quinta-feira, 30 de agosto de 2018

UM FUNERAL PARA O CARVÃO

PRESSIONE OS RESPONSÁVEIS PELA POLÍTICA ENERGÉTICA DO SÉCULO XIX, AINDA QUEIMANDO CARVÃO, PARA QUE ACORDEM E ENTREM NO CAMINHO DA ENERGIA RENOVÁVEL DESCENTRALIZADA, O CAMINHO PRESENTE E FUTURO.

APOIE E PARTICIPE DA CAMPANHA ENERGIA PARA A VIDA¹



Um funeral para o carvão


por Rodrigo Gerhardt (Greenpeace) | 29 de Agosto de 2018.

Protestamos contra o leilão de energia A-6, que pode contratar esse poluente para assombrar o futuro do nosso país.

Nossos ativistas enfrentaram uma manhã fria e ainda escura do inverno gaúcho para realizar o enterro simbólico do carvão e mandar uma mensagem clara ao governo brasileiro: queremos o fim da fonte de energia mais poluente do mundo até 2030. O carvão, que moveu a Revolução Industrial e está diretamente ligado ao aquecimento global, deve ficar aonde ele pertence: no solo e no passado.
Nossos governantes, porém, parecem personagens de novela que, congelados no tempo, acordaram do século 19 sem a ideia do que sejam energias limpas e renováveis, e insistem em investir no atraso. No próximo leilão de energia que deve ser realizado nesta sexta-feira (31), dos 59 GW cadastrados para entrar em operação até 2024, metade (29,5 GW) é de origem fóssil. Além de térmicas a gás, incluem também duas novas usinas a carvão no sul do país, uma no Rio Grande do Sul e outra em Santa Catarina.
Sim, são exatamente as térmicas que, quando ligadas, elevam a tarifa de energia para a bandeira vermelha, muito mais cara, que você paga na sua conta de luz, para não falar dos vários impactos que elas trazem para o meio ambiente, para a saúde das pessoas e, no caso das movidas à carvão, até para a crise hídrica, por serem grandes consumidoras de água.

“Chega de energia suja!”

Por isso, com um caixão, uma lápide e a mensagem “Chega de energia suja”, nossos ativistas realizaram um protesto pacífico em frente à termelétrica Presidente Médici, no município de Candiota, a 400 km de Porto Alegre. Candiota foi escolhida como exemplo, pois concentra a maior reserva de carvão mineral no país (a hulha, de péssima qualidade) e o maior parque de usinas térmicas, além de ser a região onde será instalada uma das novas usinas com possibilidade de contratação no leilão, a UTE Ouro Negro.
“O governo insiste em permitir o crescimento do número desse tipo de usina no país enquanto observamos um movimento global no sentido contrário. Vários países dependentes do carvão, como França, Reino Unido, Canadá e México, já assumiram compromissos de abandonar essa fonte poluente até 2030”, afirma Marcelo Laterman, nosso especialista em Energia, que participou do protesto.
Segundo ele, este é um período factível para que possamos fazer uma transição realista em direção às fontes renováveis. Por isso, quereremos a mesma coisa. E a não contratação de novas térmicas a carvão é apenas o primeiro passo para que o Brasil também possa dar fim a todas as sua usinas em operação também até 2030. “No entanto, a contratação de uma nova usina agora pode garantir que ela funcione pelo menos até 2049”, afirma Laterman.
O carvão representa hoje apenas 2,3% da matriz energética brasileira, mas é responsável por 20% das emissões de CO2. É uma tecnologia ultrapassada de geração de energia que em nada contribui para o desenvolvimento de um país mais moderno, limpo e seguro. Se você também quer um Brasil melhor, ajude-nos a fortalecer esse movimento para que o governo assuma o compromisso pelo fim do carvão até 2030. Compartilhe este texto.
Vamos deixar o carvão no passado para que ele não assombre o nosso futuro.
Notícia publicada originalmente no site do Greenpeace Brasil.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

CIDADES SE COMPROMETEM COM EDIFICAÇÕES CARBONO-ZERO

DUAS PERGUNTAS:
1) POR QUE SÓ A PARTIR DE 2030, SE JÁ HÁ CONDIÇÕES DE CONSTRUÇÕES COM ESTA QUALIDADE ESSENCIAL PARA COMBATER O AQUECIMENTO GLOBAL?
2) POR QUE NENHUMA CIDADE BRASILEIRA ENTROU NA LISTA, NEM MESMO BRASILIA, QUE JÁ TEM O PROGRAMA "BRASÍLIA SOLAR" APROVADO?

