A Convenção sobre Zonas Úmidas (wetlands) de Importância
Internacional, mais conhecida como Convenção Ramsar, publicou seu primeiro
Panorama Global de Zonas Úmidas, mostrando que, entre 1970 e 2015, o planeta
perdeu um terço destas zonas numa taxa três vezes maior do que a de perda de
florestas tropicais. E essa perda vem se acelerando desde a virada do século.
As zonas úmidas compreendem lagos, rios e pântanos, assim como áreas
costeiras como estuários, lagoas, manguezais e corais. Estima-se que cubram
mais de 13 milhões de km2 e que, se fossem um país, seriam
equivalentes ao segundo maior em extensão, só menores que a Rússia. Desta
área, a Convenção declarou que cerca de 2,5 milhões de km2 são de
Importância Internacional. As principais causas de sua destruição são a
mudança do clima, o aumento populacional e a urbanização - principalmente em
zonas costeiras. Direta ou indiretamente, quase toda água potável do mundo
vem destas áreas. Mais de um bilhão de pessoas dependem delas para viver.
A secretária-geral da Convenção, a colombiana Martha Rojas
Urrego, disse que “está ocorrendo um lento despertar para o valor das zona
úmidas. Em todo o planeta, a esfera legislativa precisa inserir as zonas
úmidas em políticas, programas e fazer investimentos para sua
sustentabilidade. Precisamos educar o mundo sobre a importância crítica desse
ecossistema em vias de rápido desaparecimento. Sem as áreas úmidas no mundo,
todos nós estaremos por um fio”.
O Brasil e outros 170 países ratificaram a Convenção.
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