quinta-feira, 28 de novembro de 2013

POUCOS PRODUZEM A MAIOR PARTE DOS GASES DE EFEITO ESTUFA

VEJAM O QUE NOS REVELA ESTA NOVA PESQUISA SOBRE AS CAUSAS DO AQUECIMENTO E DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS:

Menos de 100 empresas respondem por 66% das emissões

Um novo estudo do Instituto de Responsabilidade Climática do Colorado sugere que apenas 90 empresas são responsáveis por causar dois terços, ou 66%, das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) ligadas ao aquecimento global e às mudanças climáticas recentes.

A reportagem é de Jéssica Lipinski, publicada pelo Instituto Carbono Brasil, 21-11-2013.

Segundo o levantamento, publicado no periódico Climatic Change, entre essas companhias estão 50 empresas privadas, como a Chevron, a Exxon e a BP, 31 estatais, como a árabe Saudi Aramco, a russa Gazprom e a norueguesa Statoil, e nove governamentais, localizadas principalmente na China, União Soviética, Coreia do Norte e Polônia.

Os autores afirmam que a grande maioria das companhias presentes nessa lista está em setores ligados à produção de combustíveis fósseis, como petróleo, gás e carvão. “Há milhares de produtores de petróleo, gás e carvão no mundo. Mas os tomadores de decisão, os CEOs ou os ministros de carvão e petróleo [...] poderiam todos caber em um ônibus ou dois”, colocou Richard Heede, cientista climático e principal autor da pesquisa, ao jornal The Guardian.

De acordo com a análise, muitas das firmas listadas possuem enormes reservas de combustível fóssil que, se consumidas, exporiam o mundo a riscos ainda maiores de mudanças climáticas. O ex-vice-presidente dos EUA e ambientalista Al Gore elogiou o documento.

“Esse estudo é um passo à frente essencial em nosso entendimento da evolução da crise climática. Os setores público e privado devem fazer o que é necessário para parar o aquecimento global. Os que são historicamente responsáveis por poluir nossa atmosfera têm uma obrigação clara de ser parte da solução”, observou Gore.

A pesquisa aponta que metade dessas emissões foi produzida desde 1986, isto é, depois que os governos e empresas se tornaram cientes do aumento da liberação de GEEs proveniente da queima de combustíveis fósseis, e de que estes GEEs ajudam a potencializar as mudanças climáticas.
O estudo indica também que as 90 companhias da lista produziram as emissões entre 1854 e 2010, somando cerca de 914 gigatoneladas de emissões de CO2, ou 63% das emissões globais cumulativas de dióxido de carbono industrial e metano . Foram 315 gigatoneladas produzidas pelas empresas privadas, 288 pelas estatais e 312 pelas governamentais. Além disso, 30% de toda a liberação de CO2 foi produzida por apenas 20 das maiores poluidoras.

Os dados mostram que as firmas governamentais de petróleo e carvão na ex-União Soviética produziram mais emissões de gases do efeito estufa do que as de qualquer outro país, com 8,9%. Em segundo lugar vêm as empresas governamentais da China, com 8,6% da liberação.
Já a Chevron foi a maior emissora no quesito de companhias privadas, com 3,5% da liberação de GEEs, seguida pela Exxon, com 3,2%, e pela BP, com 2,5%. Os dados de emissões históricas foram coletados do Centro de Informação e Análise de Dióxido de Carbono, que leva em conta a liberação de CO2 de toda a cadeia de suprimentos.

Naomi Oreskes, professora de história da ciência de Harvard, comentou que é interessante notar que muitos dois maiores emissores pertencem a movimentos de ceticismo climático. “Para mim, uma das coisas mais interessantes para se pensar é coincidência entre produtores de grande escala e o financiamento de campanhas de desinformação, e como isso tem atrasado a ação.”

