segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O GRITO QUE VEM DAS FILIPINAS



Muita gente se perguntou, na semana passada: será que os representantes dos governos do mundo, que estão reunidos em Varsóvia, capital da Polônia, ouvirão e darão uma resposta positiva ao grito que o representante das Filipinas apresentou em nome de todas as pessoas e povos atingidos pelos eventos climáticos extremos das mudanças climáticas? 

A pergunta faz sentido. Afinal, a conferência de Varsóvia é a décima nona reunião de governantes convocada pela ONU para decidir o que se a humanidade deve fazer em conjunto para evitar o aquecimento global que provoca as mudanças climáticas. Por isso, o desastre socioambiental ocorrido nas Filipinas deveria ser um motivo muito forte para que, finalmente, os governantes tomem juízo e decidam fazer o que deve ser feito. Mas, infelizmente, as notícias que chegam de Varsóvia não são animadoras: parece que vão empurrar o problema com a barriga mais uma vez, prometendo que só serão tomadas decisões daqui a dois anos, na conferência de Paris. É terrível dizer isso, mas a indiferença é o sentimento maior dos governantes em relação ao sofrimento e à morte de pessoas e ao desequilíbrio da Terra provocado por ações humanas.

Lembrem, amigas e amigos, que este tufão provocou ventos de 300 quilômetros por hora e ondas de seis metros de altura, e não se sabe ainda quantas pessoas morreram. Fala-se que podem ser mais do que 10 mil. E as que sobreviveram não sabem como será seu futuro. De fato, as imagens que chegaram mostram cidades inteiras destruídas, e com razão as pessoas devem perguntar-se: vale a pena reconstruir nossas casas aqui, tendo presente que outro furacão pode passar por essa região?

            A pergunta chega também a todos nós: o que podemos e devemos fazer para que o grito do povo das Filipinas seja ouvido? Creio que a primeira coisa a fazer é repensar a nossa vida, vivendo com simplicidade, sem consumismo, deixando de lado tudo que agride a vida da natureza. Podemos e devemos também assumir nossa cidadania brasileira e mundial e exigir dos governantes do Brasil e de todos os países que se libertem das pressões das empresas que não querem as mudanças que devem ser feitas, e ouçam e deem respostas positivas aos gritos dos milhões de pessoas que sofrem e morrem por causa das mudanças climáticas.

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