segunda-feira, 26 de março de 2012

É PRECISO LUTAR EM DEFESA DOS BENS COMUNS

Parto amanhã para a Itália para participar de um Seminário Internacional sobe O Bem Comum da Humanidade - Atores e Estratégias. O evento está relacionado com o lançamento de livro com igual conteúdo, com contibuições internacionais. A promoção é da Fundação Rosa Luxemburgo da Bélgica.

Há muitos motivos para buscar atores e estratégias para defender o Bem Comum da Humanidade. De fato, o que os setores dominantes da economia geradora de crises desejam, agora, é submeter ao mercado todos os bens comuns, a começar da água, mas já ameaçam as reservas florestais, o que resta de biodiversidade, as belas paisagens, os conhecimentos ancestrais... Até mesmo o ar está sendo submetido, e o fazem por meio do chamado "mercado de carbono". Para continuar, criminosamente, emitindo igual ou maior quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, estão querendo pagar para ter "direito de títulos de carbono" das áreas ainda conservadas; e uma vez adquiridos os títulos, querem liberdade de iniciativa para negociá-los em bolsa, especulando ainda mais...

Com isso, o Bem Comum maior, que é o direito de viver, está cada dia mais ameaçado. Em vez de corrigir o que está errado e provoca aquecimento e mudanças climáticas, preferem fazer ainda mais do mesmo: ainda mais negócios capitalistas. Preferem insistir que o capitalismo, uma vez "verde", seria o único caminho para o futuro. Com isso, não apenas os bens comuns estão sob ameaça; a própria vida humana na Terra terá cada vez maior dificuldade de manter-se num ambiente vital desequilibrado, aquecido e com eventos climáticos cada vez mais desestabilizadores.

Por isso, um convite: juntemo-nos, como atores, e construamos estratégias comuns para defender nossa vida, nosso futuro e o das futuras gerações. Este é o desafio que a Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental, que será realizada por ecasião da Rio+20, em junho próximo, no Rio de Janeiro, pretende enfrentar através de sua crítica à proposta de "economia verde" e de suas propostas para a construção de sociedades humanas em que as pessoas mudem o seu modo de ser, de produzir e de consumir, convivam com verdadeira democracia entre si e se relacionem harmoniosamente com a Terra.

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