terça-feira, 17 de maio de 2011

ALEMANHA VEM GERAR ENERGIA SOLAR NO BRASIL?

Para nossa vergonha, uma vez mais são alemães os que vêm promover a produção de energia elétria solar, interessados, sem dúvida, na exportação de sua tecnologias, incluindo o Brasil no mercado mundial da energia limpa. (Vejam texto

Por que, meu Deus, não conseguimos ser inteligentes e levar nosso governo a fazer o mesmo que eles: promover nossas tecnologias, fabricar aqui os componentes, com preços menores, usando nossa matéria-prima, usando de forma inteligente nosso BNDS?

Não se diga que não temos tecnologias, por favor. A PUCRRS está só dependendo de recuros e garantia de mercado para industrializar tanto as células fotovoltaicas quanto os painéis para produção de energia solar, pois a teconolgia já está patenteada, já passou por testes pré-industriais, que comprovaram produtividade e qualidade. A UNICAM já registrou tecnologia para produção do inversor, necessário para transformar a energia solar, que começa como corrente contínua, em corrente alternada e trifásica, para uso generalizado. E deve haver outras tecnologias por aí, desconhecidas pelo governo por causa de sua submissão aos grupos que controlam a mercadoria hidroeletricidade...

Se a energia solar for promovida de forma descentralizada, em cada casa, em cada comunidade, jogando na rede nacional o que não for consumido pelas pequenas usinas caseiras, certamente o preço tenderá a cair e a Terra agradecerá. Mas, para isso, será preciso mudar a política energética nacional.

Abraços.
Ivo 


17/5/2011

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Alemães vão investir em energia solar no país
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Amanheceu nublado, ontem, no Rio de Janeiro. "Promover um encontro assim em um dia de chuva como hoje não parece uma boa ideia, mas na Alemanha funcionou", disseKarim ould Chih no workshop de energia solar promovido pela agência de cooperação alemã (GIZ) e pelo banco de desenvolvimento KfW. Parou de brincar na sequência. Adiantou que o governo alemão está disposto a emprestar no mínimo € 40 milhões, que podem chegar a € 90 milhões, para projetos de energia solar no Brasil.
A reportagem é de Daniela Chiaretti e publicada pelo jornal Valor, 17-05-2011.
O foco é a Copa do Mundo de futebol de 2014, com estádios e aeroportos solares, mas não só. Chih não dá detalhes da operação, mas compara com linhas similares que têm 12 anos de prazo para pagar (incluindo três de carência) e "juros interessantes". OBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuará junto ao KfW.
"Ainda não fechamos o programa para a Copa Solar 2014", ressaltou. "Mas pretendemos atingir todas as cidades da Copa e ir além disso." Chih é o gerente principal de projetos da divisão de infraestrutura econômica e setor financeiro para América Latina e Caribe do KfW, uma espécie de BNDES alemão. O banco está financiando ou planeja financiar estudos de viabilidade dos estádios solares doMineirão (em Belo Horizonte), Fortaleza, Manaus e Brasília, com recursos a fundo perdido. A Alemanha é reconhecida pela dianteira na tecnologia solar e o mercado brasileiro, praticamente inexplorado, é muito atraente. KfW e BNDES estão juntos, adiantou, para que uma indústria de energia solar se estabeleça no Brasil.
"O Brasil tem a oportunidade de colocar energia solar em todos os estádios da Copa", disse Ricardo Rühter, diretor-técnico do Instituto Ideal, criado em 2007, emFlorianópolis, com o objetivo de promover energias limpas no Brasil e na América Latina. O projeto "Minas Solar 2014", da Cemig, é uma das vitrines do setor para dar mais visibilidade à tecnologia.
Alexandre Heringer Lisboa, da Cemig, conta a experiência do estádio do Mineirão, que deve colocar painéis solares no teto. Depois, a intenção é vender a energia ao consórcio de empresas que irá gerir o estádio.
O mercado brasileiro de energia solar é incipiente, produzindo talvez 2 MW anuais em projetos-pilotos. Uma das estratégias para estimular o setor seria criar uma demanda estável para os projetos de energia fotovoltaica e assim atrair fornecedores internacionais. Outra, ter prazos compatíveis com a vida útil dos equipamentos para pagar linhas de crédito disponíveis, disse Antonio Carlos Tovar, chefe do departamento de energias alternativas do BNDES. Já existe uma diferença no spread de financiamento de energias sujas e de opções mais limpas. O spread básico para projetos de hidrelétricas é 0,9 ponto percentual com 16 a 20 anos de prazo de amortização, enquanto para térmicas de carvão e óleo é 1,8 ponto percentual e o prazo cai para 14 anos.
A iniciativa com os estádios solares extrapola os eleitos para sediar jogos da Copa. O estádio do Pituaçu, em Salvador, não sediará jogos da Copa, mas deve instalar 400 Kw em energia solar.

Um comentário:

  1. Prezado Ivo,
    a politica de energia solar brasileira é pífia. Há mais de 15 anos o governo procura lançar um programa solar brasileiro para aquecimento de água mas continua elaborando os planos as escondidas sem consultar o publico e sem informar a sociedade sobre os planos.
    O mesmo acontece com a energia fotovoltaica so que pior, porque agora, no momento em que precisamos romper com a insustentabilidade da cadeia fóssil e megalomaniaca do setor elétrico de uma forma acelerada o governo e o setor solar quer começar a inventar a roda de novo. Não é vergonha trabalhar em parceria com outros governos, como da Alemanha não, alias eles estã a anos luz adiante de nos neste tema. A questão aqui é formatar um programa de cooperação sério onde a tecnologia possa ser compartilhada. Nao vivemos num mundo isolado.. o Brasil tem suas competencias e deveria investir nelas e compartilhar com outros países de forma sabia o que ja fazem há decadas. Claro que podemos ter nossa fábrica, que alias poderia ser uma das mais produtivas de solar no mundo, mas para qual mercado brasileiro? Como incentivar a tecnologua se o plano decenal, alias muito ruim, destaca o crescente e na contramao do planeta crescimento do uso dos fósseis? Como incentivar a energia solar se o setor elétrico cria barreiras técnicas que não existem e são ilusorias? COmo superar a questão do ovo e da galinha: nao tem mao deobra ,nao tem fabrica, nao tem mercado??? Quem vem primeiro??? Obviamente p que vem primeiro é o governo brasileiro acenar de forma séria e que respeite a inteligencia ( pois muitas tecnologias ja estao ai disponiveis e dominadas prontas para serem aplicadas)um mercado de energia solar par ao país e sem medo e retrições com metass ridiculas. Precisamos de metas audaciosas pois ajudaremos o nosso pais, o nosso povo e ainda ajudaremos a outros povos de outros paises como a Alemanha. Outra coisa, para mudar para uma economia solar justas, precisamos pensar no globo e nã oficar defendendo as coisas brasileiras como se fosse uma diretiva de desenvolvuimento economico.

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