domingo, 1 de setembro de 2013

POR UM CÓDIGO DA MINERAÇÃO REALMENTE DEMOCRÁTICO

PARA QUE ACOMPANHEM O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O PROCESSO DE VOTAÇÃO DO NOVO CÓDIGO DA MINERAÇÃO, VEJAM A NOTA PÚBLICA DA REDE BRASILEIRA DE JUSTIÇA AMBIENTAL, QUE REALIZOU SEMINÁRIO NACIONAL EM SERRA, ES, NOS DIAS 27 A 31 DE AGOSTO. TOMEM POSIÇÃO TAMBÉM. PRESSIONEM O DEPUTADO E SENADOR QUE ELEGERAM, BEM COMO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA, EXIGINDO TEMPO PARA UM VERDADEIRO DEBATE NACIONAL ANTES DE APROVAR UM CÓDIGO SOBRE UM TEMA QUE INTERESSA A TODAS AS PESSOAS DA GERAÇÃO ATUAL E ESPECIALMENTE DAS GERAÇÕES FUTURAS.




POR UM CÓDIGO DA MINERAÇÃO REALMENTE DEMOCRÁTICO

Estão em andamento audiências em diversos estados sobre o conteúdo e sobre o processo de votação do novo Código da Mineração. Em todas elas os membros do Comitê em Defesa dos Territórios e Comunidades Ameaçadas pela Mineração, que reúne perto de cinquenta entidades nacionais da sociedade civil, só conseguiram falar depois de ações de pressão. Quem realmente está tendo direito livre de palavra são os empresários e representantes de órgãos governamentais que defendem a proposta do novo Código, demonstrando que são eventos que não aceitam a participação das comunidades afetadas e das entidades que questionam o que está sendo proposto pelo Código e o regime de urgência pedido pelo Governo Federal ao Congresso Nacional.

Diante disso, os participantes do V Encontro Nacional da Rede Brasileira de Justiça Ambiental tornam público seu apoio à reivindicação dos povos e comunidades afetadas pela mineração, apresentada pelo Comitê ao Governo e ao Congresso, de que a proposta do Código seja amplamente debatida com toda a sociedade, evitando o regime de urgência e a pressa de membros do Congresso Nacional que defendem os interesses das empresas mineradoras.

Na verdade, o texto do Código em votação foi elaborado pelo governo e por representantes do setor minerário, e é uma proposta que ameaça os direitos constitucionais dos povos indígenas e de todas as comunidades tradicionais, dando absoluta prioridade à exploração dos minérios pelas grandes empresas nacionais e estrangeiras. É inaceitável que uma política que é de interesse de toda a população atual e das futuras gerações seja tratada apenas como oportunidade de negócios.

Somamos nossa voz à de todos que exigem do Governo Federal que retire o pedido de urgência, que exigem do Congresso um processo de debate e decisão realmente democrático, que conte com a participação real de toda a cidadania e especialmente dos povos e comunidades afetadas pela mineração atual e futura, e que exigem que o Governo Federal respeite os processos de consulta e de reconhecimento de decisão definidos pela Convenção 169 da OIT em relação aos povos indígenas e comunidades tradicionais, da qual o Brasil é signatário. Não é justo que a geração atual esbanje bens naturais sem respeitar os direitos das futuras gerações. Não é democrático aprovar um Código da Mineração por meio de um processo apressado e de faz de conta em relação à participação da sociedade civil.

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