONHANDO, E LUTAR PARA QUE O SONHO SE TORNE REALIDADE. 

Alemanha no caminho do abandono do carvão

ClimaInfo, 30 de janeiro de 2019
Após horas de discussões durante o final de semana, o parlamento alemão aprovou legislação que coloca uma data para o fim da geração de eletricidade por termelétricas a carvão: 2038. A decisão envolveu empresas de energia, sindicatos, a academia e organizações da sociedade civil. Para fazer a transição, foram criados programas de demissão voluntária, de retreinamento e requalificação, e um olhar para mineiros e suas famílias. O Deustche Welle diz que “o acordo deste sábado marca a segunda intervenção importante no mercado energético alemão em uma década. A outra foi a decisão de fechar todas as usinas nucleares até 2022, em reação ao desastre de Fukushima, no Japão, em 2011.”

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

VENEZUELA: 70 INTELECTUAIS CONTRA O GOLPE

Grupo de 70 intelectuais assina carta contra o golpe na Venezuela

Carta aponta sanções dos EUA e irresponsabilidade de aliados contra governo Maduro como principais fatores da crise

O linguista e ativista estadunidense Noam Chomsky é um dos intelectuais que assina a carta aberta em apoio à Venezuela / Andrew Rusk/Flickr
Um grupo de 70 intelectuais, incluindo historiadores e especialistas em política latino-americana, denunciou de modo contundente a intervenção dos Estados Unidos nas questões internas da Venezuela e clamou pelo apoio ao diálogo entre chavistas e antichavistas.

Os signatários da carta aberta, entre eles o filósofo e ativista Noam Chomsky e o relator independente da Organização das Nações Unidas (ONU), Alfred de Zayas, garantiram que o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino por parte dos EUA e aliados, após o anúncio unilateral da oposição Venezuelana, trará "sofrimento humano desnecessário, violência e instabilidade".

"Reconhecendo o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como novo presidente da Venezuela, algo ilegal de acordo com a Carta da OEA [Organização dos Estados Americanos], o governo de Donald Trump acelerou a crise política na Venezuela, na esperança de dividir os militares venezuelanos e polarizar ainda mais a população, forçando-os a escolher lados ", denuncia o documento. Os EUA foram os primeiros a reconhecer Guaidó como governante legítimo.

As sanções estadunidenses também foram lembradas como fator que desencadeou a atual crise. “Problemas resultantes da política do governo venezuelano foram agravados pelas sanções econômicas dos EUA, ilegais sob a Organização dos Estados Americanos e as Nações Unidas”.

“Essas sanções eliminaram os meios pelos quais o governo venezuelano poderia escapar da sua recessão econômica, causando um declínio drástico na produção de petróleo, agravando a crise econômica e fazendo com que muitas pessoas morram por falta de acesso a medicamentos. Enquanto isso, os EUA e outros governos continuam a culpar o governo venezuelano – apenas – pelos prejuízos econômicos, até mesmo aqueles causados pelas sanções dos EUA”, acrescentam os intelectuais.
A carta segue alertando que, "se a administração de Trump e seus aliados continuarem seu curso imprudente na Venezuela, o resultado mais provável será derramamento de sangue, caos e instabilidade".

"Os Estados Unidos e seus aliados, incluindo o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, e o presidente de direita do Brasil, Jair Bolsonaro, têm empurrado a Venezuela para o precipício".

Edição: Opera Mundi

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

TUDO A VER: CRIMES DA MINERAÇÃO E USINAS NUCLEARES

Heitor Scalambrini Costa
Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco
Membro da Articulação Antinuclear Brasileira

A cada nova tragédia humana, ambiental e econômica em nosso país, vivenciamos a vulnerabilidade da população mais pobre, da população nativa e tradicional, diante da força e da crueldade do capitalismo, da ganância do setor privado, enaltecidos por alguns como a “salvador da pátria”.  A este, vtoda responsabilidade dos últimos acontecimentos, e que poderiam ser evitados, em que centenas de pessoas perderam suas vidas. E o meio ambiente totalmente devastado e contaminado por dezenas de anos.
Obviamente não se pode omitir a responsabilidade dos políticos, prefeitos, governadores, ministros, juízes, desembargadores, técnicos de órgãos ambientais, analistas, investidores, burocratas, que contribuiram para a matança verificada em Minas Gerais.
Me refiro ao crime que atingiu o município de Brumadinho, localizado a menos de 60 km de Belo Horizonte. Lembrando que há mais de três anos, no dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco (controlada através de uma joint-venture entre a Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton)deixou 19 mortos e causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas e contaminou o Rio Doce,  no distrito de Bento Rodrigues, do municío de Mariana.
Agora se repete um crime semelhante ao que a empresa Vale cometeu em Mariana, com o rompimento da Barragem 1 da mina do córrego do Feijão, no município de Brumadinho. Esta barragem, cuja construção foi iniciada em 1976, tinha 86 metros de altura e 720 metros de comprimento, com volume estocado de rejeitos da mineração de ferro de 11,7 milhões de metros cúbico. Mais de 300 desaparecidos, que com o tempo a grande maioria serão,  lamentavelmente,  declarados como mortos, devido ao tamanho devastador do evento. Muitos deles funcionários da própria empresa e terceirizados.
Riscos de ocorrer acidentes sempre existem em obras de engenharia, e não devem ser menosprezados para que tragédia como esta aconteçam. Dai o enorme acervo tecnológico disponível para minimizar a ocorrência de riscos de acidentes. Mas que pela cobiça pelo lucro fácil, negligência, certeza da impunidade não foram utilizados pela empresa. A mineração, sem dúvida, constitui em uma das atividades cujos desastres quando acontecem, tem uma capacidade extraordinária de destruição da vida.
Outra atividade danosa é o uso da energia nuclear para fins de produção de energia elétrica, de força motriz de submarinos, e de uso bélico. Principalmente, pelo fato de que não precisamos desta fonte de energia para garantir a segurança energética, e nem para o desenvolvimento sustentável que tanto almejamos.
Esta comparação hoje é necessária diante da discussão do uso da energia nuclear no Brasil, e diante de seu potencial destrutivo com a liberação de resíduos radioativos. Os pronunciamentos e ações dos responsáveis pela politica energética, tanto o presidente da república, quanto o seu ministro de minas e energia, são no minímo preocupantes. Estas autoridades têm declarado que o país não pode prescindir da nucleoeletricidade para diversificar sua matriz energética, e garantir energia elétrica ao país; e que a construção e a ampliação do parque de usinas nucleares será prioritário no atual governo.
Hoje 2 usinas nucleares funcionam, ambas na praia de Itaorna, munícipio de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Uma terceira, também em Angra, contratada em 1983, parou as obras poucos anos depois, reiniciada em 2010, e novamente interrompida em 2016, por dificuldades financeiras e pela corrupção, Angra 3, é prometida para ter suas obras reiniciadas . Além do plano de construir entre quatro e oito novas usinas nucleares no país sendo (4 usinas no nordeste e 4 no sudeste), previstas no planejamento energético nacional para os próximos anos.
Movimentos sociais, cientistas, sindicatos, igrejas, personalidaes públicas, especialistas têm denunciado os fatores de risco,  e mesmo o perigo eminente que esta decisão significa, particularme no caso das usinas nucleares do Nordeste, que  seriam instaladas a beira do Rio São Francisco, que atende mais de 500 municípios nordestinos.
A definição do atual governo em relação a energia nuclear na verdade é motivada por interesses que não são explicitados claramente a sociedade. O que fica claro e cristalino, mostrado em distintos estudos, é que caso se amplie o uso da eletricidade nuclear as tarifas serão majoradas para todos os consumidores do país, para remunerar os custos astronômicos de tais empreendimentos. Além de aumentar a probabilidade  de ocorrer tragédias catastróficas,  devido a irresponsabilidade e insanidade de alguns.  Tal perigo tem levado vários países do mundo a rever seus planos de construção de novas usinas nucleares.
A lama assassina derramada pela Vale, e que ceifou a vida de mais de 300 pessoas, deve servir de exemplo para que a construção de novas  usinas nucleares pelo poder público seja abandonada. Tem tudo a ver o sofrimento da população atingida pela Vale, com o que poderá acontecer em um futuro breve provocado pelas usinas nucleares, caso a sociedade brasileira não se rebele frente a decisões equivocadas, que representam riscos trazidos ao meio ambiente e a vida dos brasileiros pelo novo governo.
O Brasil, o Nordeste não precisa de usinas nucleares.

