domingo, 17 de julho de 2016

INDÍGENAS DO ACRE: OCUPAÇÕES POR SEUS DIREITOS

Acre: ocupações simbólicas
16.07.2016

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Em Rio Branco, Acre, indígenas realizam ato e ocupam simbolicamente a Funai, Palácio do Governo e Assembléia Legislativa contra a violação de seus direito
Foto: Rosenilda Padilha
Cerca de cento e vinte indígenas de diversos povos do Acre e organizações de apoio, ocuparam simbolicamente a sede Regional da FUNAI, o Palácio do governador e a Assembléia Legislativa do Estado, além de fecharem temporariamente a avenida Getúlio Vargas, em sinal de protesto contra as violações de seus direitos e contra as alterações promovidas na politica indigenista. 
A lista de reivindicações era grande mas se concentrou no repúdio a entrega do órgão indigenista a militares, evangélicos e políticos, ao que chamaram de "ocupa Funai para o fortalecimento institucional", contra a PEC 215, terceirização e municipalização da saúde indígena e pela demarcação de todas as terras indígenas.
O movimento no Acre faz parte de uma série de iniciativas e protestos ocorridos por todo o país neste momento em que os direitos indígenas e conquistas sociais são severamente atacados e negados. A onda de protestos deve se intensificar nos próximos dias e o movimento, cada vez mais, ganha contornos de "levante indígena" contra os constantes e violentos ataques que vem sofrendo.
No Acre o falso discurso de que a questão indígena está superada e que os povos indígenas vivem hoje no "tempo dos direitos", cada dia mais se revela realmente falso. A ele se soma o discurso da economia verde que financeiriza a natureza e os territórios por meio de projetos tipo REDD (Redução de emissões decorrentes do desmatamento e da degradação de florestas) e PSA (Pagamentos por Serviços Ambientais) e compromete todo o futuro desses povos  segue avançando sem que os povos e comunidades  saibam e nem mesmo sejam consultados em total desconformidade com o que preconiza a Convenção 169 da OIT, da qual o Brasil é signatário e, segundo o ordenamento nacional, é autoaplicável.
Fonte: Blog do Lindomar Padilha

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