segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

PROVADO: FRACKING PROVOCA TERREMOTOS


PROVADA A CONEXÃO ENTRE TERREMOTOS E INJEÇÃO DE FLUIDOS A ALTA PRESSÃO PARA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E FRACKING
 
O estado de Oklahoma não fica no chamado anel de fogo das cadeias de vulcões da América do Norte. E, diferentemente da Califórnia ou do Alaska, nunca entrou nas rodas de conversa sobre terremotos. Pelo menos até 2011. De lá para cá, a quantidade de terremotos aumentou 800 vezes (não 800%, que são só 7 vezes). O maior registrado até agora, em 2016, atingiu 5,8 na escala Richter. Apesar de pequenos, ter a terra tremendo o tempo todo acaba danificando propriedades, inclusive oleodutos e gasodutos. A exploração de poços de petróleo usa muita água e outros fluidos pressurizados, para fazer o petróleo jorrar. Essa água suja, por regulação legal, tem que ser injetada a profundidades acima de 1 km, bem abaixo dos lençóis freáticos, mas acima da camada de embasamento. Um trabalho que acaba de sair na Science mostra claramente que aumento da atividade sísmica está diretamente ligado à injeção dessa água suja. Os terremotos, claro, dependem bastante da estrutura geológica de cada local e não se pode afirmar que injetar água balança a terra em qualquer lugar. Mas o trabalho vai obrigar reguladores a levarem isso em conta, principalmente nas áreas visadas pelos operadores de fracking, que, no fundo, usam a mesma técnica.
Em tempo: Oklahoma é o estado onde o atual diretor negacionista da EPA (Agência de Proteção Ambiental), Scott Pruitt, fez seu nome e carreira defendendo a indústria fóssil. Se terremotos ganhassem nomes como os furacões, Pruitt seria um nome extremamente adequado para um próximo dos grandes.
http://science.sciencemag.org/content/early/2018/01/31/science.aap7911

(notícia do ClimInfo)

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