PROPOSTA: QUE O ALIMENTO INDUSTRIAL SEJA MONITORADO COMO O FUMO


EXCELENTE PROPOSTA, VOLTADA PARA QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS E DA TERRA. E É PRECISO LEMBRAR QUE AS MULTINACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO GASTARAM, EM 2017, 50 MILHÕES DE DÓLARES PARA EVITAR QUE A QUALIDADE DE SEUS PRODUTOS FOSSE VISTORIADA, EVITANDO PRINCIPALMENTE QUE SE TORNE PÚBLICA A RELAÇÃO ENTRE ESSES ALIMENTOS, A SAÚDE E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS.
 
SERÁ QUE NÃO ESTEVE LIGADA A ISSO A ELEIÇÃO DO ATUAL GOVERNO NO BRASIL? 


 

Cientistas propõem a criação de uma “convenção sobre os sistemas alimentares


Obesidade, alimentação e mudanças climáticas: essas três variáveis representam uma ameaça para o planeta e devem ser combatidas de maneira global, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira 28 por um grupo de especialistas na revista The Lancet. De acordo com o documento, assinado por um coletivo de especialistas da universidade de Auckland, na Nova Zelândia, da universidade de George Washington, nos Estados Unidos e da ONG Word Obesity Federation, as multinacionais da indústria alimentícia devem ser monitoradas como as empresas de tabaco.
Para isso, os cientistas propõem a criação de uma “convenção sobre os sistemas alimentares” similar ao adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2003, na luta contra o cigarro. O objetivo é desafiar o lobby da indústria para limitar a influência nas políticas públicas. Segundo o relatório, em 2017 a indústria de refrigerantes gastou 50 milhões de dólares para lutar contra medidas destinadas a diminuir o consumo desse tipo de bebida.
“A comida é, logicamente, diferente do cigarro, porque é indispensável à vida, mas esse não é o caso dos alimentos que fazem mal para a saúde”, declarou o professor William H. Dietz, um dos especialistas que assina o relatório. “Os pontos comuns entre a comida industrializada e o cigarro são os estragos que ambos provocam e o comportamento das empresas que lucram com essa situação”, diz.
O documento é uma continuação de um estudo publicado no dia 17 de janeiro, que preconiza a diminuição do consumo de carne vermelha, açúcar e mais frutas, legumes e nozes no cardápio.
O novo relatório é resultado dos trabalhos de 43 especialistas de 14 países. A conclusão é que, nos últimos 20 anos, a obesidade, a desnutrição e as mudanças climáticas foram consideradas questões independentes, o que gerou uma resposta política “lenta e inaceitável”, afirmam os membros do coletivo. A alimentação representa 25% das emissões de gases poluentes, causadores do efeito estufa. A criação de gado é responsável por uma boa parte da poluição, salienta o estudo.
Os cientistas também apontam o sedentarismo como uma das causas do aquecimento global. “Nossos sistemas de transporte são dominados pelo uso do carro, favorecendo um modo de vida sedentário, com pouca atividade física, o que gera entre 14% e 25% das emissões poluidoras.”

Fenômenos climáticos extremos

“A desnutrição e a obesidade serão, sem dúvida, agravadas pelas mudanças climáticas”, preveem os cientistas. Os fenômenos climáticos extremos, como as secas, poderiam privar as populações de diversos países de comida e elevar o preço de frutas e legumes, o que aumentaria também o consumo de alimentos industriais. “É preciso ter consciência dessa ligação”, diz Corinna Hawkes, uma das autoras do relatório.
Como solução para essa situação, ela aponta a implantação de políticas de saúde pública, como recomendações para se ter uma alimentação saudável e uma atividade física regular, além de mais financiamento para agricultura sustentável, com a adoção de impostos para diminuir o consumo de carne vermelha e a utilização de carros no dia a dia.
De acordo com a OMS, 1,9 bilhão de adultos no mundo estão em sobrepeso e 650 milhões são obesos, o que é um fator de risco para o diabetes, as doenças cardio-vasculares e o câncer. Ao mesmo tempo, 462 milhões de adultos são magros demais.

 https://www.cartacapital.com.br/saude/industria-de-comida-deve-ser-monitorada-como-a-de-cigarro/?utm_campaign=newsletter_rd_-_29012019&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

BRUMADINHO É VELHO CHICO

Roberto Malvezzi (Gogó)
Brumadinho pertence à vasta bacia hidrográfica do São Francisco (Uma das 12 Regiões Hidrográficas do Brasil, segundo a ANA), desaguando no Paraopeba, que deságua dentro da barragem de Três Marias, a primeira de uma cascata de barragens ao longo do Rio São Francisco.
O Brasil criou uma legislação da água com a Lei 9.433/97, tendo como base de planejamento as bacias hidrográficas. A mesma lei criou uma política nacional de recursos hídricos, tendo os comitês de bacia na base e no topo o Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Depois FHC criou a Agência Nacional de Águas (ANA) como um corpo estranho à lei, mas era a construção das Agências Reguladoras no Brasil, para oferecer segurança jurídica ao capital.
O Comitê da Bacia do São Francisco foi um dos primeiros a ser criado. Ele tem a obrigação legal de criar o Plano de Bacia, que tem composição tripartite, isto é, poder público, sociedade civil e usuários. Aí no meio dos usuários estão as mineradoras, as indústrias, o agronegócio e as geradoras de energia. O capital impõe seus interesses, apesar da boa vontade de tantos que participam dos comitês de bacia ao longo do Brasil.
Em poucos dias as águas vermelhas de Brumadinho chegarão à barragem de Três Marias, mesmo que fiquem contidas por algum tempo nas barragens intermediárias. Com as chuvas, é questão de tempo.
Virão juntos todos os contaminantes de metais pesados - cobre, manganês, zinco, cromo, cobalto, níquel, chumbo - que se espalharão pela calha do Velho Chico, por cerca de dois mil km, passando aqui entre Juazeiro e Petrolina, até chegar ao mar entre Sergipe e Alagoas. São 15 milhões de pessoas, espalhadas por inúmeros municípios, ao longo de cinco estados. Agora temos que somar os paraibanos da região de Campina Grande que também bebem dessa água.
Bolsonaro não inaugurou o menosprezo pela natureza aqui no Brasil. Apenas se propõe a consolidar e aprofundar esse desprezo, já que é assim mesmo que o capital trata o meio ambiente. Há coerência de sua parte. Porém, a eliminação da Amazônia, do Cerrado vai aos poucos eliminando nossa malha hidrográfica antes abundante e que nos colocava no privilégio mundial de deter 13% das águas doces do planeta. Entretanto, as mineradoras e outras poluidoras nos oferecem a dádiva de acabar com a qualidade das nossas águas.
Sinceramente, grande parte das esquerdas jamais entendeu e respeitou nossa luta pelo meio ambiente, nunca entendeu que as desgraças são socioambientais e também nos acham como empecilhos do progresso e do desenvolvimento. Há conflitos entre o meio ambiente e os interesses econômicos que são insuperáveis, ou seja, ou um ou outro, jamais os dois ao mesmo tempo. É o caso da devastação da Amazônia e do Cerrado pelo agronegócio, ou dos “dejeitos” das mineradoras.
Termino esse texto com a frase no zap de uma pessoa da família que mora perto de uma usina de cana: “Bom dia, hoje amanhecemos tomando um banho de veneno do avião pulverizador da usina”.
De Brumadinhos e banhos de veneno será o governo Bolsonaro, mas não só o dele. 
 

CLACSO CONVOCA UMA SOLUÇÃO PACÍFICA PARA A VENEZUELA

CLACSO

El Comité Directivo del Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO) expresa su más profunda preocupación por la escalada de violencia e intervención extranjera que está viviendo Venezuela y manifiesta su voluntad de contribuir a una solución pacífica, consensuada y democrática que involucre a todos los sectores en conflicto y tenga como prioridad el bienestar del pueblo venezolano escuchando atentamente las necesidades y la voluntad popular.

El país atraviesa una profunda crisis política, económica y social. Estamos seguros que la superación de esta crisis no vendrá de la mano de la intervención extranjera, de sanciones económicas o políticas ni de la vulneración del orden institucional, sino de un diálogo inclusivo, plural y democrático que parta del respeto de los derechos humanos y del reconocimiento de los problemas que Venezuela atraviesa.

Es indispensable retomar el diálogo sin aceptar injerencias que generen mayores tensiones para las y los venezolanos y degraden sus condiciones de vida. Venezuela no necesita la intervención extranjera ni la vulneración de su soberanía, sino solidaridad y apoyo para superar la crisis con sus propias herramientas y mecanismos constitucionales vigentes.

Asimismo, manifestamos nuestra defensa irrestricta del derecho a la protesta y a la manifestación pública sin que eso genere el uso de la fuerza desde ningún sector. Garantizar la vida de todas y todos los venezolanos debe ser la prioridad.

Estamos con la paz. Rechazamos la injerencia externa. Estamos con el diálogo, con la vida y con la democracia. Con una democracia que se nutre y alimenta de la diversidad y de la divergencia política y que cobra sentido cuando posibilita la lucha por la igualdad y la garantía de todos los derechos.

Ante la ausencia de la negociación, los riesgos de escaladas de violencia se incrementan. El camino debe ser el de la paz y el del respeto a los principios de no intervención, soberania y autodetermianción de los pueblos. Hoy, más que nunca, estamos con el diálogo, el bienestar y la paz para el pueblo venezolano.

Comité Directivo
Secretaría Ejecutiva
CLACSO

24 de enero de 2019



CRIMES AMBIENTAIS E HUMANOS NUMA EMPRESA PRIVATIZADA

BRUMADINHO É MAIS UMA OPORTUNIDADE PARA LIBERTAR-SE DA IDEOLOGIA NEOLIBERAL, QUE APRESENTA AS EMPRESAS PRIVADAS COMO MAIS RESPONSÁVEIS DO QUE AS ESTATAIS. QUANDO O LUCRO E O PODER É ASSUMIDO COMO UMA RELIGIÃO, O "DEUS" DINHEIRO EXIGE QUE FRIA E FIELMENTE OS EMPRESÁRIOS OFEREÇAM SANGUE HUMANO PARA QUE ELE SE APLAQUE. É O QUE ESTAMOS VENDO ACONTECER DIANTE DOS NOSSOS OLHOS. 

QUEM FREARÁ ESSA RELIGIÃO ABSURDA, DESTRUIDORA DO MEIO AMBIENTE E SACRIFICADORA DA VIDA HUMANA? SÓ MESMO O POVO, E PARA ISSO ELE PRECISA DIRECIONAR SUA INDIGNAÇÃO PARA O ALVO CORRETO.

Crimes ambientais e humanos numa empresa privatizada.
Luiz Alberto Gomez de Souza