Especialistas acreditam que as descobertas são importantes para identificar de que países vêm as emissões. “Parece que talvez isso possa acabar om o impasse. Há todos os tipos de países que produziram uma grande quantidade de emissões históricas que normalmente não falamos. Normalmente não falamos do México ou Polônia ou Venezuela. Então não é apenas rico versus pobre, é também produtores versus consumidores, e rico em recursos versus pobre em recursos”, acrescentou Oreskes.

PELA REVOGAÇÃO DO ACORDO NUCELAR BRASIL-ALEMANHA EM 2014

REFORCEM ESTA LUTA. SEM MOBILIZAÇÃO AMPLIADA, O CAPITALISMO CONTINUARÁ DESTRUINDO O AMBIENTE DE VIDA DA E NA TERRA. A REDE QUE ASSUME ESTA INICIATIVA MERECE SEU APOIO E O DOS SEUS AMIGOS E AMIGAS. ESPALHEM O CONVITE!
 Olá gente boa,
Pedimos apoio para a campanha pelo Rompimento do Acordo Brasil-Alemanha!

Assinem o abaixo-assinado pela Revogação do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha em 2014!
https://www.change.org/pt-BR/peti%C3%A7%C3%B5es/abaixo-assinado-pela-revoga%C3%A7%C3%A3o-do-acordo-nuclear-brasil-alemanha-em-2014


Desde 2004, o Brasil aceitou a proposta do Governo Alemão para substituir o ultrapassado Acordo Nuclear por outro, com foco em energias renováveis e eficiência energética. Mas, só 4 anos depois, em 2008, este Acordo foi acertado, mantendo os termos do Acordo Nuclear, de 27 de junho de 1975. A Articulação Antinuclear Brasileira, a Coalizão por Um Brasil Livre de Usinas Nucleares, e entidades antinucleares parceiras alemãs iniciam uma campanha para exigir a revogação do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha.
Como primeiro passo desta campanha, estamos enviando o texto do abaixo-assinado, a ser dirigido aos governos dos dois paises, para que sua entidade se posicione, assinando (ou não) o documento nos ajudando a livrar o Brasil do nuclear!
Estavamos colhendo assinaturas somente de entidades para fazermos o lançamento do abaixo assinado, a titulo de divulgação, no dia 27 próximo (amanha), em Brasília, quando haverá no Senado uma sessão especial sobre a questão nuclear.

Pedimos também que repasse para suas entidades parceiras.
Obrigada e bom fim de semana a tod@s,
Zoraide


Abaixo-assinado pela revogação
do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha em 2014!

Em 27 de junho de 1975, no auge da ditadura militar brasileira, foi assinado o "Acordo de Cooperação para Uso Pacífico da Energia Nuclear Brasil-Alemanha", que entrou em vigor em 18 de novembro de 1975, com validade de 15 anos. Além de cooperação científica, o contrato prevê o uso da tecnologia alemã para construir, no Brasil, até oito usinas nucleares, uma usina de reprocessamento de combustível atômico e outra de enriquecimento de urânio. A cada 5 anos, se nenhum dos dois países denunciar oficialmente o tratado, até um ano antes da data prevista para sua revalidação, o Acordo é automaticamente renovado. Até 18 de novembro de 2014, portanto, deveremos romper o Acordo, para que esteja extinto a partir de 18 de novembro de 2015.

O Acordo Nuclear representou cerca de um terço da nossa dívida externa, no início dos anos 80 egerou a usina de Angra 2, que fabrica menos de 2 % de toda a eletricidade produzida no País, apesar de ter custado cerca de 14 bilhões de dólares. Em 2004, o Brasil aceitou a proposta do Governo Alemão para substituir o ultrapassado Acordo Nuclear por outro, centrado em fontes renováveis. Mas, só quatro anos depois, em 2008, a negociação foi concluída e assinado o Acordo de Cooperação no Setor de Energia, com Foco em Energias Renováveis e Eficiência Energética. Só tem um porém: nele os dois países assumem o compromisso de manter os termos do Acordo Nuclear, de 27 de junho de 1975, herança maldita da ditadura militar, que precisa ser extinto imediatamente!

