SEU OBJETIVO: IMPEDIR QUE SEJAM TOMADAS DECISÕES MUNDIAIS PARA ENFRENTAR O QUE CAUSA O AQUECIMENTO E MUDANÇAS DO CLIMA.
EM OUTRAS PALAVRAS: PODER DE CORRUPÇÃO INTERNACIONAL, AFETANDO A LIBERDADE E RESPONSABILIDADE DOS GOVERNANTES QUE SE REÚNEM EM CONFERÊNCIAS E MAIS CONFERÊNCIAS DA ONU! E DEMONSTRAÇÃO DE QUE ÉTICA E AMOR À VIDA NÃO SÃO VALORES PARA MUITOS "FORMADORES DE OPINIÃO" E PESQUISADORES; O DINHEIRO E A DEFESA DOS INTERESSES DOS GRUPOS POLUIDORES FALAM MAIS ALTO E SE TORNAM O VALOR ABSOLUTO, O ÍDOLO DE SUAS VIDAS.
O QUE PODEMOS E DEVEMOS FAZER PARA QUE O GOVERNO BRASILEIRO SE LIBERTE DE RELAÇÕES PRIVILEGIADAS JUSTAMENTE COM AS EMPRESAS DOS SETORES - ENERGIA, PETRÓLEO, CARVÃO, MINERAÇÃO, TRANSPORTE, INDÚSTRIA QUÍMICA E AGROPECUÁRIA - MAIS ENVOLVIDOS NESSAS CAMPANHAS DE DESINFORMAÇÃO E DE IRRESPONSABILIDADE CRIMINOSA EM RELAÇÃO À HUMANIDADE A A TODAS AS FORMAS DE VIDA? SE TIVER SUGESTÕES OU SE PUDER GERAR MOBILIZAÇÕES, NÃO DEIXE DE FAZER!
Carta Maior - 11/01/2014
O financiamento bilionário
dos céticos do clima
O sociólogo norte-americano Robert Brulle tem estudado a fundo o que
chama de "contramovimento sobre as alterações climáticas".
A investigação do sociólogo norte-americano Robert
Brulle, citada esta quinta-feira no Le Monde, foi publicada na última edição da
revista Climatic Change. Brulle tem estudado a fundo o que chama de
"contramovimento sobre as alterações climáticas" nas últimas décadas
e identificou 91 organizações com intervenção sistemática no espaço público no
sentido de promover o ceticismo sobre as alterações climáticas e impedir
mudanças políticas que as combatam.
Entre 2003 e 2010, este investigador calcula que
tenham sido injetados 900 milhões de dólares (cerca de 650 milhões de euros)
todos os anos por parte de 140 fundações filantrópicas conservadoras, incluindo
muitas pertencentes às grandes famílias da indústria do petróleo, minas e do
setor financeiro. Em primeiro plano, pelo menos até 2007, estavam as Fundações
Koch e ExxonMobil.
Mas a partir daí as contribuições públicas destas
organizações encontram-se dissimuladas no Donors Trust e Donors Capital, duas
entidades com a mesma morada que passaram a agrupar os donativos daquelas
fundações para os redistribuir depois sem a mesma transparência. Do ponto de
vista dos investigadores, estas duas entidades "são uma caixa negra"
envolta em secretismo, mas Brulle calcula que representava em 2003 cerca de 3%
do total de doações a este contramovimento, disparando em 2009 para cerca de
25% do total.
"Este é um movimento político muito bem
organizado que abarca diversas componentes, sem grande coordenação mas seguindo
a mesma linha. Vemos organizações que se concentram no desenvolvimento de
ideias, como os think tanks, grupos de media, publicidade, actividades
educativas nas universidades", explicou Robert Brulle em entrevista à
estação pública norteamericana PBS.
Brulle situa este contramovimento na órbita do
movimento conservador, ao qual se associou no fim dos anos 80 para se tornar
num dos seus grandes temas já neste século.
Para Brulle, assistimos à combinação das fundações
filantrópicas da indústria e dos conservadores. "O que eles fizeram foi
tomar emprestadas muitas das estratégias e táticas usadas pela indústria
tabaqueira para impedir a ação sobre os efeitos do tabagismo para a
saúde", acrescenta o sociólogo da Drexel University de Filadélfia.
"Eles usam as mesmas organizações e as mesmas táticas para semear dúvidas
sobre se as alterações climáticas serão um problema ambiental sério e verdadeiro",
tal como antes fizeram acerca da ligação entre o tabagismo e o cancro.
"Este movimento teve um verdadeiro impacto
político e ecológico no fracasso da ação mundial nesta área. Não creio que
tenha sido a única causa que nos impediu de agir, mas julgo que tem sido uma
causa importante do atraso das ações para combater as alterações
climáticas", prossegue Robert Brulle.
Este estudo de Robert Brulle é a primeira de três
partes de um trabalho mais ambicioso. O sociólogo quer estudar também o
financiamento das organizações ecologistas e a seguir fazer a comparação entre
os dois movimentos. Para já, Brulle diz que embora o movimento ecologista tenha
uma capacidade maior de recolha de fundos do que os céticos das alterações
climáticas, a diferença está na forma como gasta esse dinheiro.
Os ambientalistas "procuram gastar o dinheiro
no desenvolvimento de soluções para as alterações climáticas, como apoiar a
indústria de painéis solares na China, assegurar que toda a gente tenha um
forno solar na India para reduzir as emissões de CO2, e outras coisas do mesmo
género. Raramente gastam dinheiro em processos políticos ou culturais",
que é o grande alvo das despesas do contramovimento dos céticos do clima.
Ou seja, a grande diferença encontrada por Brulle é
que "enquanto um movimento realmente tenta desenvolver soluções
tecnológicas no terreno, o outro está empenhado na ação política para atrasar
qualquer tipo de ação…".
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