Será realizada, entre os dias 17 e 20, a reunião do conselho ampliado
da Rede Eclesial Panamazônica - REPAM. É uma iniciativa apoiada pelo Conselho
Episcopal Latino-americano, CELAM, e pelas conferências episcopais dos países
que dividem entre si a responsabilidade pela presença evangélica da igreja
católica na Amazônia.
A Amazônia é um imenso bioma, com a extensão de 7.702.264
km2, compartilhado entre o Brasil, com 60% da área, e o Peru, a Colômbia, a Bolívia, o Equador, a
Venezuela, a Guiana, a Guiana Francesa e o Suriname.
Como se sabe, uma área igual a três vezes do estado de São
Paulo já foi totalmente desmatada na Amazônia brasileira, e algo parecido
aconteceu nos demais países. Por causa do desmatamento em todo o planeta, estão
na panamazônia de hoje mais de 30% das florestas e da biodiversidade, e
continuam ameaçadas por projetos capitalistas de mineração, hidrelétricas,
extração de petróleo, agronegócio.
Com a contínua derrubada da floresta, diminui a produção de
umidade, e o rio aéreo, com mais água na forma gasosa do que o rio Amazonas, já
não garante as chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, agravando a
crise de água para a população e para outros usos.
Nesse contexto, qual a missão do cristianismo na Amazônia?
Cabe-lhe, com certeza, a defesa e promoção da vida dos povos e comunidades, bem
como da vida da própria Amazônia. Junto com toda a população, cabe-lhe
enfrentar o desafio de produzir o necessário para uma vida simples e digna sem
destruir a natureza, convivendo com o bioma. A missão do cristianismo é reunir
pessoas que aceitam o convite de Jesus de Nazaré para anunciar o Reino de Deus,
que se torna visível quando todas as pessoas têm vida e vida em abundância,
quando as pessoas amam às demais ao ponto de dar sua vida por elas, e quando a
natureza, a Terra, é cuidada como a Casa comum de todos os seres vivos.
Ivo Poletto,
do FMCJS
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