quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

SINDICATOS ALEMÃES APOIAM NOVO GOVERNO GREGO

É MOTIVO DE ESPERANÇA ESTA MANIFESTAÇÃO DOS SINDICATOS DA ALEMANHA COM ADESÃO DE DIRIGENTES SINDICAIS DE OUTROS PAÍSES EUROPEUS. SIGNIFICA QUE O NOVO GOVERNO E O POVO QUE O ELEGEU NÃO ESTÃO SOZINHOS NA CRÍTICA AO SISTEMA NEOLIBERAL IMPOSTO E NA EXIGÊNCIA DE QUE É PRECISO MUDAR. E MUDAR NÃO SÓ NA ECONOMIA E NAS RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA, MAS MUDAR NA DIREÇÃO DA VERDADEIRA DEMOCRACIA, SOMENTE POSSÍVEL QUANDO OS TRABALHO DE TODOS PRODUZ CONDIÇÕES DE VIDA DIGNA PARA TODAS AS PESSOAS.

POR OUTRO LADO, A OPÇÃO POLÍTICA GREGA NOS INDICA QUE É POSSÍVEL, SIM, ENFRENTAR OS DESASTRES SOCIAIS IMPOSTOS PELO NEOLIBERALISMO, QUE SE APROFUNDA TAMBÉM EM NOSSO PAÍS. BASTA CRIAR MEDIAÇÕES MAIS CONFIÁVEIS PARA CANALIZAR A VONTADE DOS "DE BAIXO", DOS EMPOBRECIDOS E EXCLUÍDOS PELOS QUE NÃO SE CANSAM NUNCA DE CONCENTRAR RIQUEZA.  

CARTA MAIOR -11/02/2015 - Copyleft

Sindicatos alemães lançam manifesto de apoio à Grécia

os representantes dos maiores e mais representativos sindicatos alemães, repudiaram 'qualquer tentativa de chantagem' sobre o povo grego.


Esquerda.net
International Monetary Fund / Flickr
No documento, os dirigentes sindicais defendem que “a viragem política na Grécia é uma oportunidade, não só para esse país em crise, mas também para uma reavaliação e revisão fundamentais da política económica e social da UE”.
 
“Voltamos a sublinhar a crítica já expressa noutras ocasiões pelos sindicatos: desde o início, as condições exigidas à Grécia no âmbito do programa de assistência financeira não mereceram a etiqueta 'reforma'. Os milhares de milhões de euros que têm sido canalizados para a Grécia têm sido utilizados principalmente para estabilizar o setor financeiro. Ao mesmo tempo, o país tem sido mergulhado numa recessão profunda por cortes brutais nas despesas do governo que, ao mesmo tempo, transformaram a Grécia no país mais endividado de toda a UE”, referem os signatários.
 
Segundo os representantes dos maiores e mais representativos sindicatos alemães, as consequências estão à vista, estando o país mergulhado numa “crise social e humanitária sem precedentes na Europa”.

No documento, é assinalado que “o novo governo grego está a ser desafiado a elaborar os seus próprios planos de reconstrução e desenvolvimento, que têm de tornar-se parte de um 'Plano Europeu de Investimento', tal como tem sido exigido pelos sindicatos, e de criar as condições em que esses planos podem dar frutos”.A vitória do Syriza é “um veredicto devastador sobre esta política fracassada”, referem.
 
Os sindicalistas defendem ainda que devem ser promovidas “negociações sérias com o novo governo grego”, repudiando “qualquer tentativa de chantagem”.
 
“A rejeição nas urnas daqueles que foram responsáveis pela política aplicada na Grécia até então é uma decisão democrática que deve ser respeitada a nível europeu”, frisam, adiantando que quem defende que a mudança de política só é possível se a Grécia sair da união monetária europeia está a dizer que “as instituições europeias são incompatíveis com as decisões democráticas tomadas nos Estados membros”.
 
“O défict democrático a nível europeu, várias vezes lamentado, mas ainda não superado, não deve ser ainda mais firmemente entrincheirado, restringindo a democracia nos Estados membros”, afirmam, salientando que “a agitação política na Grécia deve ser transformada numa oportunidade para estabelecer uma Europa democrática e social”.

O documento é ainda subscrito por vários secretários gerais de sindicatos de outros países, entre os quais Erich Foglar, da Federação Austríaca de Sindicatos, Joan Carles Gallego, da CCOO de Catalunha, Ulrich Eckelmann, da industiAll - European Trade Union, e Paul Rechsteiner, da Federação Suíça de Sindicatos.Entre os primeiros subscritores do manifesto de apoio ao povo grego constam, por exemplo, Reiner Hoffmann, secretário geral da DGB - a maior central sindical alemã -, Frank Bsirske, secretário geral do ver.di - sindicato nacional dos trabalhadores dos serviços, Robert Feiger, presidente do IG-BAU, Alexander Kirchner, Presidente do Sindicato dos Ferroviários, Michaela Rosenberger, secretária geral do NGG, Marlis Tepe, secretária geral da GEW, Michael Vassiliadis, secretário geral do IG BCE e Detlef Wetzel, secretário geral do IG Metall.

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