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Destruição em Brumadinho
Estamos diante da terrível e criminosa tragédia do dia 25 de janeiro, quando se rompeu a barragem de rejeitos de Córrego Feijão, da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, com um rio de lama cobrindo rapidamente uma área administrativa da Vale e uma comunidade próxima.  Essa lama está contaminando o rio Paraopeba, afluente do São Francisco, podendo chegar até este, com um resultado catastrófico.
Uma barragem é um reservatório destinado a reter resíduos resultado do processo de beneficiamento de minérios. Estes resíduos são armazenados numa espécie de lixeira, para evitar que, soltos, causem danos ambientais. Entretanto, rompida a barragem, a saída violenta da lama represada dos resíduos produz danos ainda maiores.
Este enorme acidente se dá três anos depois da maior catástrofe ambiental do país e uma das maiores do mundo. Em novembro de 2015, romperam-se as barragens de Santarém e do Fundão, em Mariana, destruindo o distrito de Bento Rodrigues, contaminando o rio Doce até sua foz e deixando-o praticamente sem vida. Foram danos ambientais incalculáveis em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Danos materiais e humanos enormes. Até hoje as populações atingidas lutam pelos seus direitos. Responsável a Samarco, ligada à Vale.
O acidente atual é ainda mais grave do ponto de vista humano. Até o momento são centenas de desaparecidos, o que fez o presidente da Vale declarar: “Desta vez a tragédia é humana. Como vou dizer que a gente aprendeu (com Mariana) se acaba de acontecer um acidente desses?”.
A grande interrogação agora é sobre as milhares de barragens espalhadas pelo país. Como se tem feito o monitoramento dessas barragens? Um relatório de novembro, da Agência Nacional das Águas (AGA), afirmou que apenas 3% das 24.092 barragens espalhadas pelo país foram vistoriadas.
A barragem de Brumadinho estava inativa há três anos, isto é, não recebia mais dejetos resultados da mineração. Era considerada com baixo risco de acidentes e não estava incluída entre as 45 que possuíam notificação de risco.
Nessa mesma área de Córrego Feijão há outras cinco barragens que também recebem dejetos. Cinco estão classificadas de baixo risco e apenas uma com médio potencial de danos. Das 45 com risco no país, dez ficam na Bahia e as outras espalhadas em outros estados. Se o acidente ocorreu com uma barragem pequena, inativa e de baixo risco, estamos diante de possíveis novos e terríveis acidentes a qualquer momento. No instante em que escrevo, já se indica que há risco iminente de rompimento de outra barragem em Brumadinho.
Um projeto de lei, que partiu de iniciativa popular com mais de 50.000 assinaturas, endurecia as regras para licenciamento para barragens. Ele foi rejeitado pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O deputado Thiago Costa, do MDB, afirmou que sua aprovação tornaria inviável a mineração em Minas Gerais. Porém o deputado estadual Rogério Corrêa do PT, agora eleito deputado federal, denunciou: “Existe esse tipo de pensamento, que muita fiscalização atrapalha o empresário”.
Na mesma linha, em dezembro de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro, em discurso transmitido pela internet, prometeu que iria acabar com o “capricho dos fiscais”. E declarou: “licença ambiental atrapalha obras”. Seguirá dizendo o mesmo, depois de sobrevoar o local do atual acidente? É incrível a ligeireza e irresponsabilidade deste cidadão que agora virou presidente. E dos deputados mineiros que vetaram o projeto de endurecimento das regras de licenciamento, por possível pressão de empresários.
Sabemos que o meio ambiente não é prioridade no atual governo, centrado na defesa do agronegócio a qualquer custo, como tem expressado a ministra da agricultura, Tereza Cristina, ligada à bancada ruralista.
Porém não queremos apenas ficar na análise isolada da tragédia, mas vê-la numa perspectiva histórica mais ampla. Para isso, devemos conhecer a história da Vale,  a responsável pelo desastre. Tudo começou em 1911, com a criação, pelo  aventureiro   Percival Farquhar, da Itabira Iron Ore Company, com um projeto ambicioso de extração de ferro que acabou não dando os resultados esperados. Na ocasião, teve a oposição do governador de Minas Gerais, Artur Bernardes, mais adiante presidente da república, que se posicionou na defesa da soberania nacional sobre as riquezas do subsolo. 
Em primeiro de junho de 1942, pelo decreto-lei 4352, o presidente Getulio Vargas encampou as reservas de ferro de Farquhar, criando a empresa estatal Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD), de economia mista, porém com o controle do governo. Contou com o apoio dos governos dos Estados Unidos e da Inglaterra. Era o tempo da segunda guerra mundial e o Brasil, por sua posição estratégica no Atlântico Sul, era um aliado importante. Getúlio, com uma visão nacionalista e habilidade política, soube aproveitar-se da situação internacional. Assim, na mesma ocasião, foi também criada a Companhia Siderúrgica Nacional, com doação norte-americana de sua infra-estrutura, em troca da utilização da base aérea de Natal, fundamental para uma ponte aérea dos aviões entre os  Estados Unidos e o norte da África. Foram sendo criadas outras empresas estatais, além dessas duas, como a Fábrica Nacional dos Motores e a Companhia Hidroelétrica do Vale de São Francisco.
A CVRD começou com a exploração do minério de ferro em Minas Gerais e estendeu suas atividade à Amazônia e ao Pará, com a prospecção, entre outras de ouro, bauxita, titânio (éramos o maior detentor das reservas deste último). Foi criada uma malha ferroviária de cerca de 2.000 quilômetros, para o escoamento da produção.
A Vale do Rio Doce foi se tornando  uma das maiores empresas do país,  com uma ampla gama de explorações do subsolo. Logo se tornou objeto de apetite de grupos privados nacionais e internacionais.
Veio então o governo Fernando Henrique Cardoso, com seu Programa Nacional de Desestização (PND). Em 6 de maio de 1997 a CVRD foi privatizada, sendo José Serra,  na ocasião, ministro do planejamento, passando a chamar-se simplesmente Vale S. A.
Foi aberto um edital para um leilão de venda, preparado pela Merryl Lynch e pelo Bradesco. O incrível é que este último, mais adiante, seria um dos controladores da nova Vale, o que é totalmente ilegal, tendo sido um dos elaboradores do edital.
Ganhou o Consórcio Brasil, liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional, aliada com outras empresas e fundos de pensão, com financiamento subsidiado do BNDES. Assim, um banco do estado adiantava a quantia de compra para grupos privados. O favorito parecia ser até então a Velacom, do grupo Votorantim, chefiado por Antônio Ermílio de Morais. Por uma clara pressão do governo, a maioria dos fundos de pensão entraram no Consórcio Brasil, que venceu a licitação.
A avaliação em US$3,338 bilhões foi escandalosamente baixa, feita pelo fluxo de caixa, não levando em conta o valor potencial das reservas de minério de ferro, manganês bauxita, níquel, titânio entre outros, que elevariam essa avaliação  a um valor aproximado de 215 bilhões. Tampouco foram incluídos a malha ferroviária e terminais portuários. Elio Gaspari apelidou a operação: privataria. Joseph Stiglitz, prêmio Nobel e antigo economista-chefe do Banco Mundial, chamou os processos de privatizações pelo mundo afora naquele tempo de briberization (propinização).
Houve grande mobilização na sociedade contra essa privatização. No dia do leilão, 600 policiais enfrentaram cerca de cinco mil manifestantes na praça XV do Rio, ao lado da então Bolsa de Valores, com 33 feridos. Em 2007, realizou-se um plebiscito popular com três milhões e 700 mil votos contrários à medida. Foram apresentadas mais de cem ações populares para anular a venda, por juristas como Fabio Konder Comparato e Dalmo Dallari; elas se arrastam na justiça até hoje. Há que dizer que os governos petistas não fizeram nada para questionar a privatização.
Uma das razões alegadas para a privatização foi  permitir que se abatesse a dívida externa e interna da União. Isso não ocorreu. O dinheiro foi empregado em gastos correntes e para atender demandas de parlamentares.
Para se ter uma ideia da dimensão da Vale, ela opera em 14 estados e nos cinco continentes. Em 2008, seu valor de mercado era avaliado em 196 bilhões de dólares, à frente da IBM, só abaixo da Petrobrás (esta com 287 bilhões).  No ranking mundial, ocupa o 559º lugar entre as 2000 gigantes. Sua situação relativa tem decaído nos últimos anos. No Brasil, desceu do terceiro para o quinto lugar entre as empresas; entre as mineradoras, caiu do 2° para o 3° lugar. No ranking mundial das mineradoras baixou para o 8° lugar.
Uma comparação: as ações da Petrobrás não privatizada subiram 1200% entre 1997 e 2007; já na Vale privatizada, cresceram 50% menos. Nesses 21 anos de privatização, os acionistas receberam a enorme quantia de R$320 bilhões. O que poderíamos chamar um “negócio da China”...
Em contrapartida, em 2012, a Public Eye People’s declarou a Vale como a pior empresa do mundo em relação aos direitos humanos e ao meio ambiente. Ela recebeu o chamado Oscar da Vergonha (depois dela vinha a empresa japonesa responsável pelo acidente em Fukushima). Isso pode explicar em parte o descaso e os acidentes que ocorreram.
O ministro Paulo Guedes alega, como razão para uma série de privatizações previstas, o mesmo que fez o governo FHC no momento da privatização da Vale:  pagar a dívida de União e gerar caixa. Provavelmente nada acontecerá com a dívida e as entradas serão pulverizadas no orçamento, para atender uma clientela voraz em troca de seu apoio.
Fiquemos atentos para o risco de novas tragédias anunciadas. Uma já foi indicada, como referido acima.
E voltemos a uma posição nacionalista, como em 2017 contra a privatização da Vale e desde antes, durante todo o processo da criação da Petrobras (“o petróleo é nosso”). Há que denunciar a lista de privatizações que será anunciada, que atentará contra nossa soberania e debilitará ainda mais um estado combalido pelo desgoverno. A gestão Bolsonaro parece ir no caminho oposto do que propunha como ética política no período eleitoral. E o neoliberalismo de seu ministro da economia é francamente autodestrutivo. Ele encontra resistências, aliás, na área militar. O presidente oscila, como uma marionete perdida, entre várias tendências. Com poucos dias de governo, já dá sinais precoces de caducidade.
Descrição: Getúlio Vargas nomeando os seus ministros em 3 de novembro de 1930. Em pé, de óculos: Lindolfo Collor, avô do ex-presidente Fernando Collor.Descrição: contra privatização da Vale
Descrição: Protesto contra a Vale em Berlim
Fotos: Getúlio criando empresas estatais.
Protesto no Rio em 1997 contra a privatização da Vale.
Manifestação em Berlim contra a Vale pela tragédia das barragens.

