terça-feira, 6 de setembro de 2016

PROIBIÇÃO MUNICIPAL DE BARRAGEM DE REJEITOS DE MINERAÇÃO

ESTA NOTÍCIA É DE FATO SENSACIONAL. É UMA VITÓRIA DA MOBILIZAÇÃO SOCIAL E REVELA QUE OS MUNICÍPIOS TÊM COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE MAIS COISAS DO QUE SE IMAGINA. DA MESMA FORMA QUE O PODER PÚBLICO DE RAPOSOS, MG, TOMOU ESTA DECISÃO DE PROIBIR ESSA OBRA AMEAÇADORA, NO PARANÁ E EM OUTROS ESTADOS, O MOVIMENTO "NÃO AO FRACKING NO BRASIL" ESTÁ CONSEGUINDO QUE MAIS DE 70 MUNICÍPIOS PROÍBAM A ENTRADA DESSA INDÚSTRIA CRIMINOSA PARA AS PESSOAS E PARA O MEIO AMBIENTE.

PRECISAMOS ESTUDAR MELHOR O QUE PODE E DEVE SER DECIDIDO NOS MUNICÍPIOS, TAMBÉM EM RELAÇÃO À ENERGIA SOLAR, EÓLICA E DE BIOMASSA, TANTO PARA IMPEDIR AS INDÚSTRIAS QUE CAUSAM DANOS SOCIOAMBIENTAIS, COMO PARA ASSUMIR A PROMOÇÃO DESTAS FONTES DE ENERGIA NA FORMA DESCENTRALIZADA, NOS TELHADOS E NOS ESPAÇOS COMUNITÁRIOS. 

SENHORES VEREADORES E PREFEITOS, NÃO RENUNCIEM NEM DELEGUEM O QUE CABE A VOCÊS DECIDIR EM FAVOR DA SAÚDE E DA VIDA DAS PESSOAS E DO MEIO AMBIENTE DO SEU MUNICÍPIO!

MOVIMENTOS SOCIAIS CIDADÃOS, ENCAMINHEM AOS RESPONSÁVEIS POLÍTICOS DE SEU MUNICÍPIO AS PROPOSTAS DE AÇÃO E DE PROIBIÇÃO QUE PODEM SER DECIDIDAS NESTA ESFERA DO ESTADO BRASILEIRO!



05/09/2016
SENSACIONAL

RAPOSOS veda barragens de rejeitos através de emenda à Lei Orgânica

No dia 30 de agosto, foi aprovada na Câmara Municipal de Raposos a emenda nº 09/2016 que acrescentou ao artigo 176 da Lei Orgânica do Município de Raposos o inciso IV que veda a instalação e operação de barragens, valas ou qualquer outra estrutura destinada à disposição final ou temporária de rejeitos de mineração ou acumulação de resíduos industriais de qualquer tamanho, espécie ou natureza.

Esta inédita decisão é resultado da articulação entre integrantes do Movimento Contra a Barragem, Casa de Gentil e Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela que iniciaram juntos, na mesma época do lançamento em Raposos da campanha Mar de Lama Nunca Mais (projeto de lei estadual de inciativa popular capitaneada pela Associação do Ministério Público de Minas Gerais junto com a sociedade mineira) a coleta de assinaturas na proposta de emenda para ser apresentada pelos raposenses, com o apoio do Padre Eribaldo. Quando o Vereador Evandro tomou conhecimento da iniciativa arregaçou as mangas e a levou a cinco de seus colegas que, de imediato, “vestiram a camisa” e assinaram junto com ele a proposta de emenda, que contou com mais dois vereadores favoráveis quando da votação. Assim, a comunidade de Raposos escreveu uma página histórica num município sempre ameaçado pela perspectiva de barragens de rejeitos.

Afinal, em 2009 a Vale pretendia licenciar a Mina Apolo na Serra do Gandarela com uma barragem de rejeitos no Ribeirão da Prata cuja lama, em caso de rompimento, chegaria ao centro de Raposos em 9 minutos, o que gerou na ocasião uma grande mobilização contrária. E existe ainda a pretensão de barragens de rejeitos da AngloGold Ashanti, acima do bairro do Galo Velho, e da Taquaril Mineração, encima do Córrego do Brumado.

A proposta da emenda foi apresentada pelos vereadores Evandro Augusto Zeverino (PHS), Agnaldo Lúcio dos Santos (PHS), Nelisson Augusto (PRB), Alvair Ferreira (PSB), Luiz Amaro de Lima (PDT) e Margareth Torres (PSB).

Na votação final, ocorrida no dia 30, a emenda contou ainda com o voto favorável dos vereadores Wberth Celso da Silva (PP) e Leonardo Silveira Soares (PDT). Somente o vereador Buiú (PV) não votou, porque saiu da Câmara antes da votação. No documento da promulgação (ANEXO), de responsabilidade da Mesa Diretora, só está faltando a assinatura desse vereador.

Após o rompimento da barragem do Fundão em Mariana, da Samarco (Vale/BHP) no dia 5/11/2015, que matou 19 pessoas, soterrou o distrito de Bento Rodrigues, causou graves danos a Paracatu de Minas e outras localidades, atingiu milhares de pessoas, impactou gravemente o Rio Doce e toda a biodiversidade por onde passou e ainda levou impactos irreversíveis até à costa brasileira, Raposos se torna protagonista em relação à proteção de seu território e população frente aos graves impactos e riscos de barragens de rejeitos de mineração e resíduos industriais.

No chamado Quadrilátero Ferrífero/Aquífero já existem pelo menos 423 barragens de rejeitos de mineração, conforme dados da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) de 2013 (ANEXO), que permitiram a elaboração de mapa (ANEXOpelo Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MOvSAM) em parceria com o Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela. 

O acesso aos dados da FEAM pode ser feito pelo link:

Contatos com a imprensa:

Vereador Evandro Social: 98643-0812
Padre Eribaldo: 98484-6097
Felipe (Casa de Gentil): 99784-1687
Bené (Movimento Contra a Barragem): 98852-5218
Flávia (Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela): 98569-0130

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