JÁ ESTÁ MAIS DO QUE CLARO QUE SE VIERMOS A MORRER QUEIMADOS EM INCÊNDIOS FLORESTAIS OU COM OUTROS PONTOS DE PARTIDA, A RESPONSABILIDADE SERÁ POLÍTICA, ISTO É: DOS QUE, CONCENTRANDO RIQUEZA E PODER POLÍTICO NÃO COLOCARAM EM PRÁTICA O QUE SE SABIA SER ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO E ERA TECNICAMENTE POSSÍVEL.

ALIÁS, FALANDO EM RESPONSABILIDADES EM RELAÇÃO A NÃO COLOCAR EM PRÁTICA O QUE SE SABE QUE DEVE SER FEITO, O BRASIL É CAMPEÃO: CONTINUA PROMOVENDO, ENTRE OUTROS ABSURDOS, O AGRONEGÓCIO, MESMO SABENDO SER UM SISTEMA INSUSTENTÁVEL, CONTAMINADOR E EMISSOR DE GASES DE EFEITO ESTUFA; CONTINUA NEGOCIANDO, E DE FORMA CRIMINOSA, O PETRÓLEO DO PRÉ-SAL, EM VEZ DE DEIXÁ-LO ONDE ESTÁ; PREFERE CONTINUAR QUEIMANDO CARVÃO, PETRÓLEO E GÁS PARA PRODUZIR ENERGIA, EM VEZ DE PROMOVER A ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA...


CIDADES SE COMPROMETEM COM EDIFICAÇÕES CARBONO-ZERO

Dezenove cidades globais assinaram um compromisso por edificações carbono-zero já a partir de 2030. Entre as 19 estão Londres, Los Angeles, Nova York, Paris e Tóquio. 

Edificações carbono-zero são ultra-eficientes nos seus fluxos de energia, água e materiais, e são alimentadas por fontes limpas de energia. São ambientes confortáveis onde a conta de energia é zero ou quase isso, isolados termicamente contra extremos de temperatura e com uma atmosfera interna livre de poeira e particulados da rua.

Os próximos passos do compromisso são:
- analisar os edifícios públicos e definir as medidas para torná-los carbono-zero;
- definir um mapa do caminho para se chegar a edificações carbono-zero;
- desenvolver incentivos e programas de suporte; e
- reportar o progresso e avaliar e incorporar outras fontes de emissão, como a refrigeração de ambientes.

Assinaram o compromisso: Copenhagen, Johanesburgo, Londres, Los Angeles, Montreal, Nova York, Newburyport, Paris, Portland, São Francisco, São José, Santa Mônica, Estocolmo, Sidney, Tóquio, Toronto, Tshwane, Vancouver e Washington D.C.