sábado, 26 de janeiro de 2019

BRUMADINHO: NOTA DE SOLIDARIEDADE DA REDE IGREJA E MINERAÇÃO


DESEJO QUE TODOS OS AMIGOS E AMIGAS QUE CHORAM COM A MÃE TERRA LÁGRIMAS DE BARRO E SANGUE POR CAUSA DO CRIME DA VALE EM BRUMADINHO PASSEM ADIANTE PARA O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL A MENSAGEM QUE SEGUE.

Lloramos con la Madre Tierra lágrimas de barro y sangre
¡No a la impunidad!

La Red Iglesias y Minería llora junto a las víctimas del crimen socioambiental de Brumadinho, Minas Gerais (Brasil)

Estamos escribiendo hoy desde esta comunidad violada, que conocemos bien y que hoy volvemos a visitar, después de haber celebrado con ella varias veces en el caminar, la vida y la resistencia frente a la expansión de la minería.

Escribimos también desde las muchas comunidades latinoamericanas afectadas por la violencia arrogante del extractivismo, abrazadas hoy silenciosamente a la pequeña Brumadinho, en lágrimas.

Estamos solidarios con las familias de las víctimas y las comunidades de fe, que tendrán el duro desafío de reconstruir la esperanza. Nos unimos también a la Arquidiócesis de Belo Horizonte, que con las palabras del Evangelio definió la tragedia como “abominación de la desolación”, refiriéndose a los “absurdos nacidos de las ganancias y el desprecio al otro, a la verdad y al bien de todos”.

Seguimos acompañando y asesorando a las iglesias comprometidas en los territorios heridos por la minería y en todos los conflictos abiertos entre empresas extractivas y comunidades (Solo en Brasil hay más de 70 Diócesis donde fueron mapeados estos conflictos).

La impunidad consolida el crimen

La empresa VALE S.A., junto a la BHP Billiton, es la responsable de 19 muertes y de la contaminación de toda la cuenca del Río Doce, el 05 de noviembre del 2015. La repetición del mismo daño, tres años después, con un rastro de muertes mucho más graves, es la confirmación de la incapacidad de gestión y prevención de daños, desinterés y conducta criminal.

Esta responsabilidad involucra también al Estado, que otorga licencias a los proyectos extractivos y debería monitorearlos para garantizar la seguridad y la vida digna de las comunidades y del medio ambiente.

La responsabilidad del Estado es doble, porque la impunidad y la falta de reparaciones completas y suficientes para las víctimas del crimen de Marina fue una de las condiciones principales que permitieron el nuevo crimen de Brumadinho.

Puertas giratorias

Abrazados, el capital de las empresas mineras y el poder político, facilitan la instalación o ampliación de los grandes proyectos extractivos, minimizando las condiciones y las reglas de licenciamiento de los mismos. La propia “Córrego do Feijão”, cuyo depósito de desechos tóxicos se rompió, obtuvo en diciembre del 2018 una licencia ambiental para la expansión del 88% de sus actividades. En el Consejo de Políticas Ambientales del Estado de Minas. Solamente el Foro Nacional de la Sociedad Civil en la Gestión de Cuencas Hidrográficas (FONASC) votó en contra de la expansión, denunciando mecanismos “insanos” para reducir las exigencias en el licenciamiento de los grandes emprendimientos mineros.

No se pueden llamar “accidentes ambientales” a los desastres provocados por conductas irresponsables de las empresas aliadas al poder público.

Sociedad civil organizada pero no escuchada

Desde 2011 la población de Brumadinho y de la región, se manifiestan de forma organizada contra la mina, sus impactos y amenazas. El FONASC, en diciembre del 2018, escribió una comunicación oficial al Secretario Estatal del Medio Ambiente, pidiendo la suspensión del licenciamiento de la mina “Córrego do Feijão”. La articulación Internacional de los Afectados y Afectadas por la Vale denunció en la Asamblea General de los Accionistas de la Vale, en abril del 2018, “los peligros del reiterado proceso de reducción de gastos y costos en sus operaciones”, haciendo mención explícita a los diversos depósitos de desechos.

