terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

MILHÕES DE PESSOAS VIVEM EM ÁREAS DE ELEVADO RISCO DE TRAGÉDIA

"MEU DEUS! MEU DEUS! SE EU CHORAR, NÃO LEVE A MAL. PELA LUZ DO CANDEEIRO, LIBERTE O CATIVEIRO SOCIAL", CANTOU E OROU A PARAÍSO DE TUIUTI. 

OS 2 MILHÕES QUE VIVEM EM RISCO DE TRAGÉDIA FAZEM PARTE DO CATIVEIRO SOCIAL QUE AFETA TANTOS BRASILEIROS E BRASILEIRAS. COMO CONSEGUIREMOS QUE HAJA "VONTADE POLÍTICA" PARA LIBERTAR ESTAS PESSOAS AMEAÇADAS POR EVENTOS CLIMÁTICOS CADA DIA MAIS EXTREMOS? ISTO É, POR AMEAÇAS AMBIENTAIS QUE NÃO FORAM NEM DE LONGE PROVOCADAS POR ELES E ELAS...  

MILHÕES DE PESSOAS VIVEM EM ÁREAS DE RISCO ELEVADO DE TRAGÉDIA

Estima-se que dois milhões de brasileiros vivam em situação de altíssimo risco, em casas construídas em encostas frágeis ou sobre e ao lado de córregos. Esses terrenos são os mais baratos em qualquer metrópole e essa gente é praticamente forçada a morar numa situação suicida, como o professor Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), classifica essas situações. Na terminologia oficial, são áreas de “Risco 4”, gravíssimo. 

As alternativas apresentadas são, em sua quase totalidade, longe das escolas e locais de trabalho. Nobre explica que “os prefeitos, a quem caberia cuidar mais diretamente do tema, não conseguem resolver. Faltam recursos, faltam moradias para onde as pessoas possam ser levadas, falta vontade política”.

Vem imediatamente à lembrança a tragédia da região serrana do Rio de 2011. As estatísticas oficiais somaram 918 mortes e 100 desaparecidos. O pessoal local - e o Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) de Petrópolis - fala em 10 mil. 
Como o país ainda vive sua maior crise econômica e muitas prefeituras estão falidas, a situação dessa gente tende a piorar em função da mudança do clima. Sob tempestades extremas, barrancos tenderão a despencar e córregos tenderão a transbordar. É a crônica de milhares de mortes anunciadas.
( notícia publicada por ClimaInfo, 20fev18)

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