ONDE E COMO VIVERÃO NOSSOS FILHOS E NETOS QUANDO A TEMPERATURA TIVER SUBIDO 2ºC OU MAIS, CAUSADA POR AÇÕES HUMANAS COMO A DESTRUIÇÃO DAS FLORESTAS E A TEIMOSIA DE USAR FONTES FÓSSEIS DE ENERGIA?
Adeus mamíferos, pássaros, peixes, anfíbios e répteis
Sheila Leirner
O ESTADDO DE SÃO PAULO, 30 Outubro 2018 | 09h18
O ESTADDO DE SÃO PAULO, 30 Outubro 2018 | 09h18
Podemos nos despedir destes vertebrados. 60 % dos animais desapareceu em 44 anos, sobretudo nas zonas tropicais da América do Sul e central, onde a perda é de 89%. Sejam quais forem os argumentos dos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, eles deverão tomar em conta esta trágica conclusão do último relatório da WWF (Fundo Mundial para a Natureza), publicado hoje, dia 30, em seu site.
Estão em causa as atividades humanas e suas consequências: agricultura intensiva, degradação dos solos, exploração e pesca exageradas, mudança climática, poluição pela matéria plástica, espécies invasoras, explosão da demanda de meios naturais e energia, etc.
O problema não se restringe apenas ao futuro dos bichos, mas ao capital natural do planeta, uma vez que tudo que funda as sociedades humanas se deve à natureza. Trata-se da sobrevivência da humanidade inteira.
Sejam quais forem os argumentos dos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, esta é uma questão de vida ou morte. Segundo um estudo feito pelo economista americano Robert Costanza (apresentado pela WWF), a natureza nos fornece, gratuitamente, serviços de um valor igual a 125 trilhões de dólares por ano. Ou seja, se devêssemos pagar pelo ar que respiramos, pela água potável, e alimentação que ainda é gratuita, precisaríamos desembolsar bem mais do que o PIB mundial que é de 80 trilhões de dólares por ano. Fora isso, um terço da produção alimentar mundial depende de polinização (por 20 mil espécies de abelhas, centenas de outros insetos e mesmo de vertebrados como certos pássaros e morcegos).Questão de vida ou morte
A WWF considera urgente que os líderes mundiais, os responsáveis públicos e privados admitam que a natureza é a nossa única casa e que repensem a nossa maneira de produzir e consumir. Há recomendações e estudos concretos. Não resta muito tempo. Os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro já deveriam começar a planejar a presença de seus países no acordo ambicioso que será adotado na conferência mundial em Pequim, em 2020.É urgente!
“A nossa casa morre e nós olhamos para outras coisas” disse Jacques Chirac – um presidente esclarecido, humanista, da direita – no “Sommet de la Terre”, em 2002. Até a próxima que agora é hoje, a humanidade está em perigo, e para onde olham os governos de extrema-direita destituídos da luz do conhecimento?
Nenhum comentário:
Postar um comentário