terça-feira, 2 de julho de 2019

SEM PRECEDENTES: O PAPA CELEBRARÁ MISSA EM SÃO PEDRO COM MIGRANTES E SOCORRISTAS


ESTA PRÁTICA DO PAPA É MAIS UM SINAL DADO AOS IRMÃOS E IRMÃS DA IGREJA CATÓLICA DE QUE OS MIGRANTES SÃO A PRESENÇA DO HOMEM CAÍDO À BEIRA DA ESTRADA, E OS SOCORRISTAS - E UM DELES É O PRÓPRIO PAPA - SÃO O SAMARITANO DOS DIAS ATUAIS. QUEM DESEJAR SABER "QUEM É O SEU PRÓXIMO?", NESTA MISSA ESTÁ ATUALIZADA A PARÁBOLA DE JESUS DE NAZARÉ.

MAS COMO NA PARÁBOLA, A MENSAGEM É UNIVERSAL, VISTO QUE JESUS NÃO DEU DETALHES DA VIDA RELIGIOSA DO SAMARITANO, E COM ISSO ANUNCIOU A TODAS AS PESSOAS, A COMEÇAR DO DOUTOR DA LEI QUE O PROVOCAVA "PARA SE JUSTIFICAR", QUE ESTÃO E ESTARÃO MUITO PERTO DE DEUS AS PESSOAS QUE PARAM, MINISTRAM OS PRIMEIROS SOCORROS POPULARES, LEVAM O CAÍDO EM SEU JUMENTO ATÉ A HOSPEDARIA, E AINDA SE COMPROMETEM A COBRIR OS GASTOS NECESSÁRIOS PARA QUE ELE SE RECUPERE. UM AVISO DESAFIADOR PARA AS PESSOAS QUE, COMO OS MEMBROS DO SISTEMA DO TEMPLO, PRIMAM PELA INDIFERENÇA EM NOME DAS SUAS TRADIÇÕES E LEIS: POR NÃO AMAREM O PRÓXIMO, MENTEM AO AFIRMAR QUE AMAM A DEUS.

IHU, 02 DE JULHO DE 2019

A celebração está marcada para a manhã de 8 de julho. Convidadas 250 pessoas.

A reportagem é de Maria Antonietta Calabrò, publicada por Huffington Post, 01-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

A iniciativa do Papa, comunicada na manhã desta segunda-feira pelo porta-voz interino da Sala de Imprensa do Vaticano, Alessandro Gisotti, é sem precedentes.

Na manhã da próxima segunda-feira, 8 de julho, no sexto aniversário de sua visita a Lampedusa (um dos primeiros gestos marcantes do Pontificado), Francisco celebrará uma missa para os migrantes que morreram nos últimos anos, para refugiados e para todos aqueles que estão engajados em salvar suas vidas. Ao todo, 250 pessoas convidadas pela seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento humano integral, ao qual o Pontífice confiou a organização do evento. Como se sabe, o Papa reservou o direito de presidir diretamente esta seção da Cúria Romana (outro evento sem precedentes).

Pela lógica, entre os convidados à Missa do Papa também poderia estar a capitã Carola Rackete, do SeaWatch3, caso já estivesse livre, mesmo que respondendo processo.

Mas a coisa extraordinária que deve ser imediatamente ressaltada é que a Missa presidida por Francisco acontecerá em São Pedro, no Altar da Cátedra, o Altar central da Basílica construída sobre a Tumba daquele que foi escolhido pelo próprio Cristo como "pedra" sobre a qual edificar a sua igreja.

O Altar, conhecido em todo o mundo, dominado pelo grandioso baldaquino barroco de bronze de Bernini (uma das obras-primas da arte mundial), é um monumento encomendado por Urbano VIII na abside da basílica vaticana, para mostrar “urbi et orbi” ("Para a cidade de Roma e para o mundo") qual é o poder pastoral e magistral de Pedro e dos seus sucessores. Para honrar a autoridade que Cristo conferiu a Pedro, é chamado justamente de Altar da Cátedra ou Cadeira. E é nesse Altar que os Papas presidem os momentos litúrgicos mais importantes da vida da Igreja, como os da véspera de Natal e da Páscoa.

Celebrar ali a missa para os migrantes tem quase o significado de dizer que, nas circunstâncias históricas atuais, a causa dos migrantes deve ser considerada dentro do perímetro da definição de ser católico, por avaliação e decisão do próprio Papa.

A Igreja, exceto por algumas exceções esporádicas, "bate" em uníssono sobre esse ponto. Não só em termos gerais e abstratos, mas também em casos específicos. Como o do SeaWatch3. Tanto que no sábado à noite o cardeal Pietro Parolin declarou: "Acredito que a vida humana deve ser preservada de todas as maneiras. Esta deve ser a estrela guia que nos orienta, todo o resto é secundário”.

É fácil imaginar que poderia estar presente à missa também o médico de Lampedusa, Pietro Bartolo, eleito para o novo Parlamento Europeu como independente na lista do Partido Democrático com muitas preferências, sob a bandeira da "Democracia Solidária", uma formação cívica que remete à experiência da Comunidade de Sant'Egidio.

Bartolo em 2017 declarou: "Em mais de 25 anos de atividade de campo em Lampedusa visitei mais de 300 mil migrantes e infelizmente cheguei ao recorde mundial de um médico na inspeções de cadáveres, alguns realmente arrasadores como no caso dos corpos sem vida de mulheres grávidas e crianças".

Naturalmente Francisco não pensa apenas na Itália e no Mediterrâneo.
Data de poucos dias a foto dramática do pai e do filho afogados no Rio Grande, na fronteira entre o México e os Estados Unidos, uma foto que horrorizou o mundo inteiro e entristeceu profundamente o Papa.

"O Santo Padre" - explicou Gisotti - deseja que o dia 8 de julho seja "um momento de máximo recolhimento". Imprensa e meios de comunicação não serão permitidos na Basílica. Mas haverá um streaming ao vivo do portal do Vaticano "Vatican Media". O mundo inteiro e todos os poderosos do mundo (de Trump a Salvini) poderão ver com seus próprios olhos.

http://www.ihu.unisinos.br/590523-o-papa-celebrara-uma-missa-em-sao-pedro-para-migrantes-e-socorristas-estara-presente-tambem-a-capita-carola 

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