Na sua campanha, Trump prometeu milhares de empregos na indústria fóssil, especialmente na do carvão. Mas, segundo o relatório de 2016 do National Solar Jobs Census, o crescimento de empregos na geração solar fotovoltaica foi muito maior do que nas outras fontes de eletricidade. No ano passado, o setor criou um em cada cinquenta novo emprego (diretos e indiretos). O crescimento do emprego na indústria solar ultrapassou o da média global dos EUA em 17 vezes. Desde 2100 o setor quase triplicou o número de empregos criados.
A cumprir sua promessa de campanha e reduzir o preço relativo do carvão, Trump diminuiria o número total de empregos. Seu pessoal vai precisar de muita contabilidade criativa e fatos alternativos para se explicar.
O setor foi discutido num debate organizado pelo jornal inglês The Guardian. Os participantes concordaram que é a própria lógica de mercado que está impulsionando os renováveis em geral e que já atingiram a paridade de preços com os fósseis. Com um impulso extra dos compromissos com energia limpa de corporações como a Google e Apple, não há medida governamental que ressuscite o carvão. Lembraram que o governo Trump pode durar até oito anos, mas que os investimentos em geração têm que durar muito mais. Aí, o setor dos fósseis começa a ficar parecido com a indústria do fumo – obsoleto; um setor ao qual ninguém quer ver sua imagem associada.
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