segunda-feira, 27 de agosto de 2018

DECLARACÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO CORREDOR "ANDES-AMAZÔNIA-ATLÂNTICO

É NECESSÁRIO ACOLHER O CONVITE: APOIAR AS INICIATIVAS DESTES POVOS, SISTEMATIZADAS NO DOCUMENTO QUE SEGUE, ESPALHAR A BOA NOTÍCIA E ATRAIR MAIS APOIOS.
  Bogotá, Colombia el 17 de Agosto de 2018.
DECLARATORIA DE LOS PUEBLOS INDÍGENAS EN EL MARCO DEL
ENCUENTRO DE COORDINACIÓN INTERNACIONAL CORREDOR
BIOCULTURAL SAGRADO Y TERRITORIAL AAA
(ANDES-AMAZONIA-ATLÁNTICO)
Nosotros los Pueblos y nacionalidades indígenas, de la Cuenca Amazónica,
constituidos en la siguientes organizaciones:
COICA Coordinadora de las Organizaciones Indígenas de la Cuenca Amazónica
AIDESEP Asociación Interétnica de Desarrollo de la Selva Peruana (Peru)
APA Amerindian Peoples Association of Guyana (Guyana)
CIDOB Confederación de Pueblos Indígenas de Bolivia (Bolivia)
COIAB Coordenação das Organizações Indígenas de Amazônia Brasileira (Brasil)
CONFENIAE Confederación de las Nacionalidades Indígenas de la Amazonia
Ecuatoriana (Ecuador)
FOAG Federation Organisations Autochtones Guyane (Guyana Francesa)
OIS Organisatie Van Inheemsen in Suriname (Surinam)
OPIAC Organización Nacional de los Pueblos Indígenas de la Amazonia
Colombiana (Colombia)
ORPIA Organización Regional de los Pueblos Indígenas de Amazonas
(Venezuela)
Fuente: Opiac
Reunidos en el marco del Encuentro de Coordinación Internacional; una mirada indígena amazónica del corredor Biológico y Cultural AAA, realizado del 14-17 de Agosto de 2018, DECLARAMOS QUE:
1. El corredor ya está establecido, desde el origen de la vida. Allí, entre ANDES, AMAZONAS Y ATLÁNTICO, a través de sus ríos circula todo el pensamiento espiritual, donde todas las partes están interrelacionadas, constituyendo un sistema vivo
2. El corredor es una realidad, existente milenariamente de los pueblos y nacionalidades indígenas de la Cuenca Amazónica COICA y sus organizaciones nacionales de base: AIDESEP, APA, CIDOB, COIAB, CONFENIAE, FOAG, OIS, OPIAC y ORPIA.
3. El corredor es biológico y cultural, porque es el área contigua más grande de bosques tropicales del mundo; que alberga a más de 400 identidades cultura.
4. El corredor lo entendemos como lugares sagrados porque es un espacio vital y es un mandato de nuestros creadores para proteger todas las expresiones de vida.
5. El corredor es un territorio; entendido desde lo biológico, lo cultural, lo espiritual-sagrado, donde perviven e interactúan diversas culturas tradicionales y ancestrales, comunidades locales, grupos tribales y otros grupos poblacionales a quienes invitamos a hacer alianzas, dialogar y a construir conjuntamente la conectividad Andes, Amazonía y el Atlántico, la protección del medio ambiente y la salvaguarda de los derechos colectivos.
Así mismo, nosotros invitamos a los Estados Nacionales, los organismos multilaterales y bilaterales, las instituciones públicas y privadas, a los movimientos indigenistas, ambientalistas y sociales, poblaciones tradicionales-ancestrales, a las distintas expresiones de fe, a la academia, y a toda aquella persona solidaria que se identifique con nuestra iniciativa, visión y misión de mundo, a lo siguiente:
1. A la implementación de acciones conducentes a la consolidación del corredor Andes, Amazonas, Atlántico.
2. A tejer alianzas y compromisos para promover, proteger, y visibilizar el Corredor Andes, Amazonas, Atlántico, su biodiversidad, sus culturas y la sacralidad del territorio.
3. A unir esfuerzos para construir estrategias de visibilización, reconocer la importancia de este corredor, como un primer paso para garantizar la existencia de todas las formas de vida en el Planeta.
4. A que se reconozca el conocimiento tradicional, en las prácticas culturales y la cosmogonía de los pueblos indígenas en la protección de la biodiversidad y en la mitigación al cambio climático.
5. A que toda acción que se realice en el corredor Andes, Amazonas, Atlántico, debe hacerse en el marco del respeto de los derechos y principios de los pueblos indígenas y de los pueblos en aislamiento voluntario y de contacto inicial.
EN UNIDAD EXTENDEMOS ESTA INVITACIÓN A TODAS LAS NACIONES DE LA TIERRA
Bogotá, Colombia el 17 de Agosto de 2018.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

ABSURDO: CONTRATAÇÃO DE TÉRMICAS A CARVÃO E GÁS

O LEILÃO ACONTECERÁ NA PRÓXIMA SEMANA. VEJAM NO TEXTO QUE SEGUE OS MOTIVOS PARA MOBILIZAR-NOS CONTRA ESSE ABSURDO DA POLÍTICA ENERGÉTICA BRASILEIRA. ENQUANTO CHINA E ÍNDIA, E OUTROS PAÍSES, VÃO DEIXANDO PRA TRÁS O USO DE CARVÃO, O BRASIL SEGUE O EXEMPLO DOS ASNOS: O RABO CRESCE PARA BAIXO! ESTAMOS INDO PRO SÉCULO XX, E AGIMOS COMO SE NÃO ESTIVESSEM SENDO AMEAÇAS DRAMÁTICAS AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS.

TUDO INDICA QUE OS AUTORES DO GOLPE POLÍTICO QUE DOMINA O BRASIL SÃO PESSOAS DE OUTRA ÉPOCA, E POUCO OU NADA SE IMPORTAM SE SUAS DECISÕES AJUDARÃO A APRESSAR O DESASTRE TOTAL.

NA VERDADE, O ABSURDO MAIOR É QUE ISSO AINDA SEJA FEITO NUM DOS PAÍSES QUE TEM FONTES REALMENTE RENOVÁVEIS ABUNDANTES, QUASE INFINITAS. BASTA LEMBRAR DO SOL...

ClimaInfo, 23 de agosto de 2018

CONTRATAR TÉRMICAS A CARVÃO NO PRÓXIMO LEILÃO AMARRARÁ PAÍS A TECNOLOGIA POLUENTE POR DEZENAS DE ANOS
Na próxima semana, o setor elétrico realizará um leilão de compra de eletricidade a ser entregue daqui a seis anos (A-6). Dentre as mais de mil usinas habilitadas para o leilão, 2 são termelétricas a carvão e 39 a gás natural que, juntas, somam quase 30 GW de capacidade, quase metade dos 59 GW ofertados. 