Los responsables de estos crímenes no pueden alegar justificaciones de desconocimiento. Al contrario, en nombre del progreso y del lucro de pocos, hay una descalificación sistemática de las voces diferentes.

Con energía, hacemos resonar las palabras del Papa Francisco en la Encíclica Laudato Si’: “en el debate, deben tener un lugar privilegiado los moradores locales, aquellos mismos que se interrogan sobre que es lo que desean para si y para sus hijos y pueden tener en consideración las finalidades que trascienden el interés económico inmediato” (LS 183).

Flexibilizar hasta quebrar

El recién elegido Presidente de Brasil, atendiendo a las presiones de quien financió su campaña, manifestó el plan de flexibilizar al máximo el control y licenciamiento ambiental. Criticó la supuesta “industria de la multa ambiental”; su Gobierno despojó de atribuciones a la cartera del Medio Ambiente, suspendió contratos con ONGs empeñadas en defender el medio ambiente, extinguió secretarías que trabajaban para políticas públicas contra el calentamiento global.

También los gobiernos anteriores facilitaron la expansión sin control de la minería en el país, promoviendo el Plan Nacional de Minería y reformulando, por decreto, el Marco Legal de la Minería.
Los acontecimientos recientes demuestran, violentamente, que estas políticas son un suicidio colectivo y una amenaza a la vida de las futuras generaciones.

Este modelo de crecimiento es insustentable y letal; no se puede chantajear a quien necesita empleo para sobrevivir en regiones controladas por la minería, sin garantizar al mismo tiempo seguridad, salud y bienestar social. Los problemas no se resuelven “apenas con el crecimiento de los lucros de las empresas y de los individuos”. “No basta conciliar, en un término medio, el cuidado de la naturaleza con la renta financiera, o la preservación del ambiente con el progreso. En este tema los términos medios son sólo una pequeña demora en el derrumbe. Simplemente se trata de redefinir el progreso”. (LS190,194)

Falsos Diálogos

Con frecuencia, las empresas y los gobiernos apelan a la mediación de los conflictos con las comunidades a través del “diálogo”. Buscan, inclusive, la intermediación de las iglesias, para ofrecer a estos procesos mayor credibilidad.

También institucionalmente se han invertido en mediaciones extrajudiciales y términos de ajustes de conducta para hacer más efectiva y rápida la reparación de daños y violaciones ambientales.

La falta de ejecución de las mitigaciones y reparaciones, la dejadez en prevenir nuevos desastres y la repetición de prácticas irresponsables y criminales confirman que: este tipo de propuesta no es un diálogo verdadero. Es una estrategia de las empresas para seducir a la opinión pública, garantizando una especie de licencia social para contaminar, reducir la resistencia popular y eludir que el gran capital puede convertirse a los valores de la sostenibilidad y del bien común.

Más que este “diálogo”, asimétrico e irrespetuoso, confiamos en las reglas democráticas de protección ambiental y de los derechos de las poblaciones, así como en autoridades que efectivamente monitoreen su respeto y castiguen a quien las viola. Apoyamos un Tratado Vinculante para Empresas y Derechos Humanos, en el nivel internacional, y una responsable, eficaz y rápida respuesta judicial para quienes apuestan por la impunidad o, a lo máximo, en una leve incidencia financiera de rara multas aplicadas.

¡El crimen socio-ambiental no es un accidente!

Desde Brumadinho y desde América Latina, 26 de enero, 2019



Red continental "IGLESIAS Y MINERIA"
Acción Ecuménica en el cuidado de las comunidades y sus territorios
Servicio de Coordinación Tel: +57 3176362463 +55 99 91955952 +593 99 9238054
www.facebook.com/IglesiasyMineria Twitter: @iglesiaymineria
 

VALE DA MORTE


Nota da Articulação Internacional das Atingidas e Atingidos pela Vale e da Justiça Global sobre o rompimento das barragens em Brumadinho

É com profunda indignação que recebemos a notícia de mais uma tragédia provocada pela mineradora Vale. Na tarde de hoje (25/01/2019), duas barragens localizadas na comunidade Córrego do Feijão, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), romperam. Ainda não temos informações sobre o número de vítimas, mas, segundo relatos, na hora do desastre cerca de mil pessoas estavam no refeitório da mineradora, que está coberto de rejeitos. Há relatos, ainda, sobre a chegada de material tóxico ao Rio Paraopeba, afluente do São Francisco. A dimensão completa deste desastre ainda não pode ser precisada.

A Articulação Intencional dos Atingidos e Atingidas pela Vale vem denunciando nos últimos anos na assembleia de acionistas da companhia o perigo do reiterado processo de redução de custos e despesas em suas operações, ampliando, assim, os riscos e os incidentes como o ocorrido em Mariana em 2015 e hoje em Brumadinho. Entretanto, nada foi feito. Não se pode dizer que o rompimento das barragens, no dia hoje, não era previsto ou esperado: apesar de alertada, a Vale nada fez a não ser continuar minerando e aumentando seu lucro.

Brumadinho fica a 149 km de Mariana, epicentro do rompimento da Barragem do Fundão (Samarco/Vale/BHP Billiton) que tirou a vida de 19 pessoas, e afetou milhares na Bacia do Rio Doce, que sofrem até hoje com o descaso da Vale S.A. que não indeniza nem reconhece o direito das pessoas afetadas.

Além da evidente responsabilidade da empresa compreendemos que o Estado brasileiro é igualmente responsável pelas violações de direitos humanos dos atingidos pelo rompimento de barragens. Destaca-se que a autorização de funcionamento de barragens de rejeito de minério - tecnologia proibida em diversos países - a não fiscalização de suas instalações e a não responsabilização das empresas mineradoras pelos danos a que dão causa representam uma verdadeira omissão das autoridades brasileiras que permite que as violações se repitam. Ressalta-se que mesmo depois de 3 (três) anos do crime da Bacia do Rio Doce, a Vale não foi devidamente responsabilizada e os atingidos seguem lutando por justiça.

E agora, a Vale novamente figura em uma nova tragédia social e ambiental. É urgente que as autoridades do Estado brasileiro assumam suas responsabilidades e deem início a uma investigação célere, imparcial e efetiva para que casos como esses não correm mais. Além de promover a fiscalização de todas as barragens de rejeito do país, de modo a evitar novos rompimentos e tragédias. Nos solidarizamos com todos os afetados e afetadas e novamente gritamos Não foi acidente!

Articulação Internacional das Atingidas e Atingidos pela Vale
Justiça Global

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/WhctKJVJdpNLDhQTgxDDsjGWBzcTTHxrfFpqPSTWJHTMRTsNPRxpPftBvFCMcKxNxWttvwb 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

EXTREMA-DIREITA: UM FENÔMENO GLOBAL

NA CHARGE ESTÁ FALTANDO: BRASIL ACIMA DE TUDO! - BREZIL FIRST!
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Nos últimos anos, a extrema direita reacionária, autoritária e / ou fascista tem estado em ascensão em todo o mundo: ela já governa metade dos países do mundo. Entre os exemplos mais conhecidos estão: Trump (Estados Unidos), Modi (Índia), Orbán (Hungria), Erdoğan (Turquia), Daesh (Estado Islâmico), Salvini (Itália), Duterte (Filipinas) e agora Bolsonaro (Brasil). Mas em vários outros países temos governos próximos a essa tendência, mesmo que eles não tenham uma definição tão explícita: Rússia (Putin), Israel (Netanyahu), Japão (Shinzō Abe), Áustria, Polónia, Birmânia, Colômbia e assim por diante. De facto, a distinção entre esses dois grupos é completamente relativa.

“Pós-fascismo” não “populismo”

Em cada país, esta extrema direita tem características próprias: em muitos casos (Europa, Estados Unidos, Índia, Birmânia), “o inimigo” – isto é, o bode expiatório – são muçulmanos e / ou imigrantes; em alguns países muçulmanos, são minorias religiosas (cristãos, judeus, yazidis). Em alguns casos, o nacionalismo e o racismo xenofóbicos prevalecem, em outros o fundamentalismo religioso, ou o ódio pela esquerda, o feminismo e os homossexuais. Apesar desta diversidade, existem algumas características comuns à maioria, senão a todos: autoritarismo, nacionalismo fundamentalista – “Deutschland über alles” e suas variantes locais: “America First”, “Brasil acima de tudo” e assim por diante – religiosas ou intolerância étnica (racista), violência policial / militar como única resposta aos problemas sociais e ao crime. A caracterização como fascista ou semi-fascista pode se aplicar a alguns, mas não a todos. Enzo Traverso usa o termo “pós-fascismo”, que pode ser útil, designando tanto a continuidade quanto a diferença.

Por outro lado, o conceito de populismo, usado por alguns cientistas políticos, os media e até mesmo uma parte da esquerda, é completamente incapaz de explicar o fenômeno em questão, e só serve para confundir a questão. Se na América Latina, entre as décadas de 1930 e 1960, o termo correspondia a algo relativamente preciso – o varguismo, o peronismo e assim por diante -, o seu uso na Europa a partir da década de 1990 é cada vez mais vago e impreciso.

O populismo é definido como “uma posição política que apoia o povo contra a elite”, que pode ser aplicada a quase qualquer movimento ou partido político! Esse pseudoconceito, aplicado a partidos de extrema direita, leva – voluntária ou involuntariamente – à sua legitimação, tornando-os mais aceitáveis, senão simpáticos (quem não é pelo povo contra a elite?), evitando cuidadosamente termos problemáticos: racismo , xenofobia, fascismo, extrema direita. O “populismo” também é usado de forma deliberadamente mistificadora pelos ideólogos neoliberais para criar uma fusão entre a extrema direita e a esquerda radical, caracterizada como “populismo de direita” e “populismo de esquerda” em oposição às políticas neoliberais, “Europa” e assim por diante.

Hipóteses

Como explicamos essa ascensão espetacular da extrema-direita, na forma de governos, mas também de partidos políticos que ainda não governam, mas têm uma ampla base eleitoral e influenciam a vida política do país (França, Bélgica, Holanda, Suíça, Suécia, Dinamarca e outros)? É difícil propor uma explicação geral para fenómenos tão diferentes, expressivos de contradições específicas para cada país ou região do mundo; mas como é uma tendência planetária, devemos pelo menos considerar algumas hipóteses.

Uma “explicação” a rejeitar seria aquela que atribui a ascensão da direita radical às ondas migratórias, particularmente nos Estados Unidos e na Europa. Os migrantes são o pretexto conveniente, para os ataques de forças xenófobas e racistas, mas de forma alguma a “causa” de seu sucesso. Além disso, a extrema direita está florescendo em muitos países – Brasil, Índia, Filipinas … – sem qualquer menção à imigração.

A explicação mais óbvia, e sem dúvida relevante, é que a globalização capitalista, que é também um processo de homogeneização cultural brutal, produz e reproduz, em escala mundial, formas de pânico identitário (o termo é de Daniel Bensaïd), levando a manifestações nacionalistas e / ou religiosas intolerantes e favorecendo conflitos étnicos ou confessionais. Quanto mais as nações perdem o seu poder econômico, mais a imensa glória da Nação é proclamada “acima de tudo”.

Outra explicação seria a crise financeira do capitalismo, que causou depressão econômica, desemprego, marginalização social desde 2008. Esse fator pode ter sido importante para possibilitar uma vitória de Trump ou Bolsonaro, mas é pouco válida para a Europa: nos países ricos, entre outros, os menos afetados pela crise, como Áustria ou Suíça, a extrema-direita é muito poderosa, enquanto nos países mais afetados pela crise, como Espanha ou Portugal, a esquerda e o centro-esquerda são hegemônicos, e a extrema direita continua marginal.

Esses processos ocorrem nas sociedades capitalistas, onde o neoliberalismo domina desde os anos 80, destruindo laços sociais e solidariedades, aprofundando as desigualdades sociais, as injustiças e a concentração de riqueza. Devemos também levar em conta o enfraquecimento da esquerda comunista após o colapso do chamado “socialismo real”, sem que outras forças de esquerda mais radicais tenham sucesso em ocupar esse espaço político.

Essas explicações são úteis, pelo menos em alguns casos, mas são insuficientes. Nós ainda não temos uma análise global para um fenômeno que é global, e que ocorre em um momento histórico particular.

Isso é um retorno aos anos 1930?

A história não se repete: podemos encontrar semelhanças ou analogias, mas os fenômenos atuais são bem diferentes dos modelos do passado. Acima de tudo, não temos – ainda – estados totalitários comparáveis aos da pré-guerra. A análise marxista clássica do fascismo definiu-o como uma reação do grande capital, com o apoio da pequena burguesia, diante de uma ameaça revolucionária do movimento operário. Alguém se pergunta se essa interpretação realmente explica a ascensão do fascismo na Itália, na Alemanha e na Espanha, nas décadas de 1920 e 1930. Em todo caso, não é relevante no mundo de hoje, onde em nenhum lugar existe uma “ameaça revolucionária”. Sem mencionar o facto óbvio de que o grande capital financeiro demonstra pouco entusiasmo pelo “nacionalismo” da extrema direita – mesmo que esteja pronto para se adaptar a ele, se necessário.

O fenômeno Bolsonaro

Algumas palavras sobre o último episódio dessa “onda castanha” global, o fenômeno Bolsonaro no Brasil. Parece o mais próximo do fascismo clássico, com seu culto de violência e ódio visceral da esquerda e do movimento trabalhista, mas ao contrário de vários partidos europeus – da FPO austríaca à francesa FN (agora Rassemblement national, RN) – não tem raízes nos movimentos fascistas do passado, representados no caso brasileiro pela Ação Integralista Brasileira liderada por Plínio Salgado na década de 1930.

