E AGORA, FRENTE A ESSES DOCUMENTOS, ONDE ESTÁ O JUDICIÁRIO? DEVE ESTAR OCUPADO PELOS CRIMES DE "ROUBO" DE UMA BANANA OU MAÇÃ PARA DAR AO FILHO QUE CHORA DE FOME, ENCHENDO AINDA MAIS AS PRISÕES COM GENTE POBRE QUE NEM PROCESSO ENFRENTA...
SEM ENFRENTAR CRIMES DESSA ENVERGADURA E EXIGIR QUE HAJA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA, DE NADA ADIANTARÁ A APARÊNCIA DE DAR PRIORIDADE À SEGURANÇA PÚBLICA.
SAMARCO SABIA
DO IMPACTO POTENCIAL MESES ANTES DO DESASTRE DE MARIANA
O The Guardian mostra que, seis meses
antes da catástrofe de Mariana, a Samarco já previa com precisão qual seria o
impacto potencial de um tal desastre. A previsão havia sido feita em uma
avaliação de risco. Mas os promotores federais afirmam que a joint venture
entre Vale e BHP Billiton não tomou as medidas que poderiam ter impedido o
desastre. Ao invés disso, a Samarco se concentrou em reduzir custos e
aumentar a produção. O promotor José Adércio Sampaio disse ao Guardian que
"eles priorizaram os lucros e deixaram a segurança em segundo
lugar".
A avaliação de risco está entre os
milhares de documentos coletados pelos procuradores. O documento advertia que
a perda máxima possível, na hipótese de uma ruptura por liquefação dos
resíduos, implicaria até 20 mortes, sérios impactos sobre solos, recursos
hídricos e a biodiversidade ao longo de 20 anos e custos da ordem de US$ 3,4
bilhões.
A matéria do Guardian se estende
por muitos dos detalhes do caso e reporta que este foi retomado em novembro,
quando um juiz decidiu que os e-mails e chats corporativos não
poderiam ser incluídos no caso e decidiu separar os casos envolvendo réus
estrangeiros.
A Samarco - e seus proprietários -
está ansiosa para retornar à produção. Em dezembro, a empresa recebeu
licenças preliminares do governo de Minas Gerais para um novo sistema de
armazenamento de rejeitos de mineração, como já comentamos por aqui.
E o Guardian termina dizendo que o
governo business-friendly de Temer quer fazer deslanchar a mineração
no país, mesmo em áreas sensíveis como a da Amazônia, e tornar o
licenciamento ambiental mais flexível.
https://www.theguardian.com/https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/161e5d96171f8f2f
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