quarta-feira, 21 de agosto de 2019

O RIO VOADOR DE FUMAÇA E O SÍNODO PARA A AMAZÔNIA

MAIS DO QUE NUNCA, A RESPONSABILIDADE DO SÍNODO PARA A AMAZÔNIA: PARA ANUNCIAR QUE O DEUS DE JESUS DE NAZARÉ QUER QUE TODAS AS PESSOAS TENHAM VIDA E VIDA EM ABUNDÂNCIA, SERÁ NECESSÁRIO MELHORAR A PRESENÇA JUNTO AOS POVOS DESTE BIOMA E, JUNTO COM ELES E TODOS E TODAS QUE DESEJAM QUE A TERRA CONTINUE VIVA E FONTE DE VIDA PARA TODOS OS SERES VIVOS, MOBILIZAR UMA CAMPANHA, QUE PODERIA TER ESSE CONVITE:
SALVEMOS A AMAZÔNIA PARA SALVAR NOSSA VIDA 

COM O PAPA FRANCISCO COMO PADRINHO E SÃO FRANCISCO COMO PATRONO, ESTA CAMPANHA PODERÁ SER GERADORA DE CONSCIÊNCIA E DE PRESSÕES QUE EXIGIRÃO MUDANÇAS ESTRUTURAIS NO SISTEMA DOMINANTE NO PLANETA, UM SISTEMA GERADOR DE MORTE.

O Rio Voador de Fumaça e o Sínodo para a Amazônia
Roberto Malvezzi (Gogó)
Um rio voador de fumaça cobriu o imenso território brasileiro. Ele percorreu exatamente o caminho dos rios voadores, feitos de vapor de água, que irrigam a maior parte do território brasileiro, chegando até a Argentina, Uruguai e Paraguai. É da Amazônia que vem as chuvas que abastecem grande parte de nosso território, que depois se armazenam nos aquíferos do Cerrado, mas que hoje estão sendo extintos pela devastação da Amazônia e do Cerrado.
Um fato grave e exemplar como esse deveria suscitar a reflexão e a inflexão que nos apavorassem nesse momento. Afinal, os estudos científicos - tão desprezados pelo atual governo -, nos alertam continuamente que sem a Amazônia, a região brasileira que vai de São Paulo até os demais países do Cone Sul, se transformará em deserto.
Pior, o rio voador de fumaça foi uma celebração planejada, isto é, os predadores do agronegócio decidiram celebrar a liberação do desmatamento com um dia de queimadas. E assim o fizeram. Somando com a fumaça que veio de outros países, transformou um dia de São Paulo em noite escura.
Esse é o Brasil do futuro e do presente. Sem Amazônia, grande parte do sul e sudeste brasileiros se transformará em deserto. Não adianta tentar camuflar essa realidade, ou amenizar, como fez a reportagem da Folha de São Paulo e o Jornal Nacional, dizendo que esse fenômeno acontece todos os anos. Sim, acontece desde que as queimadas passaram a acontecer nessa época, mas não é normal, não é natural, é um processo de devastação pelo fogo.  Fato é que o desmatamento e as queimadas da Amazônia aumentaram exponencialmente no último governo, sem eximir de responsabilidade os que vieram antes dele.
O Sínodo para a Amazônia, que acontecerá de 06 até 27 de Outubro, em Roma, vai discutir com as igrejas dos nove países da região uma ecologia integral, capaz de preservar o bioma para o bem de seus povos, mas também para aqueles que se beneficiam de suas dádivas, mesmo morando fora da Amazônia, caso dos paulistas, catarinenses, paranaenses, gaúchos, argentinos, uruguaios, paraguaios, etc.
Preservar a Amazônia seria a lógica do bom senso, até para o instinto de sobrevivência do povo brasileiro. Mas, não é o caso. Estamos vivendo um momento em que a pior fumaça é a que queima os cérebros.

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