terça-feira, 12 de julho de 2016

ENERGIA NUCLEAR: "ANGRA 3 É UM ESCÂNDALO POR SI SÓ"

MAIS UM MOTIVO DE HUMILHAÇÃO INTERNACIONAL: A DECISÃO DE LEVAR ADIANTE UM PROJETO DE ENERGIA NUCLEAR DOS ANOS 80, TOCADO POR EMPRESAS E FUNCIONÁRIOS CORRUPTOS!

QUANDO NOS LIVRAREMOS DO PODER POLÍTICO DE EMPRESAS QUE SÓ VISAM SEUS INTERESSES, E DE FUNCIONÁRIOS QUE SÓ VISAM SEU ENRIQUECIMENTO?

QUANDO NOS LIVRAREMOS DA IRRESPONSABILIDADE DE DEIXAR O SOL E OS VENTOS DE LADO PARA PRODUZIR ENERGIA NUCLEAR?

O POVO TEM DIREITO A UMA INFORMAÇÃO VERDADEIRA E DE SER CONSULTADO SE QUER OU NÃO UMA ENERGIA TÃO AMEAÇADORA PARA AS PESSOAS E TODOS OS SERES VIVOS DA MÃE TERRA. 


A deputada Sylvia Kotting-Uhl, do Partido Verde alemão, afirma que as suspeitas levantadas na construção da usina brasileira são uma evidência das fraudes que envolvem a energia nuclear como um todo.
Na última quarta-feira (6/7), a Eletronuclear foi mais uma vez alvo de operação da Polícia Federal que apura o pagamento de propina envolvendo a construção da Usina de Angra 3.
O principal alvo foi o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da subsidiária e considerado o 
Ele é acusado de cobrar 12 milhões de reais em propinas, soma equivalente a 1% do dos contratos da empreiteira Andrade Gutierrez para tocar as obras da usina de Angra 3. Seu sucessor, Pedro Diniz Figueiredo, foi alvo de um mandado de condução coercitiva e acabou sendo afastado da presidência da Eletronuclear por suspeita de interferir em investigações internas da empresa."pai do programa nuclear brasileiro", que acabou sendo preso mais uma vez neste novo desdobramento da Lava Jato.
Angra 3 começou a ser construída nos anos 80, e teve as obras retomadas em 2008. O projeto da usina é fruto do acordo bilateral entre a Alemanha e o Brasil firmado em 1975, que previa a construção conjunta de oito centrais. O projeto avançou pouco nas décadas seguintes e desde 1990 vem sendo prorrogado sucessivamente a a cada cinco anos. A última extensão do acordo ocorreu no final de 2014 passado apesar das críticas de vários políticos da Alemanha - país que pretende abandonar o uso da energia nuclear até 2022.
Em entrevista à Deutsche Welle, a deputada do Partido Verde lemão Sylvia Kotting-Uhl, umas das autoras da moção que tentou denunciar o acordo em 2014, afirma que as suspeitas levantadas na construção da usina são uma "evidência das fraudes que envolvem a energia nuclear" e que o caso pode ajudar no combate a uma nova prorrogação em 2019.
Pergunta: Esse escândalo de corrupção reforça a ideia de que a continuação do tratado nuclear entre Alemanha e Brasil foi um erro?
Kotting-Uhl: Sim, de fato. Acima de tudo, esse escândalo é mais uma evidência de que sempre vão existir fraudes e trapaças envolvendo a energia nuclear. A perda financeira é até o menor dos problemas. Particularmente perigoso e grave é que essas fraudes são sempre feitas às custas da segurança. Foi assim em Fukushima e assim é na Europa. Essa é um das muitas razões que mostram por que a energia nuclear não pode ser segura, e que seu uso é irresponsável.
O acordo foi prorrogado mais uma vez em 2014, por mais cinco anos. Os deputados alemães que se opõem estão planejando lutar novamente contra a revogação em 2019?
Nós, os verdes, sempre vamos intervir. Em vez de um tratado pró-nuclear, precisamos de uma parceria para a oferta de energia renovável, que nao seja perigosa pra os seres humanos e ao meio-ambiente.
O escândalo envolvendo propina na usina nuclear pode fornecer novos argumentos para denunciar o acordo?
Penso que sim. Eu acho que todo o projeto é um escândalo por si só - como a construção de uma usina nuclear pode continuar depois do acidente de Fukushima. Ainda mais de um modelo de usina tão ultrapassado, ruim e perigoso, que deixou de ser construído na Alemanha há mais de 20 anos. É um jogo irresponsável e de alto risco! Angra 3 é semelhante à antiga usina alemã de Grafenrheinfeld, que foi fechada um ano trás porque não queríamos mais encarar esse risco

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