segunda-feira, 13 de abril de 2015

ENERGIA PARA A VIDA NO SERTÃO PARAIBANO

SEGUE UM RÁPIDO RELATO-REFLEXÃO SOBRE O FÓRUM E A CONFERÊNCIA EM QUE TIVE A ALEGRIA DE PARTICIPAR. ALEGRIA MESMO, SEJA PELA ACOLHIDA, COMO PELA TEMÁTICA E A CARTA DE POMBAL, E MAIS AINDA, PELA AMIZADE QUE SE CONSOLIDOU COM MUITOS E MUITAS E PELO COMEÇO COM MUITAS OUTRAS PESSOAS. 

FIQUEM FIRMES, COMPANHEIROS/AS, POIS É DA UNIÃO E DA LUTA CIDADÃ QUE VIRÁ A CONQUISTA DA ENERGIA SOLAR NA POLÍTICA ENERGÉTICA BRASILEIRA, E ESPECIALMENTE NO SEMIÁRIDO DA CAATINGA! AFINAL, ALGUM DIA TERÁ FIM A DEPENDÊNCIA COLONIAL QUE CAUSA TANTO PRAZER E VANTAGENS À MEIA DÚZIA DAS ELITES OLIGÁRQUICAS DESSE PAÍS.

Estive em Pombal, no sertão da Paraíba, participando do I Fórum do Semiárido de Energia Solar – Desafios e Perspectivas, e da I Conferência Regional de Sustentabilidade Ambiental, realizados no dia 9 e 10 de abril no campus da Universidade Federal de Campina Grande. Com mais de 300 participantes, entre estudantes, professores, administradores públicos e pessoas de entidades da sociedade civil.

A Caatinga é o bioma com mais intensa insolação do Brasil. O que motivou a organização desse evento tem sido essa questão: por que não se produz energia solar até hoje no semiárido, e de modo especial nesta região, que é a segunda área com maior insolação do planeta?
Estimuladas pela notícia da existência da campanha Energia para a Vida em âmbito nacional, algumas pessoas, que já se reuniam num Fórum de Energia Solar no município de Souza, decidiram abrir debates que se tornaram o gérmen deste Fórum e Conferência.

O Fórum contou com a colaboração de palestrantes locais e de outras regiões, aprofundando o conhecimento das características favoráveis do Semiárido para a produção de energia. As perguntas e contribuições dos participantes destacaram que é preciso deixar de ver o Semiárido como região de problemas, como seria o próprio sol nos períodos de estiagem, passando a valorizar as potencialidades da região e exigir políticas públicas que as tornem realidades em favor da qualidade de vida do povo do sertão.

Como de costume, com exceção da prefeita de Pombal, presente em todo o evento e empenhada na concretização das decisões tomadas, as autoridades do estado e do governo federal convidadas não se apresentaram para o diálogo da Conferência.


Os participantes aprovaram, a partir das palestras e de trabalhos em grupos, a Carta de Pombal, com uma Agenda de Prioridades em torno de sete Ações, centradas na criação de um processo político com o claro objetivo de conquistar na região e em todo o Semiárido a produção de energia solar descentralizada. E para conquistar, com pressão da cidadania, mudanças na política energética nacional, para que, com redução dos custos dos componentes e com estímulos, o sol se torne a fonte principal para produzir a energia realmente necessária para a vida dos brasileiros – depois, evidentemente, de investir na eficiência energética, com redução de todo tipo de perda e desperdício.

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