quarta-feira, 25 de setembro de 2019

CHICO WHITAKER ALERTA: A FINALIDADE DA ENERGIA NUCLEAR É MILITAR E AMEAÇA A VIDA

VALE A PENA TER UMA VISÃO HISTÓRIA E CONJUNTURAL EM RELAÇÃO À ENERGIA NUCLEAR, E ESSES VÍDEOS NOS AJUDAM A TER ESSA VISÃO CRÍTICA. ISSO É AINDA MAIS IMPORTANTE NESSE MOMENTO EM QUE O GOVERNO VOLTA A AMEAÇAR-NOS COM A CONSTRUÇÃO DE NOVAS USINAS.




Neste vídeo eu comento um texto do pensador e ativista japonês Ishiyo Muto sobre a gênese das usinas nucleares - em sua inconfessável finalidade militar por detrás da produção de eletricidade. Elas foram sendo construídas à medida em que foi sendo disseminado em todo o mundo o programa "átomos pela paz", lançado em 1953 nas Nações Unidas por Eisenhower.

Muto fala do esforço feito pelos norte-americanos para convencer o Japão do suposto lado positivo da energia nuclear, e das reações ao seu uso nesse pais, que se exacerbaram, depois da bomba, com os testes nucleares da Guerra Fria. E nos alerta sobre a "besta hedionda" que se cria na manipulação dessa energia, exortando-nos a recusá-la porque destrói interminavelmente a vida.

Link para os vídeos anteriores :


1- Como funciona uma usina nuclear https://youtu.be/VI2mIrDPhgk
2- A quebra de átomos de urânio 235 https://youtu.be/fEo6dE7xZp8
3- Combustivel usado e lixo atomico https://youtu.be/64eFG7-bNtY
4- A radioatividade como pesadelo https://youtu.be/AMzF2FqABk4
5- Dos vazamentos as explosões https://youtu.be/yDxsBUCsRGU
6- Alternativas às usinas https://youtu.be/zQ-pCl8rp_A
7- Obstáculos ao fechamento das usinas e perspectivas https://youtu.be/cj0ZPxGgpDk
8- O interesse militar: obstáculo principal ao abandono das usinas nucleares. https://youtu.be/X-gJl2CzQr0

MULHERES INDÍGENAS DIZEM O QUE ESPERAM DO SÍNODO DA AMAZÔNIA

MUITO BOM DAR VOZ ÀS MULHERES INDÍGENAS EM RELAÇÃO AO QUE ESPERAM DO SÍNODO DA AMAZÔNIA.  E DESEJAR QUE OS PARTICIPANTES DO SÍNODO ESCUTEM ESTAS VOZES AO REDEFINIR CAMINHOS DA MISSÃO DA IGREJA NA PERSPECTIVA DA ECOLOGIA INTEGRAL.

IHU, 24 de setembro de 2019


Foto: REPAM
25 Setembro 2019

A poucas semanas do início do Sínodo da Amazônia, mais de dez estações de rádio da selva e de outras grandes cidades como Piura, Arequipa ou Lima transmitem pedidos muito particulares. São vozes femininas que, em doze línguas nativas, solicitam maior atenção e acompanhamento da Igreja Católica às mulheres indígenas

A reportagem é publicada por Centro Amazónico de Antropología y Aplicación Práctica — CAAP, 18-09-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Nos seus mais de 65 anos de história, a Rádio Madre de Dios, estação de rádio do sudeste do Peru, nunca havia transmitido uma mensagem em Murui, Ashéninka ou Arabela. Tampouco em Awajún, Bora ou Yánesha. São povos que, apesar de habitantes da mesma casa, da mesma Amazônia, permanecem distantes e são, para muitos, desconhecidos. O povo de Madri está acostumado com o Harakbut, o Ese-Eja, o Yine, o Matsigenka e até o Shipibo, mas agora as vozes de mulheres de 12 povoados amazônicas falam com eles por meio da frequência 92,5 FM em diferentes momentos do dia.

Algo semelhante acontece em Iquitos, mas ao contrário. No norte da Amazônia do Peru, através de 'La Voz de la Selva', vozes como Yéssica Patiachi (Harakbut), Susana Binari (Matsigenka), Fátima Saavedra (Yine) ou Luzmila Cacique (Ashéninka) nunca foram ouvidas. São quatro dessas vozes que, em sua língua materna, solicitam que o próximo Sínodo, que colocará a Amazônia no centro de muitos olhos internacionais, traga mudanças reais para as mulheres indígenas, suas famílias e seus povos. A campanha de rádio 'As vozes das mulheres indígenas antes do Sínodo da Amazônia', coordenada pelo Centro Amazónico de Antropología y Aplicación Práctica — CAAP, consiste em 12 spots de rádio bilíngues (língua indígena espanhola) com mensagens que nascem dos mais diversos e longínquos cantos do mundo.

“Quero que a Igreja ajude na formação de bons líderes”, pede Sorayda na língua Awajún, de Santa María de Nieva (Amazonas). “Quero que a Igreja conheça, respeite e valorize as crenças e valores dos povos indígenas da Amazônia”, diz Yéssica de Lagunas (Yurimaguas). “Que a Igreja nos ajude a explicar ao mundo em que consiste a nossa visão de Bem Viver”, quer Joselyn, em sua língua Asháninka, de Atalaya (Ucayali). "É necessária uma maior presença da Igreja nos lugares mais remotos", solicita Mimi, desde Iquitos em sua língua Murui.

Cuidado com a Casa Comum, apoio às mulheres migrantes, proteção das famílias, defesa dos direitos indígenas ou a necessidade de melhores políticas interculturais são outros tópicos incluídos em uma campanha que foi possível graças ao apoio de cerca de 20 pessoas, entre mulheres e vínculos de coordenação em todos os vicariatos da floresta, que participaram do processo de produção.

Divulgação na Amazônia, Peru e América Latina

A rede de rádio composta pelas emissoras dos vicariatos da floresta foi a primeira plataforma de lançamento. Está conformada pela Rádio Madre de Dios, Rádio Quillabamba, Rádio Sepahua, Rádio San Antonio, Rádio San Francisco Solano, Rádio Kampagkis, Rádio Marañón, Rádio Oriente, Rádio La Voz da Selva e Rádio Ucamara, além de outras pequenas rádios em locais ainda mais afastados e, geralmente, encarregados de um missionário entusiasmado com o poder da comunicação como instrumento de educação e evangelização.

No entanto, as vozes dessas mulheres estão alcançando muitos outros lugares. Por exemplo, para outros lugares no Peru, graças à Rádio Santo Domingo, em Chimbote, Rádio Santa Rosa, em Lima, Rádio San Martín, em Arequipa, Rádio Cumbre, em Huancayo ou Rádio Cutivalú em Piura.
Além disso, a Associação Latino-Americana de Radiocomunicação (ALER) é outra plataforma em que esta campanha é divulgada on-line, através de seus parceiros em todos os países da América Latina.

Você pode ouvir os doze spots abaixo:



http://www.ihu.unisinos.br/592855-mulheres-de-12-povos-indigenas-expressam-os-desejos-e-esperancas-das-mulheres-amazonicas-antes-do-sinodo