"Como conseguiram entrar aqui com todas essas coisas?" Foi assim que um jornalista, admirado, perguntava ao grupo da Misereor que chegava ao Moom Place, local da Conferência do Clima oficial. De fato, para entrar sem repressão com as garrafas que, segundo a iniciativa, haviam chegado pelo mar, vindas da Alemanha com mensagens de cidadãos deste país ao seu ministro do Meio Ambiente, exigindo tomada de decisões efeitvas para impedir que a temperatura ultrapasse os 2 graus C, foram necessárias muitas negociações: com a própria ONU, argumentando que se tratava de pressão democrática legítima e não violenta; com a segurança, provando que se tinha permissão oficial; e tudo isso, mediado pela ação da delegação alemã, que aceitava receber as mensagens de seus cidadãos.
Foi um gesto simples, mas que chamou atenção da imprensa e dos muitos passantes pelas escadarias de um dos prédios do imenso e solene hotel Moon Palace. O fato de que o Ministro, com seus auxiliares, tenha recebido a rede cheia de garrafas com as mensagens, e de que, simbolicamente, a tenha carragado em seus ombros, tanto pode ser interpretado como um jogo político como uma acolhida real do desejo de participação cidadão, possibilitada por uma instituição de solidariedade internacional alemão, como é a Misereor.
De toda forma, a iniciativa deixa no ar a pergunta: quando será que os governantes ouvirão a voz de seus povos para participarem de decisões que dizem respieito à vida de toda a humanidade, e à própria vida da Terra? Evo Morales, em sua entrevista à imprensa, entre outras tantas reflexões críticas importantes, repetiu: torna-se cada vez mais nocessário organizar um Plebiscito mundial, para ouvir a cidadania de todo o nosso mundo, e para que os governos tomem decisões a partir do que ela deseja e decide que deve ser feito.
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