segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

LUZES E TREVAS

Tivemos notícias de luzes e de trevas nesta semana.

Na favela Babilônia, do Rio de Janeiro, foi inaugurada a produção de energia solar nos dois primeiros telhados, porque a Associação dos Moradores e nova cooperativa RevoluSolar desejam que todas as casas consigam instalar painéis em seus telhados, para enfrentar o aumento do custo das contas de energia e para criar de novas oportunidades de trabalho e de renda.

Já nos municípios paraibanos próximos de Pombal, avança a luta pela produção de energia solar nas casas do povo com a aprovação de um projeto, por parte da entidade da igreja católica alemã Misereor, que tornará possível a instalação de muitos painéis solares, junto com treinamento de eletricistas e de técnicos de manutenção.

É fonte de luz também o livro “O Bem Viver – Uma oportunidade para pensar novos mundos”, do cientista social e político equatoriano Alberto Acosta. Precisamos das luzes que vêm das práticas dos povos indígenas para ir criando jeitos de viver em sociedade e de relacionar com a Terra que nos livrem das práticas do capitalismo neoliberal.

Por outro lado, a treva mais assustadora foi denunciada pela OXFAM no Fórum Econômico Mundial: as 62 pessoas mais ricas têm em suas mãos riqueza igual ao que 3 bilhões e seiscentos milhões pessoas mais pobres dividem entres si para sobreviver! Se não houver mudanças, em pouco tempo quase tudo será abocanhado por algumas pessoas. Podemos aceitar isso? E os governos, porque não cobram desses poucos o que falta para uma vida digna de todas as pessoas?

Por fim, novas trevas vêm de Caitité, na Bahia. Estudos comprovaram que mais pessoas e animais estão perigo por usarem água contaminada pelo urânio extraído para usar nas usinas nucleares e nas bombas atômicas. Não se deveria deixar o urânio no solo, e preferir fontes mais limpas e seguras de energia?

Na luta entre as trevas e a luz, que todos nos juntemos no time das luzes.

                       Ivo Poletto, do FMCJS

[VER a gravação para Rádio em www.fmclimaticas.org.br] 

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