Marcelo Lima, especialista em energia do Greenpeace, escreveu no Valor sobre o contrassenso que é construir novas térmicas a carvão no Brasil. China e Índia, talvez os dois maiores consumidores de carvão para geração de eletricidade, pararam de construir e começam a desativar usinas velhas. 

Outros países importantes, cujas matrizes elétricas também são cheias de carvão, também planejam abandonar a fonte. 

Assim, não faz sentido um país como o Brasil, que tem a possibilidade de aumentar seu parque gerador com fontes renováveis competitivas, continuar a construir novas destas térmicas sujas. A maior das duas a carvão aumentará em 7% as emissões do sistema elétrico para atender a menos de 0,3% de toda a eletricidade consumida, amarrando o país a esta tecnologia suja por mais de 30 anos, pelo menos, enquanto a usina funcionar.

http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-303/topico-397/Relat%C3%B3rio%20S%C3%ADntese%202018-ab%202017vff.pdf

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

ONDA GLOBAL DE CALOR: INDÍCIO DE COLAPSO AMBIENTAL E CIVILIZACIONAL?

SERIAM DADOS PUBLICADOS PARA ASSUSTAR? OU SERVEM PARA DEFINIR A TERRÍVEL RESPONSABILIDADE HUMANA, DE MODO ESPECIAL DOS SETORES QUE INSISTEM EM DEFENDER QUE SEM O CRESCIMENTO CONTÍNUO DA PRODUÇÃO, CONSUMO E DESCARTE BAIXARIA O NÍVEL DE VIDA EM RELAÇÃO AO AUMENTO CONSTANTE DO AQUECIMENTO GLOBAL?

O FATO É QUE ESTAMOS CAMINHANDO NA DIREÇÃO DA AMEAÇA DE MORRERMOS NO FOGO... É BOM E ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO LEVAR A SÉRIO OS SINAIS E AVISOS!

"Caso este cenário se torne realidade, seria algo parecido com o apocalipse para a vida humana e não humana no Planeta", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 20-08-2018.

Eis o artigo.

A máquina de fake news divulgou no início do ano que o Brasil teria o inverno mais rigoroso da história. Mas os dados de julho de 2018 mostram que a temperatura foi alta em todo o país. Em São Paulo, o tempo quente foi o maior em décadas. Além de quente, o tempo ficou mais seco do que o normal, causando reflexos como reservatórios de água mais baixos e aumento do número de queimadas. Qualidade do ar também piorou nas cidades do interior paulista. No resto do mundo os problemas se multiplicaram.

O fato é que o mês de julho foi o 3º mais quente da série histórica e o ano de 2018 está a caminho de ser o quarto mais quente já registrado, vencido apenas por 2017, 2016 e 2015. Julho de 2018 foi o 403º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século XX, segundo dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA). De acordo com o Comitê de Auditoria Ambiental do Reino Unido, haveria a chance das temperaturas no verão chegarem a 38°C no país, levando a um potencial de 7.000 mortes relacionadas ao calor por ano, até a década de 2040. Mas tudo isto está ocorrendo este ano, com muita antecedência.

Como mostrou o cientista Michael Mann – com o seu gráfico do “taco de hóquei”, de 1998 – , o mundo está ficando mais quente e continuará a esquentar. A única dúvida agora é quanto e qual a rapidez do aquecimento global. Isto acontece porque as emissões de gases de efeito estufa (GEE) estão aumentando. Desta forma, os eventos climáticos extremos do verão no hemisfério Norte, de 2018, não são apenas sintomas do desarranjo climático, mas alertas da possibilidade de um colapso ambiental que pode se tornar um colapso civilizacional.

Houve secas que ameaçam o abastecimento de alimentos, inundações no Japão, chuvas extremas no leste dos EUA, incêndios na Califórnia, Suécia e Grécia. No Reino Unido, turistas que tentam atravessar o túnel do Canal da Mancha para a França enfrentaram enormes filas quando instalações de ar-condicionado em trens falharam devido à onda de calor. Milhares de pessoas ficaram presas durante cinco horas no calor dos 30°C, sem água. No sul do Laos, as fortes chuvas levaram a um colapso da represa, deixando milhares de pessoas desabrigadas e inundando várias aldeias. O recorde europeu de calor era de 48°C, registrado em julho de 1977 em Atenas, mas esta marca pode ser quebrada no verão de 2018 (mesmo sendo “apenas” o quarto ano mais quente da série).
O incêndio denominado Mendocino Complex, que atingiu a Califórnia, em agosto, tornou-se o maior da história moderna do estado após queimar mais de 283 mil hectares em 11 dias, de acordo com o jornal Los Angeles Times. Sete pessoas morreram e milhares tiveram que deixar suas casas. Os prejuízos financeiros são enormes, mostrando que o crescimento econômico do Estado mais rico dos EUA está se tornando deseconômico.