Alemanha - o outro lado da verdade - Em 2011, a Alemanha declarou que desligará todas as usinas atômicas de produção comercial de eletricidade até 2022. O governo justifica a decisão, alegando problemas de insegurança. O colapso de Fukushima –até hoje fora de controle – ameça o mundo e prova que a energia nuclear tem riscos incalculáveis e inaceitáveis. Além disso, comparada a outras fontes, ela não é competitiva, devido aos altos custos de construção, do encerramento da operação das indústrias e do controle do lixo nuclear.

O fechamento das usinas não inclui os reatores nucleares de pesquisa, nem as usinas de enriquecimento de urânio e de produção de combustível. Infelizmente, estas atividades são realizadas com base no tratado de cooperação nuclear em vigência com o Brasil. Parte do urânio enriquecido nas usinas alemãs sai do Brasil. Da mina de Caetité, na Bahia, o minério é exportado para a Europa, via França. Isto significa que a Alemanha seguirá promovento atividades atômicas internamente e em outros países. Portanto, o uso da energia nuclear continuará ameaçando a humanidade. O perigo atômico não se limita às usinas. Ele está presente em todo o ciclo de produção dessa energia (na mineração, no transporte, nos reatores de pesquisas, nas usinas de enriquecimento e de produção do combustível e na questão insolúvel da guarda do lixo radioativo). Os acidentes, cada vez mais graves, provam a insegurança desta tecnologia, que nunca poderá ser considerada “limpa”, porque gera graves e insolúveis impactos sociais e ambientais no presente, ameaçando as futuras gerações.

40 anos de "cooperação nuclear"- Chega! - Alemanha e Brasil 2014. É hora do Brasil dar um basta a essa cooperação bilateral. Para o governo alemão, isso seria o próximo passo lógico em sua estratégia de não promover mais este tipo de energia. É injustificável, a Alemanha adotar regras de segurança para seu território e fomentar esta atividade em outros paises.
O Brasil não precisa de energia nuclear! Precisa, sim, levar em conta o dramático alerta de Fukushima, de que essas usinas são um risco inquestionável e que sempre estaremos sujeitos a sinistros graves com consequências nefastas para o meio ambiente, a saúde e a vida da população. Precisa, sim, excluir o nuclear de sua matriz energética, um passo importante e decisivo para a defesa da Vida! Vários países estão fazendo isto.

18 de novembro 2014 - Denunciemos o Acordo! - Convidamos organizações, movimentos, redes, grupos de ativistas e pessoas, alemãs e brasileiras, a assinarem este abaixo-assinado a ser dirigido aos Governos da Alemanha e do Brasil exigindo a Revogação do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Denunciar este acordo é afirmar nossa recusa a todos os impactos sociais e ambientais associados ao ciclo do combustível atômico.
Não ao ciclo infernal do combustível nuclear! A Vida em primeiro lugar!

