O QUE, SIM, ESSA FORÇA MILITAR DE OCUPAÇÃO CUMPRIU FOI A DEFESA DOS INTERESSES DAS GRANDES EMPRESAS EM RELAÇÃO AO HAITI, AUMENTANDO A POBREZA, A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO E A INSEGURANÇA DA CIDADANIA. RESTA SABER O QUE ACONTECERÁ QUANDO, FINALMENTE COM SEU TERRITÓRIO LIVRE DA OCUPAÇÃO MILITAR, O POVO HAITIANO DECIDIR REORGANIZAR-SE PARA LUTAR EM FAVOR DE UM PROJETO DE PAÍS FAVORÁVEL À VIDA DO HAITIANOS: HAVERÁ RESPEITO E APOIO A ESSES PASSOS DEMOCRÁTICOS, OU HAVERÁ NOVA OCUPAÇÃO?
CABE-NOS, DESDE AGORA, A DECISÃO DE CONTINUAR NOSSA SOLIDARIEDADE POLÍTICA AO POVO HAITIANO, SEMPRE ALERTAS CONTRA NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃO E DOMINAÇÃO, SEMPRE FAVORÁVEIS ÀS SUAS OPÇÕES SOBERANAS.
Governo promete retirada das tropas brasileiras do Haiti até o final de 2016
A Minustah tem seus métodos constantemente questionados e criticados por estudiosos e organizações sociais e de direitos humanos.
Da Página do MST*
O ministro da defesa, Jaques Wagner, anunciou nesta quinta-feira (21) que a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, chefiada militarmente pelo Brasil, deve ser encerrada até o final de 2016.
“A missão no Haiti acaba ano que vem, não por decisão nossa, porque, na medida em que nos incorporamos a um programa desse, ficamos um pouco submetidos à decisão das Nações Unidas. Neste ano, já houve uma redução. No ano que vem, a previsão é de retirada total das forças não só do Brasil, mas das Nações Unidas”, disse.
O anúncio foi feito durante a participação do ministro em uma audiência da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado. Segundo Wagner, o Brasil já gastou com a missão no Haiti R$ 2, 3 bilhões, mas cerca de R$ 1 bilhão foi reembolsado pela ONU.
Conhecida como Minustah, a missão de paz das Nações Unidas no Haiti começou em 2004, e foi intensifica após o terremoto que devastou o país em 2010.
Dezenas de movimentos populares, organizações e entidades da sociedade civil, sindicatos, parlamentares e personalidades políticas fazem duras críticas em relação a presença das tropas brasileiras em solos haitianos.
A Minustah, embora apoiada e reconhecida pela ONU, tem seus métodos constantemente questionados e criticados por estudiosos e organizações sociais e de direitos humanos.
Segundo as críticas, uma década após a inserção da presença militar em solo haitiano, a eficácia de ações de força, especialmente após o terremoto de 2010, já que as necessidades do país eram, e ainda são, essencialmente sociais.
A falta de mudanças econômicas no território é outro fator que demonstra ineficiência do projeto. O Haiti segue como o país mais pobre do mundo, com 70% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza.
Além das repressões cotidianas, denúncias de estupros por parte dos soldados também são frequentes. A população, contrária a presença militar, segue fazendo protestos e denunciando os abusos.
* Com informações do Estadão.
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