A onda de calor que atingiu a Europa neste verão chegou também a áreas próximas do Círculo Polar Ártico — linha imaginária no extremo norte do planeta. As temperaturas ultrapassaram os 30°C em regiões onde costuma fazer frio o ano inteiro. Na Lapônia, região no extremo-norte da Finlândia, os termômetros registraram 33,4°C, uma das temperaturas mais altas da história.

O que é preciso reconhecer é que esses eventos climáticos extremos estão relacionados ao fato de que, desde 2015, o Planeta já está em torno de 1°C acima da média pré-industrial. A terra está se tornando um local perigoso. Portanto, a recente onda de eventos catastróficos não é mera anomalia. O sistema climático está cada vez mais desequilibrado, em função do modelo “Extrai-Produz-Descarta”.
Estudo publicado na revista Nature Communications indica que é provável que o mundo assista temperaturas mais extremas nos próximos quatro anos, à medida que o aquecimento natural reforça a mudança climática provocada pelo ser humano. O aumento das emissões de gases do efeito estufa está aumentando a pressão sobre as temperaturas, mas os seres humanos não sentem a mudança como uma linha reta porque os efeitos são diminuídos ou amplificados por fases de variação natural. De 1998 a 2010, as temperaturas globais estavam em “hiato”, já que o resfriamento natural (da circulação oceânica e dos sistemas climáticos) compensou o aquecimento global antropogênico. Mas o planeta entrou agora quase na fase oposta, quando as tendências naturais estão impulsionando os efeitos produzidos pelas atividades antrópicas.

Infelizmente, em vez de confrontar essa ameaça à espécie humana e às demais espécies vivas da Terra, o mito do crescimento econômico permanente e indefinido repete sempre o mantra que a qualidade de vida depende do aumento das atividades antrópicas. Contudo, a economia não pode ser maior do que a ecologia e nem a humanidade pode superar a capacidade de carga da Terra. Ou a civilização muda o rumo que leva ao colapso ambiental ou haverá de lidar com um colapso civilizacional.

Esta possibilidade foi aventada em novo estudo (Steffen, 2018) que indicou que a Terra pode entrar em uma situação com clima tão quente que pode elevar as temperaturas médias globais a até cinco graus Celsius acima das temperaturas pré-industriais. Isto teria várias implicações, como acidificação dos solos e das águas e aumentos no nível dos oceanos entre 10 e 60 metros. O estudo mostra que o aquecimento global causado pelas atividades antrópicas de 2° Celsius pode desencadear outros processos de retroalimentação, podendo desencadear a liberação incontrolável na atmosfera do carbono armazenado no permafrost, nas calotas polares, etc.

Em função do efeito dominó, as “esponjas” que absorviam carbono podem se tornar fontes de emissão de CO2 e piorar significativamente os problemas do aquecimento global. Isto provocaria o fenômeno “Terra Estufa”, o que levaria à temperatura ao recorde dos últimos 1,2 milhão de anos. Os seja, caso este cenário se torne realidade, seria algo parecido com o apocalipse para a vida humana e não humana no Planeta.

Referências:

Angela Dewan. Our climate plans are in pieces as killer summer shreds records, CNN, August 5, 2018
Matt McGrath. O que é o fenômeno ‘Terra estufa’ e por que estamos caminhando para ele, segundo novo estudo, BBC News, 07/08/2018
Steffen et. al. Trajectories of the Earth System in the Anthropocene, PNAS August 6, 2018. 06/08/2018 
WATTS, Jonathan. Extreme temperatures ‘especially likely for next four years’, The Guardian, Tue 14 Aug 2018 

http://www.ihu.unisinos.br/582034-a-onda-global-de-calor-pode-ser-indicio-de-um-colapso-ambiental-e-civilizacional 

terça-feira, 21 de agosto de 2018

AQUECIMENTO GLOBAL: COMENTÁRIOS SOBRE A NOSSA CEGUEIRA

IHU, 20 de agosto de 2018
Por que é tão difícil provocar ações coletivas contra a mudança climática? Que paralelo há entre nossa irresponsabilidade diante do envelhecimento? É possível pensar saídas?
O questionamento é de Débora Nunes, em artigo publicado por Outras Palavras, 17-08-2018.
Débora Nunes é arquiteta, doutora em Urbanismo, com pós doutorado em Extensão Universitária pela Universidade Lumière Lyon II (2008) e em História das Cidades e Cidades do Futuro pela Bangalore University, India (2015). É coordenadora da Escola de Sustentabilidade Integral e professora titular da Universidade do Estado da Bahia, no Curso de Urbanismo.

Eis o artigo.