Alemanha, Brasil, 18 de novembro de 2013


Organização - Brasil

Articulação Antinuclear Brasileira
Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares
Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania (Bahia)
ABREA, Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto
Associação dos Geógrafos Brasileiros GT Ambiente - Rio de Janeiro (RJ)
Associação Sol Nascente - Vera Cruz (Bahia)
AMOGLAU, Associação dos Amigos de Glaucilândia - Glaucilândia (Minas Gerais)
Ama-Goa de Cultura e Meio Ambiente - Macau (Rio Grande do Norte)
AMIT, Associação Missão Tremembé - Fortaleza (Ceará)
Associação Raízes do Semiárido (Bahia)
APROMAC, Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte - Cianorte (Paraná)
AVCÉSIO - Associação das Vitimasdo Césio 137 – Goiania (Goiás)
ASCAE, Associação Cultural Arte Ecologia Costa do Descobrimento - Santa Cruz Cabrália (Bahia)
Bicuda Ecológica - Rio de Janeiro (RJ)
Centro de Dharma da Paz Shi De Tchö Tsog - São Paulo (SP)
CEPASP, Centro de Educação Pesquisa, e Assessoria Sindical e Popular – Marabá (Pará)
CEPEDES, Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul/Ba – Extremo Sul (Bahia)
Comissão Paroquial de Meio Ambiente (Caetité – Bahia)
Comissão Pastoral da Terra (Mato Grosso)
CNLB, Conselho Nacional do Laicato do Brasil
FASE, Solidariedade e Educação
Fundação Lama Gangchen para a Cultura de Paz - São Paulo (SP)
GESTA, Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da UFMG (Minas Gerais)
Instituto Bioeste (Bahia)
IMARH, Instituto Maranhense de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - São Luís (Maranhão)
IRPAA, Instituto Regional da Pequena Agropecuaria Apropriada – Juazeiro (Bahia)
Gambá, Grupo Ambientalista da Bahia – Salvador (Bahia)
GPEA, Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte-UFMT (Mato Grosso)
Ic, Instituto Caracol - (Mato Grosso)
MESPE, Movimento Ecosocialista de Pernambuco – Recife (Pernambuco)
Movimento Debate e Ação – Marabá (Pará)
MPA, Movimento dos Pequenos Agricultores – Brasília (Distrito Federal)
NINJA, Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental - Universidade Federal de São João del-Rei (Minas Gerais)
Plataforma Copa Favela 2014 - Olinda (Pernambuco)
PoEMAS, Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade da UFJF - Juiz de Fora (Minas Gerais)
Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental, REMTEA (Mato Grosso)
Serviço Social da Diocese de Barra – Barra (Bahia)
Sindae, Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Bahia)
Mandato do vereador João Alfredo Telles Melo -PSOL- Fortaleza (Ceará)
RBJA, Rede Brasileira de Justiça Ambiental
Rede Virtual-Cidadã para o Banimento do Amianto na América Latina
Rede Brasileira de Pesquisas em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente – São Paulo (São Paulo)
Toxisphera, Associação de Saúde Ambiental – Curitiba (Paraná)


Organização - Alemanha

FDCL – Forschungs- und Dokumentationszentrum Chile-Lateinamerika (Berlin)
ila
PowerShift
medico international
Fahrradladen im MehringHof
Kampagne "Bergwerk Peru - Reichtum geht, Armut bleibt"
Lateinamerika Nachrichten – LN
Anti Atom Berlin
urgewald
Informationsstelle Peru e.V.
contrAtom 
Visite Articulação Antinuclear Brasileira em: http://brasilantinuclear.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

DENDÊ CONTRA OS POVOS CAMPONESES

VEJAM A DECLARAÇÃO ABAIXO, EM QUE OS PARTICIPANTES DEIXAM CLARO SER INACEITÁVEL, POR SER AGRESSÃO AOS DIREITOS DOS POVOS CAMPONESES E À TERRA, O QUE SE ESTÁ FAZENDO COM O INCENTIVO AO PLANTIO DE DENDÊ. NADA, E MUITO MENOS A PRODUÇÃO DE ETANOL, JUSTIFICA A POLÍTICA DE CONCENTRAÇÃO DA PROPRIEDADE DA TERRA E O AGRAVAMENTO DA POBREZA. ATÉ MESMO PORQUE A CIVILIZAÇÃO DO AUTOMÓVEL NÃO PODE CONTINUAR, SE QUISERMOS CONTINUAR VIVENDO NESTE PLANETA. O QUE PRECISAMOS REALMENTE É MUDAR O MODO DE VIDA ASSENTADO SOBRE O PODER SEM LIMITES DE QUEM TEM CAPITAL, O CRESCIMENTO CONTÍNUO DA PRODUÇÃO E DO CONSUMO E A CONCENTRAÇÃO DA RIQUEZA E DA RENDA. SÓ A VIDA COM SIMPLICIDADE E COM PARTILHA DO QUE SE PRODUZ EM COOPERAÇÃO COM A TERRA PODE GERAR UM MUNDO DE PAZ DIGNO DOS SERES HUMANOS.



