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Noruega é o primeiro país do mundo a adotar o desmatamento zero. Enquanto isso no Brasil, o clima é de liberar geral
A imagem abaixo é uma reprodução parcial de uma matéria publicada pelo jornal inglês “The Independent” sobre a decisão do governo da Noruega de adotar a política do desmatamento Zero (Aqui!).
Essa decisão vai além das fronteiras da Noruega, já que a decisão do governo daquele país inclui a determinação se estende ao conjunto da cadeia de suprimentos dos produtos que são adquiridos pelo país. Em outras palavras, a Noruega não deverá mais comprar produtos originados de áreas de desmatamento novo.
O impacto da decisão norueguesa deverá ser inicialmente ignorado pelos países onde o desmatamento está ocorrendo de forma intensiva como é o caso dos países tropicais. Entretanto, a possibilidade de que outros países industrializados sigam o caminho iniciado da Noruega não deve ser ignorada, já que o país possui uma liderança razoável em projetos de conservação florestal em todo o mundo.
Por outro lado, o Brasil fica numa posição ainda mais delicada em sua recusa de adotar a política do desmatamento zero, já que detém a maior área de floresta tropical do mundo. Além disso, como mostrou recentemente o jornalista Maurício Tuffani do “Direto da Ciência”, o ritmo de desmatamento na Amazônia, apesar de apresentar oscilações, vem apresentando tendência de aumento (Aqui!). Se somarmos esse quadro à decisão norueguesa, é provável que aumentem as pressões internacionais contra a compra de produtos agrícolas e minerais gerados em áreas recentemente desmatadas.
O problema é que neste exato momento, apesar da postura pró-controle que o ministro Zequinha Sarney possa estar tendo, o clima em outros ministérios e até no congresso é de “um liberar geral” para o desmatamento. Se este clima prevalecer é bem provável que as restrições comecem pela compra de carne e cheguem na soja. A ver!
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