Um interessante vídeo da geriatra Ana Claudia Quintana Arantes circulou recentemente. Ela observa que nós humano.a.s evitamos nos preparar para a velhice e a morte, de modo estranho. Toda pessoa conhece alguém que envelheceu doente e, no entanto, a maioria não busca evitar esse sofrimento naquilo que é possível. Doutora Ana Claudia constata que é largamente conhecido que a má alimentação, a falta de exercícios físicos e as relações sociais e afetivas de má qualidade são causas de doenças nos idoso.a.s. Estranhamente, entretanto, adultos que prezam tanto por seu “sucesso” não pensam que seu modo de vida pode lhes trazer uma vida “derrotada” na velhice e passam longe do cuidado cotidiano que pode levar a um envelhecer enriquecedor e a uma morte digna.
O mesmo vem acontecendo com a humanidade inteira em relação ao colapso ambiental. As informações sobre as mudanças climáticas e suas causas são cada vez mais acessíveis, mas as pessoas podem ver por si mesmas que o clima mudousecas e falta d´água como nunca antes, frios e calores estranhos para a estação e até tornados e terremotos já são vistos no Brasil. Sim, pessoas menos educadas e informadas podem até não saber a relação de causa e efeito entre comportamentos cotidianos e mudanças climáticas, mas você que está lendo esse texto sabe. De todo modo, os menos escolarizados são também os mais pobres e por isso consomem pouco e interferem menos na questão ambiental; são importantes na equação climática apenas pelo número, pois são maioria e assim impactam na destruição dos recursos naturais. Mas os mais educados e ricos não deveriam dar o exemplo?
Passei recentemente pela Bélgica, França, Inglaterra e Índia e fiquei chocada ao ver como o quadro de inconsciência e desperdício de recursos está disseminado por todo lugar. O sentimento de urgência de mudança expresso por pesquisadores e movimentos da cidadania não contamina quase ninguém. Fazemos com o futuro da humanidade o que fazemos com nosso futuro individual: deixamos pra lá. Os alimentos industrializados que fazem a obesidade explodir ainda reinam e estar com uma garrafinha de refrigerante consumida aos milhões por dia na Terra não faz ninguém ficar envergonhado. O uso de descartáveis é tão absurdo que nossos descendentes olharão pra nós como cegos estúpidos; o desperdício de energia faria um observador extraterrestre dizer que somos completamente desarrazoados em face do que nos aguarda. A química que mata aos poucos as pessoas e os solos continua a se expandir. A futilidade da moda de objetos extravagantes e da tecnologia quase descartável com preços irreais ainda enche os aeroportos desse mundo incivilizado. O que estamos esperando pra mudar?
Para aqueles que ainda precisam de mais informações sobre a urgência de mudarmos, destaco duas: O movimento liderado pela secretária executiva da COP 21 – ParisChristiana Filgueires, mostrando que se não mudarmos radicalmente o modo de funcionamento das sociedades até 2020, os esforços posteriores serão ineficazes, pois o agravamento da crise climática será irreversível. O último documento do IPCC, que congrega mais de dois mil especialistas em clima de mais de uma centena de países diz que sem reversões imediatas nas emissões (indústrias, carros, desmatamento, plásticos) o aquecimento do clima esperado para 2100 já se avizinha em 2030. Isso significa que a floresta amazônica, por exemplo, pode se tornar uma caatinga; que a comida ficará rara e cara e que a água será um item disputado, pra dizer o mínimo. Os adultos de hoje terão uma velhice ainda mais dolorosa e os jovens e crianças pagarão por nossa irresponsabilidade. Tá bom, tá bom desse papo chato de velhice e colapso. Você vai mudar de assunto e cuidar de sua vida, né?
Eu e muitos outro.a.s estamos cuidando da nossa: aprendendo a simplicidade agora antes que ela nos seja imposta; cultivando alimentos mesmo que em pequena escala e buscando a terra como salvação, reflorestando-a e eliminando a química na produção de comida; implantando coleta de água de chuva e energia solar em casa (há maneiras simples e pouco onerosas de se fazer isso); evitando o uso de combustíveis fósseis e comprando o essencial, preferencialmente no comércio local e vindo de cooperativas;plantando árvores onde possível pra compensar o peso que somos para a Mãe Terrae buscando ser mais leves para ela reciclando, fazendo compostagem e nutrindo o solo de jardins, hortas e pomares; buscando aprender a viver democraticamente e amorosamente em comunidade pois essa será uma saída importante pra enfrentar solidariamente os desafios que já estão chegando.
Queremos uma velhice respeitável e uma morte digna e enquanto isso vivemos alegremente em paz com nossas consciências, construindo um mundo com outros valores e esperando que nossos neto.a.s tenham orgulho de nossas escolhas.
http://www.ihu.unisinos.br/582001-aquecimento-global-comentario-sobre-nossa-cegueira 