DECLARAÇÃO DE CALABAR

 Nós, membros das comunidades afetadas pelas monoculturas industriais
de dendê, incluindo movimentos camponeses, bem como de outras
organizações da sociedade civil da África, da Europa, das Américas
e da Ásia, e signatários desta declaração, reunimo-nos de 2 a 5 de
novembro de 2013 em Calabar, estado de Cross River, Nigéria,

 Tendo:

 – Compartilhado análises e testemunhos relacionados às
condições de vida das comunidades rurais afetadas pelas monoculturas
industriais de dendê;

 – Compartilhado experiências sobre a monocultura do dendê e
outros tipos de monoculturas implementadas em todos os países
presentes na reunião;

 – Analisado as consequências da rápida e brutal expansão das
monoculturas promovidas por empresas multinacionais em diferentes
comunidades e países;

 – Analisado as estratégias e mecanismos de concentração e
invasão de terras por empresas multinacionais em diferentes
comunidades;

 Tendo concluído que:

 – Onde implementaram monoculturas em grande escala, as empresas
multinacionais deixaram miséria e pobreza;

 – Os governos, em todos os continentes, dão apoio a essas
empresas, e muitos deles lucram com a miséria de seus compatriotas;

 – Milhares de hectares de floresta são destruídos todos os dias,
em benefício das monoculturas, incluindo o dendê;

 – As comunidades são privadas de suas terras em benefício de
corporações multinacionais e investidores especulativos que
manipulam governos, a polícia ou todo o sistema judicial dos países
em que entram;

 – Centenas de pessoas são presas ou mortas todos os anos por
reivindicar seu direito à terra, aos meios de subsistência e à
sobrevivência; suas terras, uma vez transformadas em monoculturas,
são militarizadas;

 – Os camponeses são forçados a trabalhar em condições de
escravidão em sua própria terra e a comprar a comida que um dia
produziram;

 – As iniciativas voluntárias e os esquemas de certificação, como
a RSPO (Mesa Redonda sobre Dendê Sustentável, na sigla em inglês) e
o REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação
Florestal) não servem como soluções duradouras para os problemas
que pretendem resolver;

 – Convenções e leis que garantam os direitos da comunidade são
frequentemente descumpridas pelos diferentes estados, ao dividir a
terra das comunidades e concentrá-las em poucas mãos;

 Considerando que:

 – Plantações de monoculturas de árvores não são florestas;

 – Comunidades não são objetos que possam ser movidos ou
manipulados à vontade;

 – Comunidades têm direito à dignidade e a expressar sua voz;

 – A RSPO não é um mecanismo que sirva para deter a enorme
expansão das monoculturas de dendezeiros e a crescente demanda por
óleo de dendê para atender ao consumo excessivo, inclusive para os
agrocombustíveis. O REDD também não é um mecanismo que resolva os
impactos da mudança climática.

 Reafirmamos:

 – Nosso apoio a todas as comunidades reprimidas pelas políticas
dos poderosos e àqueles que defendem seus direitos à terra, na
condição de povos indígenas e comunidades camponesas;

 – Nosso compromisso com exigir que os governos de nossos países
ratifiquem e respeitem as declarações e as leis internacionais
pertinentes à proteção dos direitos das comunidades e dos povos
indígenas;

 – Nossa oposição à concentração da terra e da floresta para
monoculturas e outros projetos, incluindo o REDD;

 – Nosso apelo aos governos de nossos países para que detenham e
controlem a expansão das grandes monoculturas e apoiem atividades
econômicas tradicionais, incluindo as comunitárias.

 – Nossa determinação de lutar pela soberania e a segurança
alimentar das comunidades;

 – Nosso compromisso com a construção de soluções alternativas e
adequadas que vão além de mecanismos como a RSPO e o REDD;

 – Nosso compromisso de salvar o meio ambiente em vez de deixar que
se transforme em um inferno na terra;

 – Nosso compromisso de ser a voz dos que não têm voz, onde quer
que sua voz deva ser ouvida;

 – Nosso compromisso de usar todos os meios não violentos
necessárias para que os direitos das comunidades sejam respeitados.

