FIQUEM FIRMES, COMPANHEIROS/AS, POIS É DA UNIÃO E DA LUTA CIDADÃ QUE VIRÁ A CONQUISTA DA ENERGIA SOLAR NA POLÍTICA ENERGÉTICA BRASILEIRA, E ESPECIALMENTE NO SEMIÁRIDO DA CAATINGA! AFINAL, ALGUM DIA TERÁ FIM A DEPENDÊNCIA COLONIAL QUE CAUSA TANTO PRAZER E VANTAGENS À MEIA DÚZIA DAS ELITES OLIGÁRQUICAS DESSE PAÍS.
Estive em Pombal, no sertão da Paraíba, participando do I
Fórum do Semiárido de Energia Solar – Desafios e Perspectivas, e da I
Conferência Regional de Sustentabilidade Ambiental, realizados no dia 9 e 10 de
abril no campus da Universidade Federal de Campina Grande. Com mais de 300
participantes, entre estudantes, professores, administradores públicos e
pessoas de entidades da sociedade civil.
A Caatinga é o bioma com mais intensa insolação do Brasil. O
que motivou a organização desse evento tem sido essa questão: por que não se
produz energia solar até hoje no semiárido, e de modo especial nesta região,
que é a segunda área com maior insolação do planeta?
Estimuladas pela notícia da existência da campanha Energia
para a Vida em âmbito nacional, algumas pessoas, que já se reuniam num Fórum de
Energia Solar no município de Souza, decidiram abrir debates que se tornaram o
gérmen deste Fórum e Conferência.
O Fórum contou com a colaboração de palestrantes locais e de
outras regiões, aprofundando o conhecimento das características favoráveis do
Semiárido para a produção de energia. As perguntas e contribuições dos
participantes destacaram que é preciso deixar de ver o Semiárido como região de
problemas, como seria o próprio sol nos períodos de estiagem, passando a
valorizar as potencialidades da região e exigir políticas públicas que as
tornem realidades em favor da qualidade de vida do povo do sertão.
Como de costume, com exceção da prefeita de Pombal, presente
em todo o evento e empenhada na concretização das decisões tomadas, as
autoridades do estado e do governo federal convidadas não se apresentaram para
o diálogo da Conferência.
Os participantes aprovaram, a partir das palestras e de trabalhos
em grupos, a Carta de Pombal, com uma Agenda de Prioridades em torno de sete
Ações, centradas na criação de um processo político com o claro objetivo de
conquistar na região e em todo o Semiárido a produção de energia solar
descentralizada. E para conquistar, com pressão da cidadania, mudanças na
política energética nacional, para que, com redução dos custos dos componentes
e com estímulos, o sol se torne a fonte principal para produzir a energia
realmente necessária para a vida dos brasileiros – depois, evidentemente, de investir
na eficiência energética, com redução de todo tipo de perda e desperdício.
Parabéns Ivo pelo trabalho em prol de um futuro sustentável.
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