É do ar, da água e do sol que nosso corpo retira boa parte
da energia que precisa para manter-se vivo, de modo especial na forma de
oxigênio. Ao respirar, buscamos todo o tempo oxigênio; sem água, em pouco tempo
entramos em crise, muito antes de outras formas de alimentação.
Todos os seres vivos precisam transformar ar, água, sol e
alimentos em energia. Somos seres geradores e gastadores de energia. Por isso, os
bens da natureza que podem ser transformados em energia devem ser utilizados,
em primeiro lugar, para responder às necessidades de energia dos seres vivos, a
começar dos humanos.
Levando isso a sério, deveríamos cuidar muito bem dos bens
da natureza que garantem a energia que precisamos. As atividades de produção da
energia elétrica, de alimentos e de outras coisas que precisamos deveriam ser
planejadas e realizadas com muito cuidado, evitando explorar e desequilibrar as
energias da natureza; o melhor seria que a natureza pudesse repor, recriar o
que tiramos dela para manter nossa vida com qualidade.
Mas essa não é a prática dominante em nossa sociedade e no
mundo. A maioria ainda acha que haveria bens infinitos no planeta Terra e que,
por isso, seria possível aumentar sempre mais a produção e o consumo dos bens
transformados em mercadorias, muitas delas voltadas mais para os lucros do que
para as necessidades humanas.
Esse sistema de vida centrado na geração de lucros pode ser
definido como um sistema de desperdícios. Tudo deve durar pouco, todos devem
estar na moda. Com isso, o resultado da conta desse sistema é o estresse e desequilíbrio
da natureza, o aquecimento, as mudanças climáticas.
Precisamos enfrentar dois grandes desafios: ajudar as
pessoas a viver com mais simplicidade, libertando-se da tentação do consumismo,
e cuidando com amor do ambiente da vida; com essa resistência popular e com
outras ações políticas, forçar a mudança do sistema econômico capitalista, que lucra
com o desperdício.
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