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

CARTILHA SOBRE VOTO E DEMOCRACIA

SEGUE LINK PARA ACESSAR CARTILHA DIVULGADA PELO CONSELHO DE LEIGOS DA IGREJA CATÓLICA SOBRE AS ELEIÇÕES. É URGENTE LEVAR A SÉRIO ESSA PRÁTICA, ESPECIALMENTE PARA EVITAR QUE O PAÍS CONTINUE COM UM CONGRESSO MAJORITARIAMENTE TÃO VENDIDO E VOLTADO PARA OS INTERESSES DOS RICOS.

https://mail.google.com/mail/u/0?ui=2&ik=817d759d7c&attid=0.1&permmsgid=msg-f:1609349180378783999&th=16558e8d880b20ff&view=att&disp=inline&realattid=f_jl2k0zvj0

SARDENBERG: O COMENTARISTA "FAKE" DA GLOBO-NEWS

EM TÃO POUCO TEMPO APARECEU A BASE MENTIROSA DA PROPAGANDA DO GRUPO GLOBO DE QUE ELE SERIA CONTRA AS FAKE-NEWS. VEJAM A SEGUIR A PROVA.

20 DE AGOSTO DE 2018 ÀS 06:25 // INSCREVA-SE NA TV 247 Youtube

IMPORTÂNCIA DA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA É MAIOR DO QUE SE PENSAVA

ENQUANTO OS CIENTISTAS AFIRMA ISSO E DEMONSTRAM COM PESQUISAS, OS SENHORES DO AGRONEGÓCIO SE ORGANIZAM PARA EXIGIR O FIM DAS DEMARCAÇÕES DE TERRITÓRIOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E DE COMUNIDADES TRADICIONAIS - EXATAMENTE QUEM PRESERVA A BIODIVERSIDADE.

PRECISAMOS AGIR ENQUANTO TEMOS TEMPO. O FÓRUM MCJS ESTÁ PREVENDO REALIZAR SEMINÁRIOS MOBILIZADORES EM TODOS OS BIOMAS DO BRASIL ENTRE 2018 A 2021. QUEM MAIS ENTRARÁ NESSE MUTIRÃO PELA VIDA, CONTRA O QUE PROVOCA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS? 

IHU, 20 de agosto de 2018
Quase um quarto de todos os peixes de água doce do mundo - mais precisamente 23% - estão nos rios brasileiros. Assim como 16% das aves do planeta12% dos mamíferos e 15% de todas as espécies de animais e plantas.
A reportagem é de Camilla Costa, publicada por BBC Brasil, 19-08-2018.
Esses números estão sendo compilados pela primeira vez por cientistas brasileiros após a publicação do estudo O futuro dos ecossistemas tropicais hiperdiversos, divulgado no final de julho na revista Nature.
"Já imaginávamos que o Brasil tinha essa quantidade de espécies, mas os números exatos estavam espalhados em bases de dados muito diferentes pelo mundo. É uma combinação de dados única", disse à BBC News Brasil a bióloga Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental, que participou do estudo e lidera os esforços para compilar os dados brasileiros.
"A condição do Brasil é muito única, mas, nas discussões políticas, o papel que o país tem na biodiversidade mundial é pouco considerável. Precisamos de um conjunto de políticas muito mais fortes e atuantes para lidar com essa biodiversidade."
O estudo, realizado por um grupo de 17 cientistas, incluindo quatro brasileiros, é a maior revisão de dados sobre a biodiversidade nos trópicos, segundo o biólogo marinho, zoólogo e botânico britânico Jos Barlow, da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, que liderou a pesquisa.
"Sempre soubemos que a região era importante. Mas encontramos números surpreendentes. Mostramos, por exemplo, que 91% de todos os pássaros do mundo passam ao menos parte de suas vidas nos trópicos. Isso é incrível", disse à BBC News Brasil.
"Eu também fiquei impressionado com o fato de o Brasil ser responsável por um quarto dos peixes de água doce. Geralmente, esses ecossistemas são ignorados."

