quarta-feira, 7 de maio de 2014

AÇÃO CONTRA "SERVIÇO" DE DEPUTADO ÀS EMPRESAS FINANCIADORAS

MUITO IMPORTANTE ESTA AÇÃO DE ONGs E OUTRAS ENTIDADES QUE SE OPÕEM AO NOVO CÓDIGO DA MINERAÇÃO: EXIGIR QUE O RELATOR, LEONARDO QUINTÃO, SEJA AGASTADO DO CARGO POR DEFENDER INTERESSES DAS EMPRESAS QUE FINANCIARAM SUA CAMPANHA ELEITORAL.

ISSO ESCANCARA O QUE AS EMPRESAS ESPERAM QUANDO PARECEM GENEROSAS NA HORA DAS ELEIÇÕES: QUE OS ELEITOS COM SUA AJUDA DEFENDAM SEUS INTERESSES. E É O QUE OS ELEITOS FAZEM. DEVE SER POR ISSO QUE SETORES MINORITÁRIOS DA POPULAÇÃO E DA CIDADANIA, COMO OS EMPRESÁRIOS DO AGRONEGÓCIO E DA MINERAÇÃO, CONTAM COM TANTOS VOTOS NO CONGRESSO NACIONAL. AFINAL, SE ELEGESSEM SÓ MEMBROS DE SUA CORPORAÇÃO, SERIAM ABSOLUTA MINORIA NO CONGRESSO: MENOS DE 1%! DEVE SER POR ISSO QUE, COM APOIO DA GRANDE MÍDIA, QUE DEFENDE OS INTERESSES DE SEUS FINANCIADORES TAMBÉM, VIA PUBLICIDADE, ESTES EMPRESÁRIOS IMPEDIRAM QUE O CONGRESSO VOTASSE A FAVOR DA PROIBIÇÃO DO FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS POR EMPRESAS, E AGORA CONTAM COM O GILMAR MENDES PARA ATRASAR A APLICAÇÃO DA DECISÃO, JÁ APROVADA, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, A FAVOR DESSA PROIBIÇÃO...

É MUITO FRÁGIL A DEMOCRACIA QUANDO QUEM TEM RIQUEZA É "MAIS IGUAL" DO QUE OS DEMAIS CIDADÃOS. MAS SÃO ESSES CIDADÃOS QUE TÊM O PODER DE CONTROLAR OS ABUSOS DOS RICOS E DOS DEPUTADOS FINANCIADOS POR ELES: NÓS PODEMOS EXIGIR QUE O ESTADO BRASILEIRO SEJA REDEFINIDO POLITICAMENTE POR MEIO DE UMA VERDADEIRA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE EXCLUSIVA, COM REPRESENTAÇÃO REAL DE TODA A POPULAÇÃO...

LEMBRE: VOCÊ TEM O PODER DE COMUNICAR-SE COM O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E EXIGIR QUE O QUINTÃO SEJA AFASTADO DA RELATORIA DO TAL NOVO CÓDIGO DA MINERAÇÃO, DE FORMA DIRETA OU POR MEIO DO DEPUTADO QUE VOCÊ AJUDOU E ELEGER. SEJA CIDADÃO!


ONGs acionam parlamentar por defender interesse de financiadores de campanha

6 Maio 2014  (http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/index.cfm?39602)
Um grupo de organizações da sociedade civil e de cidadãos comuns apresentou nesta terça (6) uma representação inédita por quebra de decoro parlamentar na Secretaria da Mesa da Câmara Federal. 

Pela primeira vez, uma representação popular por quebra de decoro foi apresentada contra um parlamentar pelo fato dele relatar um projeto de interesse direto de seus financiadores de campanha. A regra que abre essa possibilidade existe no Código de Ética da Câmara desde 2001. Nos últimos anos, algumas representações por quebra de decoro foram apresentadas por cidadãos comuns à mesa da Câmara. A informação disponível, porém, é que nenhuma foi encaminhada e analisada pelo Conselho de Ética da casa. 

O inciso VIII do Art. 5º do Código de Ética da Câmara afirma que fere o decoro parlamentar “relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral”. 

O alvo da ação é o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), relator da Comissão Especial que analisa o Projeto de Lei 37/2011, que trata do novo Marco Legal da Mineração, um dos setores econômicos mais importantes e poderosos do País. Dos cerca de R$ 2 milhões arrecadados pelo parlamentar na campanha de 2010, em torno de 20% foram doados por grandes empresas de mineração e metalurgia, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. São elas: a Acerlormittal, Gerdau, Usiminas, Ecosteel e LGA. 

Com base na norma, a representação lembra que o parlamentar deveria ter rejeitado a relatoria do projeto e pede, como punição, que ele seja afastado da função de relator da matéria. A representação está sendo encaminhada por um conjunto de organizações da sociedade civil que defende a moralização da atuação parlamentar e também alterações no PL 37/2011 que garantam os direitos socioambientais de populações afetadas por grandes projetos de mineração. 

Integram o grupo a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), WWF-Brasil e o Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM), entre outras dezenas de organizações que fazem parte do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração, além da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) e da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política. 

Quintão vem defendendo de forma irredutível os interesses das grandes mineradoras. Entre outros pontos, não traz nenhum tipo de salvaguarda aos direitos de populações indígenas e tradicionais afetadas por esses projetos e chega a propor que a oficialização de Unidades de Conservação, Terras Indígenas, territórios quilombolas e assentamentos de reforma agrária tenha anuência da Agência Nacional de Mineração (ANM). 

A representação inédita foi encaminhada em meio a uma mobilização da sociedade brasileira para moralizar a política partidária, em especial pelo fim ao financiamento privado de campanha, principal expediente que subordina mandatos parlamentares a grandes interesses econômicos. 

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tem o poder de arquivar a representação, alegando inexistência de indícios de quebra do decoro ou problemas formais. Segundo o Código de Ética, caso resolva acolher o documento, ele tem o prazo de até três sessões ordinárias do plenário para encaminhá-la ao Conselho de Ética da casa. 

Doações de campanha de mineradoras e metalúrgicas a Leonardo Quintão
:




Nenhum comentário:

Postar um comentário