 Adotada em Calabar, 5 de novembro de 2013

 Assinaturas:

 African Dignitiy Foundation – Nigéria

 Boki Rainforest Conservation & Human Development Concern – Nigéria

 Climate Cool Nigeria

 Biakwan Light, Nigeria

 Community Forest Watch Nigeria

 RRDC – Nigéria

 ERA/Amigos da Terra Nigéria

 GREENCODE – Nigéria

 JVE – Costa do Marfim

 Brainforest – Gabão

 Green Scenery – Serra Leoa

 SDI – Libéria

 FCI – Libéria

 GRABE – Benin

 COPACO – RDC e Via Campesina África

 FERN – Reino Unido

 Green Development Advocates – Camarões

 Struggle to Economize Future Environment-SEFE – Camarões

 WALHI – Indonésia

 SPI – Indonésia

 GRAIN

 WRM

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O GRITO QUE VEM DAS FILIPINAS



Muita gente se perguntou, na semana passada: será que os representantes dos governos do mundo, que estão reunidos em Varsóvia, capital da Polônia, ouvirão e darão uma resposta positiva ao grito que o representante das Filipinas apresentou em nome de todas as pessoas e povos atingidos pelos eventos climáticos extremos das mudanças climáticas? 

A pergunta faz sentido. Afinal, a conferência de Varsóvia é a décima nona reunião de governantes convocada pela ONU para decidir o que se a humanidade deve fazer em conjunto para evitar o aquecimento global que provoca as mudanças climáticas. Por isso, o desastre socioambiental ocorrido nas Filipinas deveria ser um motivo muito forte para que, finalmente, os governantes tomem juízo e decidam fazer o que deve ser feito. Mas, infelizmente, as notícias que chegam de Varsóvia não são animadoras: parece que vão empurrar o problema com a barriga mais uma vez, prometendo que só serão tomadas decisões daqui a dois anos, na conferência de Paris. É terrível dizer isso, mas a indiferença é o sentimento maior dos governantes em relação ao sofrimento e à morte de pessoas e ao desequilíbrio da Terra provocado por ações humanas.

Lembrem, amigas e amigos, que este tufão provocou ventos de 300 quilômetros por hora e ondas de seis metros de altura, e não se sabe ainda quantas pessoas morreram. Fala-se que podem ser mais do que 10 mil. E as que sobreviveram não sabem como será seu futuro. De fato, as imagens que chegaram mostram cidades inteiras destruídas, e com razão as pessoas devem perguntar-se: vale a pena reconstruir nossas casas aqui, tendo presente que outro furacão pode passar por essa região?

            A pergunta chega também a todos nós: o que podemos e devemos fazer para que o grito do povo das Filipinas seja ouvido? Creio que a primeira coisa a fazer é repensar a nossa vida, vivendo com simplicidade, sem consumismo, deixando de lado tudo que agride a vida da natureza. Podemos e devemos também assumir nossa cidadania brasileira e mundial e exigir dos governantes do Brasil e de todos os países que se libertem das pressões das empresas que não querem as mudanças que devem ser feitas, e ouçam e deem respostas positivas aos gritos dos milhões de pessoas que sofrem e morrem por causa das mudanças climáticas.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

BOA NOTÍCIA: DOM TOMÁS BALDUINO ESTÁ COM BOA SAÚDE

COMO SEI QUE MUITOS AMIGOS E AMIGAS CONHECEM E ESTIMAM DOM TOMÁS BALDUINO, ESTOU POSTANDO A NOTÍCIA ABAIXO SOBRE A RECUPERAÇÃO DE SUA SAÚDE. DESTACO A OPORTUNIDADE MARAVILHOSA QUE TIVE DE PARTICIPAR DO RITUAL INDÍGENA DOS XERENTE, KRAHÔ E KRAHÔ-KANELA PELO RESTABELECIMENTO DA SUA SAÚDE. 

