quinta-feira, 5 de junho de 2014

GREVE DE FOME E SEDE PELA VIDA NO E DO CERRADO

ADMIRÁVEIS ESTAS MULHERES E ESTES HOMENS QUE DESCERAM DOS ALTOS DE MINAS GERAIS PARA BRASÍLIA, E EM BRASÍLIA, PARA A PRAÇA DOS TRÊS PODERES, PARA FAZER GREVE DE FOME E SEDE EM DEFESA DO CERRADO E DE SEUS TERRITÓRIOS DE VIDA.

PRESIDENTE DILMA, OS POVOS TRADICIONAIS EXIGEM TÃO POUCO DO IMENSO TERRITÓRIO DE MINAS GERAIS E DO BRASIL PARA GARANTIR SEUS DIREITOS DE POVOS, QUE JÁ SÃO DIREITOS CONSTITUCIONAIS. ENTÃO, POR QUE NÃO "CRIAR A RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NASCENTES DOS GERAIS"? AS EMPRESAS E GRANDES PROPRIETÁRIOS NÃO PRECISAM DE MAIS TERRA PARA AUMENTAR SEUS PRIVILÉGIOS. E LEMBRE: OS POVOS E PESSOAS ESTÃO PERDENDO A PACIÊNCIA COM O DESGOVERNO EXISTENTE EM RELAÇÃO AOS SEUS DIREITOS! JÁ ESTÃO COM DÚVIDA SE VALE A PENA VOTAR EM VOCÊ PORQUE NÃO CUMPRE A CONSTITUIÇÃO EM RELAÇÃO AOS DIREITOS DOS EMPOBRECIDOS, ENQUANTO DÁ DE TUDO PARA OS MUITO RICOS.

Povos tradicionais iniciam greve de fome e sede em Brasília por criação de reserva

Cerca de 110 integrantes de comunidades tradicionais das serras e planaltos de Minas Gerais chegaram a Brasília (DF), na manhã desta quarta-feira, 4, para iniciar greve de fome e sede na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios. O protesto reivindica a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Nascentes dos Gerais.
A informação é publicada pelo Conselho Indigenista Missionário - CIMI, 04-06-2014.
A mobilização começou com uma visita dos manifestantes à Catedral de Brasília. Na sequência o grupo saiu em passeata ao Ministério do Meio Ambiente e de lá foram para a Praça dos Três Poderes, onde será erguido um acampamento. O povo indígena Xakriabá, em luta pela demarcação de terras tradicionais, apóia a luta e enviou representantes.
Conforme as lideranças, o movimento exige que o Estado os reconheça de fato como comunidades tradicionais e garanta os direitos a elas reservados. Alguns destes grupos vivem a 1.800 metros de altitude, onde cultivam e manejam de forma tradicional. Nos últimos 12 anos passaram a denunciar com mais intensidade as dificuldades de manutenção das próprias formas de vida aliadas à defesa do meio ambiente.
Os relatos de violências praticadas por fazendeiros e invasores das terras se somam à ausência de providências do governo federal para impedir a destruição do meio ambiente e das populações tradicionais, compostas por geraizeiros, apanhadores de flores sempre-vivas, vazanteiros, veredeiros, catingueiros, quilombolas e indígenas.
À PRESIDENTA DILMA; AO CONGRESSO NACIONAL; À SOCIEDADE BRASILEIRA! 
OS CERRADOS, AS SUAS ÁGUAS E OS SEUS POVOS NÃO PODEM MAIS ESPERAR: POR ISSO ESTAMOS AQUI!
Pela primeira vez, muitos de nós, viemos à Brasília. Saímos das altas serras e planaltos que atravessam Minas Gerais em direção à Bahia no dia que antecede ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
Somos Geraizeiros, Apanhadores de Flores Sempre-Vivas, Vazanteiros, Veredeiros, Catingueiros, Quilombolas, Indígenas. E não estamos sozinhas, pois, com as nossas reivindicações, estamos juntas com muitas outras comunidades tradicionais dos Cerrados Brasileiros.
Saímos de lá, desde as altas serras, cujas chapadas sustentam as nascentes, córregos e ribeirões, até as vazantes, cujos rios São Francisco, Pardo e Jequitinhonha delas dependem. Deixamos lá os nossos familiares, as nossas comunidades, para vir até Brasília, até o Palácio do Planalto e até o Congresso Nacional.
Viemos aqui porque não tinha mais como continuar com o sofrimento de ver todas as nossas águas acabarem: os nossos rios, córregos e nascentes estão secando porque os cerrados estão acabando. E se o cerrado acaba a nossa vida também.
Na verdade, fomos obrigadas a vir, pois há mais de 12 anos estamos lutando para proteger os nossos cerrados e, o que conseguimos segurar foi por que enfrentamos as máquinas com os nossos corpos, com os corpos de nossos filhos e filhas, com a força de Deus Nosso Senhor.
Estamos sendo torturadas pelas promessas que não são atendidas, pela esperança sempre adiada porque os interesses das grandes empresas, das grandes firmas, estão sempre em primeiro lugar.
Viemos porque nossos direitos estão sendo violados. Uma de nossas filhas, de apenas dezoito anos e, sua mãe, foram presas e algemadas no município de Novorizonte pelo único motivo de defenderem os cerrados.
Por isso viemos aqui: e só vamos retornar com a RDS Nascentes dos Gerais criada pela Presidenta Dilma.
Fomos obrigadas a tomar a decisão mais difícil: darmos a nossa vida para garantia dos Cerrados e de suas parcas águas que nos restam.
Por isso, entramos hoje em Greve de Sede e de Fome até sermos atendidas em nossas reivindicações:
1. Criação imediata da RDS Nascentes dos Gerais, localizada nos municípios de Montezuma, Rio Pardo de Minas e Vargem Grande do Rio Pardo;
2. Negociação da Pauta dos Povos e Comunidades Tradicionais dos Cerrados Brasileiros. 
Brasília, 04 de junho de 2014

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