sábado, 31 de janeiro de 2015

BANCO DA INGLATERRA CONTRA A "AUSTERIDADE": SERÁ VERDADE?

VALE DESTACAR DUAS PERGUNTAS: POR QUE ESSE SENHOR DO BANCO DA INGLATERRA SÓ FALOU ISSO DEPOIS DA ELEIÇÃO GREGA, QUE DEU ORIGEM A UM GOVERNO QUE PROPÕE POLÍTICAS CONTRÁRIAS AO PACOTE CONHECIDO COMO "AUSTERIDADE"? MAS, SEM A "AUSTERIDADE", QUE RETIRA RECURSOS DOS NÃO PROPRIETÁRIOS E MAIS EMPOBRECIDOS PARA MANTER O INSACIÁVEL DESEJO DE RIQUEZA DA ELITE ECONÔMICA E ESPECULADORA, DE ONDE VIRÃO, DE TAXAÇÕES SOBRE OS RICAÇOS? 

COMO ESSE SENHOR NÃO FALOU ISSO, É BOM AVALIAR A SINCERIDADE DE SUAS PALAVRAS A PARTIR DE SUAS PRÁTICAS.

CARTA MAIOR - 29/01/2015 

Banco da Inglaterra ataca austeridade na zona do euro

A zona do euro está a afundar-se na 'armadilha da dívida' que combina cortes na despesa com fraco crescimento, acusa o presidente do Banco da Inglaterra.


Esquerda.net
Banco da Inglaterra
Na semana em que tomou posse o primeiro governo declaradamente anti-austeridade na zona euro, o governador do Banco de Inglaterra juntou-se aos críticos das políticas prescritas por Berlim e Bruxelas.
 
Numa conferência em Dublin, Mark Carney desafiou o dogma dos cortes orçamentais seguido pela maior parte dos governos da zona euro. “Desde a crise financeira todas as grandes economias têm estado numa armadilha da dívida em que o baixo crescimento aprofunda o peso da dívida, levando o setor privado a cortar ainda mais nas despesas. A persistência da fraqueza econômica prejudica a capacidade de recuperação das economias”, avisa o governador do Banco de Inglaterra, citado pelo diário Guardian.

Carney foi favorável ao anúncio do Banco Central Europeu da compra de dívida nos próximos meses, mas diz não acreditar que essa medida por si só produza algum efeito para contrariar a perspetiva de uma estagnação econômica prolongada na zona euro. A desvalorização interna, com a baixa dos custos de produção para aumentar a competitividade, também não é solução, adverte o governador do Banco de Inglaterra, uma vez que “não serve para aumentar a procura na zona euro como um todo. Ou seja, dado que a competitividade é relativa, uma solução para uns não é uma solução para todos”. “Por mais difícil que tenha sido, alguns países, incluindo os EUA e o Reino Unido, estão agora a sair dessa armadilha. Outros na zona euro estão a afundar-se cada vez mais”, acrescentou Mark Carney, criticando a “timidez” dos líderes europeus em avançar para uma união fiscal integrada na união monetária.
 
Comparando a taxa de desemprego na zona euro - 11,5%, o dobro da britânica - com o defict fiscal - que na zona euro é metade do do Reino Unido - Carney propõe que a Europa adote uma política fiscal “construtiva” com vista a aumentar a procura e travar a estagnação.

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