Para o Equador, os direitos da Terra estão reconhecidos e garantidos na Constituição. Agora, também a Bolívia reconhece e garante estes direitos por meio de uma Lei.
O que nos cabe desejar é que estes direitos sejam realmente garantidos, pois só com a Terra em equilíbrio os seres humanos e demais seres vivos terão condição de continuar vivendo.
Por outro lado, desejo que saboreiem a notícia motivados pela seguinte notícia: quando o Brasil assumirá este caminho de direitos da Terra em vista do Bem Viver?
Adital - 15.10.12 - Bolívia
O presidente
boliviano, Evo Morales, promulgou hoje a lei da Mãe Terra e do desenvolvimento
integral para viver bem, a qual tem como objetivo buscar o desenvolvimento
integral em harmonia e equilíbrio com a natureza. Morales ressaltou que se não
se preservar a natureza, Mãe Terra, Pachamama, o ambiente ou como for chamada,
se não for cuidada, não haverá vida.
A nova legislação
garante a continuação de geração dos componentes e sistemas de vida da Mãe
Terra, ao passo que recupera e fortalece os saberes locais e conhecimentos
ancestrais.
Segundo o mandatário,
os bolivianos devem pensar em trabalhar para viver bem, não para ficarem ricos,
e sim para ter o que necessitam. Explicou que o debate principal está em como
preservar a Mãe Terra, tanto interna como externamente.
Por outro lado, o
vice-presidente boliviano Álvaro García Linera argumentou que a nova legislação
introduz os conceitos ancestrais de preservar a natureza porque é um ser vivo.
Esta lei introduz a
concepção indígena ancestral da natureza como ser vivo, no qual os seres
humanos são uma criatura a mais, e não podemos maltratar a natureza porque é
mais importante do que nós, por isso tem direito à vida.
O também presidente
da Assembleia Legislativa agregou que é uma bonita lei que nasceu das
organizações sociais e reflete o modo de pensar e viver das nações primitivas,
para converter em lei dos/as bolivianos e bolivianas.
García Linera
recordou que atualmente existem interesses capitalistas que supostamente querem
defender a natureza, mas, na realidade, o que objetivam é ganhar dinheiro com
suas estratégias.
Falou sobre o chamado
capitalismo verde e destacou que muitos parques nacionais na Bolívia e na
América Latina estão protegidos por empresas que recebem dinheiro para
implementar tais políticas. Eles tomaram nossa floresta, é outra forma de
colonialismo, e queremos nos tornar guardiões da floresta, destacou.
Ele acrescentou que
no Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Secure (Tipnis) aconteceu
isso, que grupos ou Organizações Não Governamentais supostamente protetores do
ambiente tomam o estado e a quem quer que entre ali, mas, na realidade, o que
fazem é ganhar dinheiro, esse é o chamado capitalismo verde, retrucou.
Nossa lei nos diz
para viver em equilíbrio e complementaridade com a natureza; vamos cuidar das
florestas e da amazônica, mas para nós mesmos, não para os estrangeiros,
apontou.
O vice-presidente
disse que a nova lei declara o direito a usar os recursos, mas sem esbanjar,
que as comunidades satisfaçam suas necessidades básicas sem destruir o meio
ambiente. Produção com preservação e planificação integral e participativa,
esses são aspectos fundamentais da legislação, agregou García Linera.
A notícia é da Prensa
Latina
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