domingo, 27 de novembro de 2016

FINALMENTE, FAO RECONHECE A AGROECOLOGIA

É UMA ÓTIMA NOTÍCIA. A BRIGA, AGORA, É PRA CONSEGUIR QUE ISSO SEJA LEVADO A SÉRIO. E QUE A FAO EXIJA QUE OS GOVERNOS RECONHEÇAM ISSO, E DEIXEM DE ESTAR AO LADO DO AGRONEGÓCIO. E QUE HAJA RECURSOS DE APOIO PARA QUE A AGROECOLOGIA SEJA A TECNOLOGIA PARA PRODUZIR TODOS OS ALIMENTOS.


Compas

Medo???? De quê? 
Da apropriação já efetiva do discurso da agroecologia pelas corporações? Isso já foi apropriado (a exemplo do discurso do desenvolvimento sustentável, no início dos anos 90).

Quando se defende que é a agroecologia é "apenas" uma ciência aplicada, dá nisso. É apropriada por qualquer um, neste caso o governo francês - que financiou com o Brasil o "Simpósio Internacional sobre Agroecologia" na FAO em 2014 - e uns outros poucos, acreditam que a "aqroecolgoia" vai salvar a indústria agrícola deles.

Mas quando o debate é profundo, COM e NA base social, a coisa é diferente. É sobre os "modos de vida" que se está falando. É RESISTÊNCIA.

E agora, ainda temos que cunhar um termo "agricultura camponesa" ou outro termo, ao menos para diferenciar nos debates políticos e acadêmicos, pra explicitar sobre o que estamos falando. São as pessoas, e em seus movimentos e organizações sociais que fazem agricultura. O resto são técnicas, é "pacote".

Ao menos, por enquanto, na atual gestão do Graziano na FAO, é gente nossa que está lá, fazendo e enfrentando internamente e no nível governamental internacional, esse debate. E resistindo às investidas das corporações e de governos cooptados (como o financiamento do "Simpósio sobre Biotecnologias para a Alimentação e Nutrição" realizado na FAO em fevereiro deste ano, realizado pelo Canadá, Holanda, Austrália, Nova Zelândia, pra não falar nos EUA). Ou seja: "mais do mesmo": transgenia, biologia sintética: é possível, mas segundo um acadêmico ligado à indústria, "é caro" - é pra quem pode pagar, o que não é o caso de mais de 70% dos países.

Ademais, por enquanto, ainda tmos o Mecanismo da Sociedade Civil-MSC no Comitê mundial de Segurança Alimentar e Nutricinal da ONU-CSA, a qual temos feito forte incidência política (onde movimentos e organizações sociais a nível global pressionam a FAO, a ONU e os governos). 

Boa vinda à "Plataforma", que apresenta ao mundo, o que os movimentos e organizações sociais estão fazendo, provando não somente que se pode fazer, mas que dá certo. Mostrando à muitos governos, a agricultura indígena e camponesa.


Abcs., Marciano. -[do MPA]

VEJAM A PLATAFORMA:



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