É bom ter presente nesta Semana do Meio Ambiente que a maior
ameaça continua sendo o contínuo aquecimento da temperatura do planeta Terra. Já
aqueceu, segundo os estudos científicos, quase um grau Celsius. E isso de 1750 para
cá, pois antes a temperatura se manteve estável, com pequenas variações, em
torno dos 14 graus e meio.
A partir de 1750, o crescimento contínuo da
industrialização, e sua influência em todos os ramos de produção, até mesmo na
agricultura, foi exigindo queimar quantidades cada vez maiores de carvão,
petróleo e gás para produzir a energia que ela precisava. E a queima desses
produtos fósseis foi jogando na atmosfera quantidade cada vez mais alta de
dióxido de carbono, que é o principal gás que guarda e mantém o calor nessa
redoma que chamamos atmosfera.
Por isso, os grupos econômicos que mantém negócios ligados a
essas fontes fósseis são os maiores responsáveis pelo aquecimento do planeta e
pelas mudanças climáticas provocadas por ele. Já se sabe que isso não pode
continuar, pois todas as regiões serão atingidas e ninguém sabe quais seres
vivos conseguirão viver com 2, 3 ou 4 graus Celsius a mais de calor.
Já se sabe o que deve ser feito e já existem tecnologias
para contaminar menos na geração de energia, na agricultura e nos transportes,
mas as mudanças estão sendo barradas pelos grandes grupos econômicos mundiais.
Eles são tão cegos, que preferem fazer negócios com os desastres ecológicos que
provocaram, piorando a situação.
Por outro lado, quem consome produtos dessas empresas
contaminadoras ajuda a manter seus negócios. Por isso, todos precisam rever,
com liberdade e responsabilidade, o que precisam de fato para serem felizes. E todos
precisamos usar nossa cidadania para exigir as mudanças absolutamente
necessárias. Haverá mais uma Conferência da ONU sobre o Cima no final do ano em
Paris, e precisamos exigir dos governos do mundo que tomem as decisões
necessárias para salvar a vida na Terra.
Ivo
Poletto
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