Perda acelerada de espécies tropicais

No estudo, a equipe internacional de cientistas alerta para o fato de que a falta de ações de conservação e monitoramento dos ecossistemas tropicais pode causar, em breve, uma perda sem precedentes de espécies - muitas das quais sequer são conhecidas.
Os ecossistemas tropicais - florestas, savanas, lagos e rios e recifes de coral - cobrem 40% do planeta, mas abrigam mais de três quartos (78%) de todas as espécies.
Além disso, desses ecossistemas dependem as vidas de centenas de milhares de pessoas. Os recifes de coral, por exemplo, são responsáveis pela subsistência e pela proteção de mais de 200 milhões, apesar de só cobrirem 0,1% dos oceanos.
Em todos esses locais, dizem os pesquisadores, flora e a fauna sofrem a "ameaça dupla" das atividades humanas, como o desmatamento e a pesca predatória em excesso, e de ondas cada vez mais frequentes de calor, causadas pela mudança climática.
"A maior parte dos cientistas foca em apenas um bioma. Mas nós mostramos que todos os ecossistemas tropicais estão sofrendo dos mesmos problemas", diz Barlow.
"Quando falamos em mudança climática, falamos muito do seu impacto nas regiões polares, mas isso está devastando os trópicos. E o mundo parece ter dado um passo atrás no que se refere ao compromisso com ações relacionadas ao meio ambiente."
Para Joice Ferreira, da Embrapa, também é preciso considerar que a maior parte dos países tropicais são regiões mais pobres, com menor capacidade de pesquisa.
"Nossa região alimenta todas as outras do mundo com recursos naturais, mas a maior parte das pesquisas sobre os trópicos é liderada por países desenvolvidos", afirma.
"Isso nos coloca numa situação de vulnerabilidade, porque temos uma capacidade menor de resposta às mudanças climáticas. Estamos colocando em risco um número muito grande de espécies."

Dificuldade para catalogar dados no Brasil

Segundo Barlow, um dos principais problemas das regiões tropicais é a falta de investimento na coleta e na catalogação de espécies. Ou seja, sequer sabemos tudo o que está em perigo com o aumento das temperaturas globais.
Atualmente, cerca de 20 mil novas espécies são descobertas no mundo a cada ano. Mas, nesse ritmo, os pesquisadores estimam que seriam necessários pelo menos 300 anos para catalogar toda a biodiversidade do planeta.
"Descrever novas espécies tem que ser um trabalho colaborativo global, com pesquisadores tendo acessos a recursos e espécimes em muitos museus e coleções. Mas tudo isso é dificultado pela burocracia excessiva - algo que o Brasil conhece muito bem", diz o britânico.
Ferreira diz que ainda falta no Brasil um programa "abrangente e integrado de avaliação da biodiversidade". A maior parte das pesquisas, ela afirma, são feitas em locais de fácil acesso - como a beira dos rios e as margens de estradas - e na região Sudeste, onde se concentra a maior parte dos pesquisadores.
"Tentamos aos trancos e barrancos cumprir as metas internacionais, mas é tudo muito grosseiro e genérico. Num país muito menor como o Reino Unido, se conhece a fauna e a flora de cada quilômetro do país", compara.
"Precisamos fazer programas de monitoramento amplo em todos os biomas brasileiros e programas de conservação nos outros biomas, além da Amazônia. Mas o que vemos é justamente o contrário disso, um corte massivo de financiamento para ciência e tecnologia, especialmente nos recursos humanos."
Em 2014, o governo brasileiro criou o Sistema de Informação Sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr), uma espécie de atlas das espécies do país, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). A iniciativa, no entanto, avança a passos lentos na tarefa de catalogar apenas o que já se sabe sobre a fauna e a flora nativas.
"Nunca chegamos numa amostragem de toda a biodiversidade espacial. O território brasileiro é grande demais, nunca tivemos investimento com regularidade suficiente e os programas de pesquisa nunca se preocuparam em traçar uma estratégia que abrangesse o território todo", disse à BBC News Brasil a bióloga Andrea Nunes, coordenadora de biomas do MCTIC e diretora geral do SiBBr.
O principal obstáculo encontrado pelo sistema é justamente a dificuldade de convencer os pesquisadores a registrarem, uma por uma, todas as espécies que já pesquisaram.
"O Brasil não tem cultura de compartilhamento de dados. Esse problema começa pela própria academia, que usa dados de biodiversidade para a publicação de teses de mestrado, doutorado, e quase joga esses dados fora. Muitos pesquisadores acham que faz parte desse trabalho deles compartilhar esses dados primários", afirma a diretora.
"Além disso, o MCTIC apoiava as instituições de pesquisa pagando bolsistas para estruturar os dados e alimentar o sistema. Há cerca de um ano e meio, não podemos mais oferecer essa ajuda."
Nunes estima que, atualmente, o SiBBr tenha cerca de 15 milhões de espécies em sua base de dados. Mas só nas seis principais coleções do Brasil - ou seja, nas instituições como a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Museu de Zoologia de São Paulo - pode haver até 40 milhões de registros.
"Imagine que essas coleções ainda não foram completamente catalogadas no nosso sistema, e que o Brasil tem mais de 300 coleções do tipo. Ninguém sabe o número total de registros de espécies que temos. Até porque pode haver muita coisa duplicada", diz.
http://www.ihu.unisinos.br/581970-importancia-do-brasil-na-biodiversidade-mundial-e-maior-do-que-se-pensava-dizem-cientistas