quinta-feira, 6 de junho de 2013

ORGANIZAÇÕES CRIAM O COMITÊ EM DEFESA DOS TERRITÓRIOS FRENTE À MINERAÇÃO

Amigas e amigos, 
vejam a notícia abaixo, apoiem de todas as formas possíveis este Comitê, para que nos livremos dos efeitos perversos da mineração sobre os territórios de vida das pessoas, comunidades, povos.



Dom Guilherme, bispo da CNBB

 
Rogério Daflon e Mariana Claudino
do Canal Ibase

Quarenta e oito entidades estiveram presentes, no dia 29 de maio, no lançamento do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração. No encontro, Dom Guilherme Werlang, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fez um belo discurso sobre o que deve ser preservado e respeitado na atividade mineradora.

- A CNBB está aqui não para defender uma ideologia ou uma plataforma política, mas, sim, a vida e a natureza, que são princípios da fé cristã.

No auditório do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, representantes de instituições como Ibase, MST, Movimentos de Atingidos pela Mineração e Justiça nos Trilhos, puderam expor as mazelas causadas por um segmento da economia que vem violando direitos humanos e causando danos ao meio-ambiente. O deputado federal Chico Alencar (PSOL) esteve presente ao evento e se comprometeu a levar os temas levantados pelo Comitê ao Congresso Nacional. (Veja aqui o vídeo do lançamento do Comitê)

O principal objetivo da iniciativa é enfrentar o atual modelo da mineração no Brasil. Uma das pautas de emergência é o enfrentamento ao Novo Código da Mineração, construído até o momento às portas fechadas pelo governo brasileiro. Por esse motivo, as entidades se uniram desde o ano passado com o objetivo de trocar e acumular conhecimento sobre o cenário da mineração no Brasil – atividade que compreende uma expansão acelerada e movimenta mais de 1,5 bilhões de toneladas de minérios por ano, acarretando fortes impactos sociais e ambientais.

Depois de várias reuniões, seminários e debates, as organizações chegaram a alguns consensos mínimos que estabelecem quais são, em princípio, os pontos que a sociedade civil considera mais importantes para esse debate. Esses consensos são apresentados na carta-manifesto lançada ao final do encontro. (leia aqui na íntegra)

Ficou decidido também que o Comitê se reunirá nos próximos dias 27 e 28 de junho para debater mais profundamente seus objetivos e construir uma agenda comum com iniciativas concretas frente à mineração. Uma das perspectivas é a consolidação do Comitê nos estados para acompanhar os problemas da mineração em nível local.

Uma das preocupações centrais é a abertura do debate do novo Código para a população. É fundamental que o setor mineral, que se apropria de bens naturais não renováveis e finitos, seja regulado para que a atividade seja desenvolvida em benefício da sociedade e respeitando direitos das populações atingidas, do meio ambiente e dos trabalhadores, caso contrário, o novo Código só atenderá aos interesses de grande empresários e não da sociedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário