NOSSA IRRESTRITA SOLIDARIEDADE.
Sede do Cimi no Acre é arrombada pela sexta vez e dirigentes acreditam em crime de intimidação
Até hoje nenhum culpado foi apontado pela polícia
LAMLID NOBRE, DO CONTILNET
13 de maio de 2019, 15:31
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Os
dirigentes do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), voltaram a
denunciar, por meio do blog pessoal de um dos coordenadores da entidade,
Lindomar Padilha, mais uma invasão à sede da Regional da Amazônia
Ocidental, em Rio Branco. Seria a sexta vez, desde 2014, quando
aconteceu o primeiro arrombamento. Para ele, trata-se de crime de
intimidação, segundo post publicado neste domingo (12).
Faca com a qual a coordenadora teria sido ameaçada durante a invasão./ Foto: Reprodução
“Estranhamos
que dois dias depois de um grupo de indígenas publicarem uma carta
denunciando os programas de REDD, REM e PSA, solicitando inclusive a
imediata suspensão desses projetos e contratos, mais uma vez, a sede
Regional do Cimi seja invadida e a coordenadora seja ameaçada de forma
clara e inequívoca com uma faca depositada sobre sua mesa.”, escreveu
Padilha.
Ainda
segundo ele, “o fato coincide com o crescimento de ameaças e
intimidações contra missionárias e missionários do Regional, cuja sede
fica na cidade de Rio Branco, estado do Acre.”, afirmou.
Padilha
escreveu também que considera estranho o fato de que, apesar das
denúncias e registros de Boletins de Ocorrência, até hoje nenhum culpado
tenha sido apontado pela Polícia. “Todas as vezes que a sede do Cimi
foi invadida, foram prestadas queixas que geraram boletins de
ocorrências sem, contudo, ter sido tomada qualquer providência por parte
das autoridades. Evidentemente não estamos acusando ninguém, até pela
ausência de provas, que cabe à investigação apresentá-las, mas
consideramos muito estranho que a polícia não dê nenhuma explicação ao
Cimi mas o faça a outras organizações.”, reitera.
Ao
final, escreveu que esperam a devida apuração. “Não podemos mais viver
sobre tensão e ameaças. Seguiremos denunciando os desmandos e ataques
aos povos indígenas e denunciando ainda as ameaças e amedrontamentos
contra membros do Cimi Acre e contra outras pessoas sensíveis às causas
sociais e à causa indígena em especial.”, ressaltou.
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Mais
uma vez lideranças indígenas do Acre e Sul do Amazonas denunciam o mau
uso dos recursos de REDD, REM obtidos em nome dos povos indígenas.
“...Estas
falsas soluções para a crise climática são caracterizadas por múltiplas
contradições: Eles são apresentados como benefícios para as pessoas,
mas sem a sua participação plena e legítima, como está acontecendo no
contexto desta cimeira. Muito do seu financiamento vem de indústrias,
tais como mineração e petróleo, responsáveis pela mudança climática, que
pretendem limpar sua imagem, Eles mantêm um determinado espaço enquanto
destrói vastas áreas em outros lugares...”
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