ClimaInfo, 13 de abril de 2018
Governos de 170 países aprovaram em Londres o primeiro acordo mundial para a redução das emissões de gases de efeito estufa da navegação internacional. A decisão anunciada pela Organização Marítima Internacional nesta 6a feira, conclama os países a desenvolver uma estratégia capaz de reduzir as emissões do setor em 50% até 2050.
Países-ilhas do Pacífico e do Caribe, os mais vulneráveis aos impactos das mudanças do clima, demandavam uma redução de 70% a 100% até 2050. O acordo saiu menos ambicioso do que isto, mas o resultado é um passo positivo no sentido da manutenção do aquecimento global abaixo dos 1,5oC, como almejado pelo Acordo de Paris.
O acordo exigirá uma revolução na navegação, cujos navios hoje são esmagadoramente abastecidos por óleo combustível pesado. No futuro, estes terão que ser não somente mais eficientes, como também movidos por fontes de energia limpa.
Os países que mais se opuseram a um acordo mais ambicioso foram Brasil, Panamá, Arábia Saudita e EUA. Em nota à imprensa, o Itamaraty justifica a posição brasileira dizendo que metas globais como a aprovada na IMO podem “levar a aumentos no custo do frete marítimo, com impactos negativos desproporcionais sobre países em desenvolvimento e geograficamente distantes dos seus mercados, impactos pouco estudados”.
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