VIERAM DO TOCANTINS PARA GOIÂNIA, E ISSO REVELA O AMOR DESTES POVOS POR DOM TOMÁS. VIERAM EM NOME DE SEUS POVOS, DEFENDIDOS POR TOMÁS, SEGUNDO SEU TESTEMUNHO. E REZARAM CANTANDO E INVOCANDO AS BÊNÇÃOS DE DEUS, ENVOLVENDO A TODOS OS PRESENTES. DA JANELA DO HOSPITAL, DOM TOMÁS ABANOU, BATEU PALMAS, FEZ COMENTÁRIOS, AGRADECEU E ABENÇOOU A TODOS, DESTACANDO: ESTA É A ORAÇÃO QUE AGRADA A DEUS! E QUE AJUDA A RECUPERAR AS ENERGIAS NECESSÁRIAS PARA VIVER COM SAÚDE.

VALE A PENA TODOS E TODAS TORCERMOS PARA QUE DOM TOMÁS CONTINUE POR MUITO TEMPO ENTRE NÓS, ANIMANDO-NOS A SERMOS FIÉIS SEGUIDORES DE JESUS DE NAZARÉ NO AMOR LIBERTADOR ÀS PESSOAS E POVOS DE NOSSO PAÍS E DE TODO O MUNDO.

Dom Tomás Balduino recebe alta e vai para casa em Goiânia
 
 

O bispo emérito da diocese de Goiás e conselheiro permanente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Tomás Balduino, 90, recebeu hoje (14/11) pela manhã alta médica da internação a que foi submetido para tratamento cardíaco.
 
Internado desde o dia 4 de novembro, quando teve uma arritmia cardíaca em Ceres, no interior de Goiás, Dom Tomás havia sido transferido no final da tarde de quinta-feira passada (7) para a UTI Cardiológica do Hospital Anis Rassi, em Goiânia, unidade de referência em tratamento cardíaco no Centro-Oeste. No dia 9 ele deixou a UTI e acompanhou do quarto do hospital o ritual indígena feito por índios das etnias Xerente, Krahô e Krahô-Kanela pelo pronto restabelecimento de sua saúde.
 
O ritual contou com cânticos, ao ritmo do som de maracás, falas e aplicação de um pó vegetal, à semelhança de unção. Na ocasião todos ressaltaram a importância de Dom Tomás para a luta dos povos indígenas, não só do Tocantins, mas de todo o Brasil. Isabel Xerente disse que Dom Tomás é o segundo pai para os indígenas. Ela passou o pó de uma árvore do Cerrado, ao modo de uma unção, em Dom Tomás. O ritual tem o sentido de proteger a pessoa, pois segundo os indígenas ao mesmo tempo em que tem muita gente quer Dom Tomás vivo, muitos fazendeiros gostariam de ver Dom Tomás morto, como a senadora Kátia Abreu.
 
Presidente da Venezuela telefona e se solidariza com o bispo
 
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, telefonou para Dom Tomás quando ele ainda estava internado em Ceres (GO), prestes a ser transferido para Goiânia, no dia 07, para saber de sua saúde e desejar uma boa recuperação ao religioso. Maduro deixou com os acompanhantes de Dom Tomás um recado para ser repassado ao bispo, de que ele desejava que “o guerreiro se recuperasse o mais rápido possível”.
 
Diversas pessoas, entre amigos, religiosos e admiradores de várias partes do mundo e do Brasil enviaram mensagens de solidariedade e fizeram orações pela recuperação de Dom Tomás Balduino. O bispo recebeu todas as mensagens ainda no hospital, o que o deixou muito feliz.
 
Maiores informações:
Cristiane Passos (assessoria de comunicação CPT Nacional) – (62) 4008-6406 / 8111-2890
Antônio Canuto (setor de comunicação CPT Nacional) – (62) 4008-6412