Nem faz do racismo a sua bandeira principal, ao contrário da extrema-direita europeia. Certamente, ele fez algumas declarações racistas, mas isso não era o foco da sua campanha. A partir daí, assemelha-se ao fascismo italiano da década de 1920, antes da aliança com Hitler.

Se compararmos Bolsonaro com a extrema direita europeia, vemos várias diferenças significativas:


– A importância do tema da “luta contra a corrupção”, o antigo cavalo de guerra da direita conservadora no Brasil desde os anos 1950. Bolsonaro conseguiu manipular a indignação popular legítima contra políticos corruptos. Este tema não está ausente no discurso da extrema direita na Europa, mas está longe de ocupar um lugar central.

– O ódio à esquerda, ou à centro-esquerda (o PT brasileiro), foi um dos principais temas mobilizadores de Bolsonaro. É encontrado menos na Europa, exceto nas forças fascistas das primeiras democracias populares. Mas neste caso, é uma manipulação (demonização) que se refere a uma experiência real do passado. Nada disso no Brasil: o discurso violentamente anticomunista de Bolsonaro nada tem a ver com a realidade brasileira presente ou passada. É ainda mais surpreendente, na medida em que a Guerra Fria já terminou há décadas, a União Soviética não existe mais, e o PT obviamente não tem nada a ver com o comunismo (em todas as definições possíveis deste termo).

– Enquanto a extrema direita europeia denuncia a globalização neoliberal, em nome do protecionismo, do nacionalismo econômico, contra as “finanças internacionais”, Bolsonaro apresentou um programa econômico ultra-neoliberal: mais mercado, abertura ao investimento estrangeiro, privatização e alinhamento total às políticas dos EUA. Isso sem dúvida explica o massivo reagrupamento das classes dominantes à sua candidatura, uma vez que se notou a óbvia impopularidade do candidato da direita tradicional (Geraldo Alckmin).

O que é comum a Trump, Bolsonaro e a extrema direita europeia são três temas de agitação sociocultural reacionária:

– Autoritarismo, adesão a um homem forte, um líder capaz de “restaurar a ordem”.

– Uma ideologia repressiva, o culto da violência policial, o apelo ao restabelecimento da pena de morte e a distribuição de armas à população para a sua “defesa contra os criminosos”.

– Intolerância contra minorias sexuais, especialmente pessoas LGBTI. É um tema agitado, com algum sucesso, por setores religiosos reacionários, seja católico (na França) ou neopentecostalista (Brasil).

Esses três temas, juntamente com a “guerra à corrupção”, foram decisivos para a vitória de Bolsonaro, graças à disseminação maciça de notícias falsas pelas mídias sociais (continua a ser necessário explicar por que tantas pessoas acreditaram nessas mentiras grosseiras). Mas ainda não temos uma explicação convincente do incrível sucesso, em poucas semanas, de sua candidatura, apesar da violência, da brutalidade de seus discursos de guerra civil, de sua misoginia, de sua falta de programa e pela apologia descarada pela ditadura militar e tortura.

Antifascismo consistente

Como lutamos contra isso? Infelizmente, não há fórmula mágica para combater essa nova onda castanha global. O apelo de Bernie Sanders para uma Frente Antifascista Mundial é uma excelente proposta. Ao mesmo tempo, coligações amplas em defesa das liberdades democráticas devem ser construídas em cada país em questão.

Mas também deve ser considerado que o sistema capitalista, especialmente em tempos de crise, constantemente produz e reproduz fenômenos como o fascismo, golpes e regimes autoritários. A raiz dessas tendências é sistêmica e a alternativa deve ser radical, isto é, antissistêmica. Em 1938, Max Horkheimer, um dos principais pensadores da Escola de Teoria Crítica de Frankfurt, escreveu: “Se você não quer falar sobre capitalismo, não tem nada a dizer sobre o fascismo”. Em outras palavras, o consistente antifascista é um anticapitalista.

Artigo de Michael Lowy, publicado originalmente em International View Point(link is external) e em português em Esquerda Online

https://racismoambiental.net.br/2019/01/21/a-extrema-direita-um-fenomeno-global-por-michael-lowy/?fbclid=IwAR0kgJ7L_vmzjF2QEM8lZYBySVL41MP_pRJdaa8Kj7eKhh2Ox-xwS90n4Ew 

BERLIM, ALEMANHA: AGRICULTORES CONTRA O AGRONEGÓCIO

Agricultores protestam em Berlim contra o agronegócio

Mais de 35 mil pessoas, entre agricultores e ambientalistas, pedem uma produção de alimentos mais sustentável e com maior proteção ambiental e animal. Passeata é acompanhada por 170 tratores.

Protesto em Berlim contra o agronegócio
Protesto foi organizada por diversas associações de agricultores, entidades ambientais e de proteção animal

Milhares de agricultores de toda a Alemanha protestaram neste sábado (19/01) em Berlim contra o agronegócio e por uma agricultura sustentável e com menos impactos climáticos. Os manifestantes defenderam ainda a ampliação da proteção ambiental e animal no setor.

Segundo os organizadores do protesto "Estamos cheios do agronegócio", mais de 35 mil pessoas, entre agricultores e ambientalistas, participaram da marcha no centro da capital alemã, que foi acompanhada por cerca de 170 tratores.

Os manifestantes pediam uma mudança na maneira de se produzir alimentos. A marcha coincidiu com o início da Semana Verde, uma tradicional feira de agricultura que ocorre em janeiro em Berlim.
"O agronegócio está matando os pequenos agricultores", afirmou uma agricultora da Baixa Saxônia, que participou da marcha.

Protesto em Berlim contra o agronegócio
Marcha terminou no Portão de Brandemburgo

A presidente do Greenpeace na Alemanha, Sweelin Heuss, afirmou que a agricultura não pode mais negar as mudanças climáticas. "Para os agricultores, a seca e a chuva forte são uma ameaça existencial", acrescentou.

Os organizadores do protesto, entre eles estão diversas associações de agricultores, organizações ambientais e de proteção animal, entregaram ainda uma carta aos participantes da Conferência dos Ministros de Agricultura, que reuniu representantes de 74 países no âmbito da Semana Verde e debateu a cooperação internacional no setor.

Na carta, o grupo lembra que o trabalho no campo é algo valioso e que precisa de proteção. Os agricultores e ambientalistas pediram também mais subsídios para fazendas de pequeno porte e criadouros que respeitam o bem-estar animal.

Protestos "Estamos cheios do agronegócio" ocorreram em outras cidades da Alemanha. Em Tübingen, o ato reuniu cerca de 1,3 mil pessoas.

CN/dpa/epd/ap
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