sexta-feira, 2 de março de 2018

SAMARCO: QUEM SABE E NÃO AGE É CRIMINOSO

É MANIA DAS GRANDES CORPORAÇÕES APRESENTAREM-SE COMO INOCENTES, ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA. MAS QUEM TINHA CONHECIMENTO DE QUE PODERIA HAVER O DESASTRE, QUE ELE PROVOCARIA MORTE DE PESSOAS E DA BIODIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOCE, E NÃO TOMOU PROVIDÊNCIAS, É CRIMINOSO, SIM, E DEVE RESPONDER PELO CRIME. 

E AGORA, FRENTE A ESSES DOCUMENTOS, ONDE ESTÁ O JUDICIÁRIO? DEVE ESTAR OCUPADO PELOS CRIMES DE "ROUBO" DE UMA BANANA OU MAÇÃ PARA DAR AO FILHO QUE CHORA DE FOME, ENCHENDO AINDA MAIS AS PRISÕES COM GENTE POBRE QUE NEM PROCESSO ENFRENTA... 

SEM ENFRENTAR CRIMES DESSA ENVERGADURA E EXIGIR QUE HAJA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA, DE NADA ADIANTARÁ A APARÊNCIA DE DAR PRIORIDADE À SEGURANÇA PÚBLICA. 

SAMARCO SABIA DO IMPACTO POTENCIAL MESES ANTES DO DESASTRE DE MARIANA
O The Guardian mostra que, seis meses antes da catástrofe de Mariana, a Samarco já previa com precisão qual seria o impacto potencial de um tal desastre. A previsão havia sido feita em uma avaliação de risco. Mas os promotores federais afirmam que a joint venture entre Vale e BHP Billiton não tomou as medidas que poderiam ter impedido o desastre. Ao invés disso, a Samarco se concentrou em reduzir custos e aumentar a produção. O promotor José Adércio Sampaio disse ao Guardian que "eles priorizaram os lucros e deixaram a segurança em segundo lugar".
A avaliação de risco está entre os milhares de documentos coletados pelos procuradores. O documento advertia que a perda máxima possível, na hipótese de uma ruptura por liquefação dos resíduos, implicaria até 20 mortes, sérios impactos sobre solos, recursos hídricos e a biodiversidade ao longo de 20 anos e custos da ordem de US$ 3,4 bilhões.
A matéria do Guardian se estende por muitos dos detalhes do caso e reporta que este foi retomado em novembro, quando um juiz decidiu que os e-mails e chats corporativos não poderiam ser incluídos no caso e decidiu separar os casos envolvendo réus estrangeiros.
A Samarco - e seus proprietários - está ansiosa para retornar à produção. Em dezembro, a empresa recebeu licenças preliminares do governo de Minas Gerais para um novo sistema de armazenamento de rejeitos de mineração, como já comentamos por aqui.
E o Guardian termina dizendo que o governo business-friendly de Temer quer fazer deslanchar a mineração no país, mesmo em áreas sensíveis como a da Amazônia, e tornar o licenciamento ambiental mais flexível.
https://www.theguardian.com/world/2018/feb/28/brazil-dam-collapse-samarco-fundao-mining?CMP=share_btn_tw

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/161e5d96171f8f2f

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